A Voz das Estrelas - Capítulo 5
Perante o brilho irradiado pela marca no peito de Layla, Norman arregalou os olhos fascinado. A coloração branco-azulada tomou conta do quarto escuro, o ar frio envolveu-se no epicentro iluminado conforme fazia os fios de cabelo da garota levitarem com graciosidade.
Após as palavras dela, revelando ser a Marcada de Vega, o jovem logo compreendeu o formato de asterismo naquele símbolo. “É a Constelação da Lira”, afirmou em silêncio durante a apreciação do bonito momento ao alcance dos olhos.
No entanto esse durou poucos segundos. Quando o cintilar esvaiu-se aos poucos, trazendo de volta a escuridão ao cômodo frio, a menina ajeitou o decote do vestido.
Norman engoliu em seco e enfim pôde realizar a primeira inédita pergunta:
— O que é essa tal de Provação?
Layla voltou a se sentar na cama e prontamente o respondeu:
— Trata-se de um evento específico onde os escolhidos costumam despertar seus Áster. Esse é o título concedido aos poderes que cada marcado recebe. O seu, por exemplo, é o de controlar objetos e até mesmo pessoas com o poder da mente. Em resumo, Telecinesia.
O rapaz encarou a palma da mão destra com olhos semicerrados. Remeteu ao momento onde despertou a habilidade psíquica pela primeira vez, salvando-se do esmagamento de um tronco derrubado logo após o acidente que vitimou toda sua família.
Os eventos do hospital também retornaram. Por um momento foi capaz de controlar a companhia que se encontrava prestes a cair do terraço do prédio, rumo a morte.
— E qual é o seu poder? — indagou ao voltar a encará-la.
Ela conservou o silêncio durante alguns segundos, comeu alguns salgadinhos e murmurou depois de os engolir:
— Quanto a isso, prefiro deixar em segredo por um tempo.
“É sério?”, torceu uma das sobrancelhas.
— Não se preocupe, prometo que não irei te deixar na mão — prosseguiu ao lamber as pontas dos dedos. — Talvez seja melhor que não saiba durante este início. Até se habituar aos próprios poderes e também a este evento…
O garoto não rebateu os caprichos da sorridente companheira, pois não encontrava boas maneiras de fazê-lo. No momento que ela terminou de apreciar as iguarias, amassou o pacote de forma a segurá-lo com apenas uma das mãos. Encontrou uma pequena lixeira próxima a escrivaninha e a lançou com cuidado.
Acertou em cheio o recipiente de madeira aberto e comemorou como se tivesse marcado um ponto. O dono do quarto acompanhou toda a sequência descontraída sem comentar uma palavra. Fitou o semblante dela que, naquele momento, parecia o de uma pequena criança se divertindo sem preocupações.
Lembrava um pouco o falecido irmão mais novo, indo em desencontro a todas as primeiras impressões que havia exibido até então.
— Agora devo lhe explicar o que sei sobre essa Seleção Estelar. — Layla respirou fundo e retomou a feição soturna. — De maneira simplificada, fomos escolhidos para disputarmos o posto do Rei Celestial, aquele que governa o Cosmos.
“Clichê”, o rapaz guardou a simples retruca dentro da mente, mesmo sem estar em posição de criticar ou desconfiar. Não depois dos eventos vivenciados.
— Entretanto isso não é tudo. — Ela ergueu os dedos indicador e médio. — Dois anos. Dentro deste limite de tempo, o Rei Celestial atual irá se retirar.
— E então…? — Cerrou os punhos ansioso pela continuação.
— Caso nenhum marcado consiga tomar esta posição dentro deste limite de tempo… o universo poderá colapsar.
Ao escutar o complemento da companhia, o jovem engoliu em seco. Além de lutar pela própria sobrevivência, surgia a obrigação por almejar tal posição divina em prol de evitar um desastre ainda maior.
Manteve o controle das emoções segurando os punhos fechados. As regras simples, porém, assustadoras por trás daquele evento fantasioso lhe trouxeram um arrepio indescritível pelo corpo. A amostra grátis do hospital oferecia um breve panorama sobre os próximos adversários que encontraria, cedo ou tarde.
Essa linha de pensamento o conduziu a realizar o próximo questionamento:
— Você sabe quantos marcados existem?
— Sim e não. Marcados não são definidos apenas pelas pessoas escolhidas em si, mas pelas constelações as quais são representadas. Ou seja, há a possibilidade de haver mais de um escolhido, de acordo com a conjunção estelar específica.
Apesar da explicação ligeiramente mais complexa, o garoto procedeu:
— E são quantas constelações, ao todo?
— Treze. — Ergueu três dedos em uma mão junto ao indicador na outra.
