Trupe Elemental - Capítulo 8
John e Sarah dão continuidade no assunto que estavam discutindo anteriormente.
— Tudo bem John, eu entendo o motivo de não nos contar sobre isso, ainda mais dado a situação atual em que estamos, entretanto isso não é uma coisa séria? — Pergunta Sarah.
— Pra ser honesto, eu mesmo não tenho certeza, eu não me lembro de certas coisas que aconteceram nos últimos cinco anos, e uma delas foi o encontro com esse espectro, eu consigo me lembrar de pequenas passagens, mas a maioria delas ainda não estão totalmente claras para mim. — Respondo.
— Desde que eu o encontrei pelo que sei, nunca tive nenhum problema ou algo parecido, na verdade ele já me ajudou bastante até aqui, até mesmo contra o Devorador lá na Cidadela.
— Você confia plenamente nele John? — Sarah pergunta novamente.
— Acho que sim. Não, na verdade eu quero confiar nele. — Digo para ela.
— Então está bem, se você confia nele, vou confiar em vocês. — Sarah diz com um pequeno sorriso no rosto.
— Ora, isso é muito legal da sua parte, senhorita!
De repente, sem nem mesmo John perceber, Sylas se revela para Sarah.
— Sylas?! — Como você… — John pergunta espantado.
— Quem é esse?! — Sarah também se pergunta.
— Oh? Eu sou quem vocês estavam falando sobre! — Me desculpe, onde estão meus modos? Permita-me apresentar-me, eu sou o espectro que tem acompanhado John em suas viagens o servido como um conselheiro, pode me chamar de Sylas.
— Então é você, muito diferente do que eu pensava, na verdade você não se parece nada com os espectros controlados pelo Devorador… — Diz Sarah para Sylas.
— Por favor, senhorita, não me compare com aquelas… Coisas. São aberrações sem inteligência, bestas. Diferente delas, sou totalmente consciente de minhas ações, sei diferir o certo do errado! — Sylas se vangloria.
Vendo Sylas e Sarah conversarem, John pensa consigo mesmo sobre algo que Sylas disse para ele uma vez.
Eu achei que somente eu pudesse vê-lo e ouvi-lo… Ele tinha me dito isso uma vez antes, mas por que se revelou para Sarah? Talvez ele agora confie nela.
— Bem, acho que as coisas foram esclarecidas agora, pelo menos para mim. Vamos continuar? — Pergunta Sarah.— Vamos, vamos! Podemos conversar no caminho, é ótimo ter mais alguém para conversar além do John. — Diz Sylas.
Eles continuam o percurso pela caverna, até que chegam em um ponto sem saída, porém os cubos mágicos que estavam com Sarah começam a mudar de cor para Azul Claro.
— Olha! Eles mudaram de cor, quer dizer que Tayson deve ter encontrado algo, vamos retornar. — Sarah diz para John e Sylas.
— Esplêndido, estamos a um passo de encontrar sua espada John, maravilhoso não é mesmo? — Sylas me pergunta.
— Sim, de fato. Vamos retornar! — Respondo.
— Bem, eu preciso repor minhas energias, me chamem quando tiverem encontrado a espada, se não for muito incomodo. — Diz Sylas.
Sarah e John dão meia volta e correm para a encruzilhada para se encontrar com o restante do grupo.
— Lá estão eles.
— Sarah! John! Vocês voltaram! — Diz Jesse em um momento de alívio.
— Vocês estão bem? Acharam algo, além do Tay? — Pergunta Sarah.
— Ah… Sobre isso, podemos conversar depois? Vamos logo para onde ele está, não aguento mais ficar dentro desse lugar, preciso tomar um banho de Sol. — Ryutisuji comenta com eles.
— Certo, mas não vá se esquecer… Vamos! — Sarah diz para ele.
Então, eles partem pelo caminho central para poderem se encontrar com Tay, que possivelmente havia achado o que estavam procurando.
— E vocês, acharam algo? — Jesse pergunta.
— Infelizmente não, eu e Sarah apenas andamos até uma parede no fim do caminho, nada mais além disso. — Eu respondo.
— Que conveniente, logo o caminho que não estava mapeado era o correto a se seguir… — Ryutisuji comentou.
Após caminharem por alguns minutos, eles chegam em uma grande área da caverna com uma grande cratera no centro, e logo à frente deles está Tay, agachado atrás de uma pedra.
— Tay! Te achamos! — Grita Sarah.
— Ótimo! Venham aqui, todos vocês! — Ele responde sussurrando.
Os outros se dirigem para o mesmo local de Tay e se abaixam próximos a rocha.
— O que houve? Algum motivo para falarmos baixo? — Pergunta Sarah.
— Olhem lá embaixo… No canto da cratera. — Tay aponta para algo.
Logo todos conseguem ver de longe, a espada de John cravada sobre um amontoado de rochas.
— Finalmente… — Diz John.
— E o que a gente tá esperando? Vamos lá pega-lá! — Ryutisuji diz.
— Não, espera. Eu notei algo quando cheguei aqui, ao longo do caminho eu tinha encontrado algumas criaturas, porém nada de mais. Até que cheguei aqui, a concentração de energia elemental deste lugar não é normal… — Diz Tay.
— Então há alguma criatura poderosa aqui? — John pergunta.
— Possivelmente. Lembram do que eu disse não é? Vamos com cautela. — Tay diz olhando para os outros.
Ryutisuji prepara uma corda para que todos possam descer até o fundo da cratera, e eles descem um por um. Ao chegarem Ryutisuji olha para um canto da cratera e percebe os ossos de criaturas espalhadas.
— Tay! Olha isso aqui…
— Eu sei, eu sei… Mas chegamos até aqui, precisamos ir até o final! — Ele responde.
— John, vem! — Tay acena.
John e Tay caminham até as rochas enquanto os outros vão logo atrás dando cobertura para eles. Quando John começa a se aproximar de sua espada toda caverna começa a estremecer.
— O que é isso…?! — Jesse se pergunta.
— John, SE AFASTE! — Tay grita para John.
O amontoado de rochas começa a se erguer e assumir uma forma cada vez maior, John perde o equilíbrio e cai no chão.
— Só pode estar brincando… É um golem! — Diz Tay assustado com o que vê.
— John, você precisa sair daí, AGORA! — Tay grita novamente para John.
John então começa a correr do golem, porém ele é surpreendido com um golpe do mesmo que o atinge, o jogando para o outro canto da cratera. Vendo aquela cena todos começam a se desesperar.
— DROGA! Jesse, fica de olho nele! Ryutisuji e Sarah vocês me ajudam a lutar contra essa coisa! — Tay grita para os outros.
— Estamos com você. — Ryutisuji e Sarah empunham suas armas.
Caído no canto, John lentamente começa a perder a consciência.
— John! John?! — Jesse grita com ele.
Mesmo com os esforços de Jesse, John não consegue escutá-la e logo perde completamente sua consciência.