Norman franziu o cenho e processou rápidos cálculos na mente. Excluindo a companheira à frente, restariam onze possíveis marcados de acordo com aquela resposta. Como os números poderiam ser maiores baseados nas informações da própria, a possibilidade de existirem mais de vinte inimigos não deveria ser descartada.
“Isso é loucura”, caminhou até ficar frente a frente com o espelho encardido do móvel de madeira. “Pessoas desconhecidas com poderes desconhecidos lutando entre si por um título divino… por que eu deveria fazer isso?”, ainda custava a crer naquele cenário.
A alva observou as costas rígidas do aliado sem dizer qualquer coisa em respeito a seu momento pensativo. Ela também sabia que a situação penderia para sua negação a respeito do momento atual. Nada mais natural ao analisar tamanha reviravolta na vida cotidiana que possuía há poucos dias.
Sendo assim, murmurou:
— Sei que está confuso e, provavelmente, não deseja se arriscar nisso. Você acabou de perder sua família, saiu de um hospital onde quase morreu para um desconhecido e parece não ter motivos para almejar um posto que nem sabe se existe de verdade.
Norman virou o rosto junto ao torso na sequência. Seus olhos bem abertos fitaram a expressão cabisbaixa da jovem ao proferir os próprios sentimentos sem nenhum traço de dissimulação no tom de voz.
— Mas… eu escolhi você. — Ela estendeu a mão direita na direção dele. — Se puder aceitar este meu pedido egoísta, prometo te proteger até o final. Eu não quero perder essa batalha.
A determinação naquelas palavras mostrava-se tão clara quanto o leve temor que elas propagavam. Soava como uma proposta de aliança misturada a um pedido desesperado por ajuda.
Tudo que ela tinha dito era verídico e, ao mesmo tempo, aplicava-se aos pensamentos recentes de Norman. Ele não possuía nenhuma razão em potencial para se arriscar. Contudo caso permanecesse inerte quanto a realidade, seria afligido pelo perigo sem ter a capacidade para se defender, a exemplo da última ocasião.
Sentia-se preso, num beco sem saída. Não importava a escolha final, o resultado seria o mesmo. Ao encarar a mão trêmula da menina ante os olhos, remeteu em silêncio à decisão que havia tomado durante o conflito da madrugada anterior.
“Eu não irei me arrepender de novo.”
Levou a mão boa até o membro estendido da garota, as palmas se tocaram num aperto leve que conciliou a união entre os dois Marcados. Layla demonstrou surpresa pela feição boquiaberto. Há tempo não sentia tal sensação calorosa, transmitida pelo toque do companheiro.
— Você está certa. Não tenho motivos para almejar essa posição. Mas ainda assim, não pretendo morrer. — Franziu o cenho. — Irei te ajudar.
— Obrigada. — Ela esboçou um fraco sorriso diante da resposta oferecida pelo novo aliado. — Então, agora que somos oficialmente uma dupla e você sabe sobre os detalhes básicos da seleção, podemos seguir em frente com um planejamento.
— O que sugere?
— Vejamos… — A garota levantou da cama e caminhou até a janela do cômodo. — Que tal você treinar um pouco para se habituar ao próprio Áster?
Esse era, de fato, o caminho mais lógico a ser traçado durante o princípio. Norman não sentiu dificuldades extremas quanto ao controle da Telecinesia nos eventos passados, entretanto foram instantes singulares onde experimentou riscos reais de vida.
Seria presunção demais ignorar esse fator essencial na utilização eficiente da habilidade psíquica, apesar de que, ainda assim, convencia-se sobre ser capaz de repetir o processo naturalmente.
— Acho que não precisa…
— É melhor não ser muito convencido. Mal faz uma semana que adquiriu esta habilidade. — Varreu o quarto com os olhos. — Hm, vamos testar então. Aqui, tente controlar o pacote que joguei no lixo.
Apontou na direção do recipiente circular onde a bola amassada repousava no fundo. Norman moveu a atenção até o local específico e resolveu aceitar o desafio imposto pela companheira por meio de um aceno de cabeça silencioso.
Lembrou o padrão de movimentos que realizou nas vezes anteriores, então ergueu a mão boa na direção da pequena lixeira e buscou concentração na mente cansada. Manteve a posição durante bons segundos, onde nada aconteceu.
Conforme o tempo avançava e nenhum resultado era obtido, passou a exceder o próprio esforço. Transmitiu pressão aos pés no solo, contraiu os dedos das mãos com força e realizou caretas diferenciadas ao passo que rangia os dentes. No fim das contas, conseguiu… derrubar o recipiente de madeira com o poder mental.
Diante da incapacidade inesperada em fazer algo considerado simples após experiências bastante complicadas, foi tomado por uma dose de frustração. Por outro lado, Layla projetava um sorriso vitorioso perante o fracasso do parceiro.
— Viu? — Abriu a mão como se oferecesse suas condolências. — Você mesmo já deve ter pensando no porquê de não conseguir usar a Telecinesia novamente. Ainda precisa melhorar a concentração e dominar completamente o controle dos objetos. Por isso… iremos treinar todos os dias a partir de hoje!
“Todos os dias?”, o garoto desejava acreditar que aquelas palavras não passavam de uma brincadeira de mau gosto.
— Temos um dia inteiro hoje, mas você deve estar cansado. Recomendo que recupere o estado físico e mental e, de noite, podemos começar. — Ela passou ao seu lado e dirigiu-se à saída do cômodo. — Agora vou tomar um banho. Poderia separar algumas roupas que eu possa usar?
— Você realmente estava falando sério sobre ficar aqui?
— Mas é claro. Eu não tenho outro lugar onde possa ficar. Além disso, irei dormir nessa cama aqui. — Apontou para o móvel do falecido irmão mais novo. — Se não for muito incômodo, é claro.
Norman sequer teve a oportunidade de retrucar as decisões da marcada que avançou pelo corredor. Ele nunca tinha dormido junto a uma garota, porém esse não era o maior dos problemas ao tê-la como companhia naquela casa.
“Roupas… lugar para dormir”, refletiu com certo pesar ao interligar as condições impostas por ela. Embora fosse uma parceria favorável no contexto geral, alguns detalhes específicos incomodavam o jovem desgastado.
Não parecia haver roupas naquela casa que servissem em Layla. Ele não tinha como adivinhar, mas pela aparência da jovem, talvez fosse possível utilizar as roupas que sobravam de sua mãe.
E então, restava o problema da acompanhante durante o descanso, tomando o lugar do irmãozinho que não estaria mais ali.
Preparado para encarar uma morada desprovida de quaisquer ruídos, experimentou um embrulho no estômago ao pensar em como aquela pessoa tomaria as posições dos que se foram há poucos dias. Posições insubstituíveis, mas capazes de atormentá-lo pelo resto da vida.
Norman deitou ofegante em sua cama após um longo primeiro dia de treinamento. Já havia trocado de roupa após o banho, agora utilizava uma camiseta leve e bermuda escura.
— Você foi ótimo para um primeiro dia — disse a alva, repousada sobre a cama ao lado. — Podemos elevar a dificuldade amanhã, então trate de descansar bastante.
O garoto encarou o próprio teto sem oferecer uma resposta. Em seguida, virou o rosto esmaecido até a marcada que voltou a apreciar os mesmos salgadinhos de mais cedo. Ela vestia uma blusa verde e saia azul, roupas mais confortáveis em comparação ao vestido utilizado pela manhã.
“Ainda tem o cheiro dela”, matutava solitário ao identificar o aroma característico da finada mãe misturado ao ar místico envolta da jovem. Reafirmando a dificuldade para superar esse evento, acreditou ser um processo natural da árdua aceitação.
Suspirou profundamente ao pegar o smartphone na cama. Conferiu diversos e-mails e outras mensagens de grupos nas principais redes sociais. Deu atenção especial a um deles, onde se encontravam três contatos além do próprio.
“Claro que eles ficaram sabendo… perdi uma semana inteira de aulas”, viu data e horário atuais; já era noite de sexta-feira. “Vou precisar repor tudo… ou então seria melhor trancar a matrícula?”, fechou os olhos ao abrir os braços sobre o colchão forrado.
Existiam tantas decisões a serem tomadas a partir de agora que preferiu varrer todas da cabeça por um momento.
Todos os pensamentos restantes foram interrompidos quando a menina terminou de comer os biscoitos, repetindo o processo de mais cedo ao amassar o pacote e lançá-lo na lixeira. Deixou a cama na sequência e caminhou até a janela aberta. Dali podia contemplar o céu estrelado sem nenhuma interferência.
Aquela cena trouxe a Norman lembranças do primeiro encontro com a jovem, sentada sobre um banco do pátio no hospital. O mesmo olhar daquele momento era direcionado à abóbada recheada de pontos brilhantes. Um tom de melancolia parecia a rodear sempre que buscava a imagem no topo inalcançável.
Foi tomado por uma súbita vontade de se aproximar e afagá-la em um abraço. Isso logo se esvaiu ao balançar a cabeça em negação.
“Por que eu desejei isso de repente?”, virou o corpo para o outro lado. Desde que evitasse aquela imagem, poderia ficar em paz consigo mesmo.
Ainda assim, observar aquela expressão voltada ao céu lhe despertava uma estranha dor no peito.
Fechou os olhos por um tempo e cochilou sem perceber.
Quando voltou a despertar com o tremular do aparelho recheado de novas mensagens, fitou por cima do ombro e a encontrou na mesma posição.
Sem saber o que dizer, ergue-se da cama e foi até a janela a fim de se unir a ela. O céu realmente estava bonito, diversas constelações podiam ser vistas próximas a Lua Crescente. A vontade anterior retornou aos poucos, mas o rapaz permaneceu imóvel ao seu lado.
No intuito de descontrair — ou algo próximo disso —, relembrou aquilo que desejava dizer desde o momento da descoberta sobre a data atual.
— Aliás, não poderemos treinar daqui a dois dias.
— Por que? — Ela perguntou sem tirar os olhos da abóbada brilhante.
— Tenho aula na faculdade.
O silêncio perdurou após a resposta um tanto encabulada do rapaz. Tal gesto provou-se o suficiente no intuito de desprender a atenção de Layla, que levou os olhos escuros até sua direção.
— Sério?
Foi a única palavra que conseguiu proferir.
Dito e feito, na primeira segunda-feira após o incidente trágico, Norman retornou à universidade. Não ficava muito distante de casa, portanto podia ir caminhando sem problemas.
“Espero que ela não me arranje problemas lá”, pensou na companheira que deixou em casa. Podia remeter com detalhes em excesso às palavras de despedida ditas por ela, o que servia para deixá-lo ainda mais inquieto. Mesmo assim, seguiu em frente para sua primeira aula pós-retorno.
O braço continuava a ser suportado pela tala, apesar da ausência da tipoia ortopédica. Decidiu deixar apenas a faixa na altura da testa, a área onde encontrava-se estampado o símbolo da Constelação da Águia. Ainda que poucos pudessem notar o detalhe por conta da franja volumosa, seria melhor prevenir.
Ninguém parou para questioná-lo sobre a ausência dos últimos dias culminada pela internação. Todos continuavam a sequência de suas vidas, não se importariam com um desconhecido aleatório. Embora tivesse ciência disso, seguiu cabisbaixo até a sala de aula.
Sentou em uma das cadeiras entre a frente e o fundo do recinto. Acreditava ser o melhor lugar para não chamar o olhar de outras pessoas, além de poder prestar atenção da maneira devida aos ensinamentos dos professores.
— Ei, Norman! — Um garoto se aproximou e tomou a carteira ao lado. — Você voltou, cara! Como está se sentindo!?
Só pela voz um tanto eufórica pôde reconhecê-lo, mas a confirmação veio ao fitar sua aparência; óculos de grau pareciam destacar os olhos castanhos, o cabelo de mesma coloração era arrepiado e brilhava com tanto gel utilizado.
Se tratava de um dos poucos amigos que possuía na classe inteira, principal responsável por enchê-lo de mensagens desde o dia em que tudo aconteceu. Ao notar suas vistas arregaladas cheias de preocupação e curiosidade, virou o rosto para frente com certo receio.
— Estou me recuperando.
— Entendo… sinto muito por… você sabe. — O jovem encontrou dificuldades em pôr os sentimentos para fora.
— Fica tranquilo. — Norman apoiou o rosto no punho cerrado. — Essas coisas acontecem…
Apesar da tristeza explícita na frase que soou em meio a um fraco suspiro, o colega de classe manteve a expressão inalterada. Apesar do clima tenso, ainda tentou animar o abatido companheiro com outros assuntos que fugiam às relações com a tragédia.
Não demorou muito até mais duas pessoas chegarem — outro garoto e uma garota, seguindo os mesmos passos do primeiro. Um misto de felicidade e inquietação marcava o reencontro entre o simples grupo universitário.
De alguma forma, essa confraternização podia ser considerada como uma terapia positiva para o garoto. Tratava-se de uma rara oportunidade onde era permitido a esquecer as consequências culminadas pelos eventos anteriores.
No entanto essa paz repentina não duraria muito tempo. O rompimento da calmaria teve início quando uma presença peculiar atraiu a atenção de todos os universitários ao passo que passeava pelos corredores. Com passos graciosos que esbanjavam fascínio, chegou na sala onde estava o jovem debilitado.
Perante a entrada da classe, puxou os olhares de todos na mesma medida.
— Oh, olha só! — O rapaz de cabelo arrepiado levantou-se da carteira com um enorme sorriso ao enxergar a tal figura. — Que bonita! Nunca vi uma menina tão bonita assim pessoalmente!
Enquanto a amiga ao lado sentiu-se irritada com o comentário eufórico, Norman ergueu as sobrancelhas, espantado ao conferir sobre quem se tratava toda a comoção.
A sorridente menina de cabelo branco caminhou até o quarteto localizado no canto esquerdo da sala.
“Só pode ser brincadeira”, pensou estupefato até ela, a passos decididos, alcançá-lo na carteira encostada na parede.
— Olá, pessoas. Prazer em conhecê-los!
Layla acenou com a mão enfaixada para o grupo específico. Um dos maiores medos de Norman ao sair de casa começava a ser concretizado.
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