Você Foi Humilhado! - Capítulo 6.1
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- Capítulo 6.1 - Então vamos disputar quem é o mais sanguinário.
Olhando todos os demônios. Percebi que a maioria eram seres humanos demonificados, mas o cheiro era fraco.
Que decepção!
Por ser obra de um Destemido, imaginei que seria um pouco mais comovente, mas eles não passavam de fracos.
— Fracos. Vocês são muito fracos!
Liberei minha intenção assassina, fazendo com que eles começassem a gritar e correr em minha direção.
— Vocês não sentem medo? Eu vos mostrarei o Medo. Speed Iz!
Passei por todos como um vento, dilacerando todos no meu campo de visão.
— 37 cortes!
Com um movimento hábil, eu recolhi minhas espadas, observando enquanto os demônios, um por um, começaram a desmoronar.
— Muito fraco, muito fraco. Muito fraco!!!
Eu estava furioso com tudo aquilo. Esses aí mal conseguiram reagir aos meus ataques. Se o nível do andar zero era assim, então os próximos não teriam muita diferença.
Esperei por um minuto na expectativa de que mais aparecessem, mas de nada adiantou.
Estou decepcionado.
— Izumi é mesmo incrível!
— Izumi. Tens que tomar mais cuidado senão morreremos em vão.
— Estou me cagando para isso.
— Você nunca muda, mas não esqueça que a Ui está aqui. Você quer que ela se machuque? E se ela morrer?
Esse Max achava que eu me importava com ela e estava tentando usar isso para me controlar, mas ele estava enganado. Eu realmente não me importava com o que acontecia com todos vocês. Para mim, eram apenas ferramentas para alcançar meu objetivo, e quando eu finalmente vencesse, todos vocês seriam descartados.
— Me responda. Izumi.
— Foda-se!
— Entendi. Continue fazendo o que quiser.
— Não me faça fazer o que já estou fazendo.
— Aqui será o fim de suas jornadas. Humanos!
— Quem disse isso? — questionei enquanto observava os outros.
— Não fui eu.
— Nem eu.
— Izumi, não fui eu.
— Mas que porra é essa?
Os ecos misteriosos daquela voz ressoaram por todo o andar, mas a origem se escondia habilmente, escapando à minha identificação.
— Izumi. O que é isso? — Ui disse.
Os demônios derrotados começaram a derreter e, em seguida, se transformaram em algo parecido com uma substância viscosa. No entanto, não era branca; essa meleca amarela começou a se reunir em um ponto e se unir.
— Cuidado pessoal. Não toquem nisso — Max disse.
— Sim.
— Ok.
— Lhiahahahahahahahaha!
Iniciei com uma risada, ironicamente apreciando a situação. A minha desilusão desapareceu instantaneamente quando me deparei com a figura demoníaca diante de mim. O intenso nível de energia demoníaca que fluía de seu corpo tornou evidente que seria uma verdadeira diversão aniquilar essa abominação.
— Quem é esse humano? Pirou?
— Speed Iz. Primeira forma.
— Sumiu?
Kotxi Giratorio!
— No fim não eras lá grande coisa.
Uma vez mais, triunfei com facilidade. O desgosto diante desses seres fracos e repulsivos atormentava minha mente. A absorção dessa inacreditável realidade tornava-se um fardo quase insuportável
— Que incrível, Izumi. Você matou o demônio num instante.
— Coisa fácil.
Parecia que Ui iria me elogiar a cada um que eu matasse. Não era ruim, mas era desnecessário.
— Pessoal não abaixem a guarda. Estou com um pressentimento estranho.
— Acertou miserável!!!
— Quê?!
O demônio se lançou na tentativa de me devorar, porém, com agilidade, desembainhei minha arma e retaliei num gesto rápido. Contudo, meu ataque não surtiu o efeito esperado. Tudo à minha volta começou a mergulhar na escuridão. Repeti o golpe, mas, estranhamente, parecia que eu estava cortando o vazio, pois nada acontecia.
Aos poucos, tudo se tornou uma negritude completa. O cheiro de Max e dos outros se tornou um eco distante, e eu não conseguia perceber qualquer aroma naquele lugar. Era como se tivesse adentrado o próprio vazio. O vento, os ruídos, e qualquer elemento que desse sentido ao mundo estavam ausentes.
— Onde estou?
— Aqui será a sua tumba. Humano.
— Apareça demônio!
— Demônio? Está falando de si próprio?
— O quê?
Um corpo de alguma entidade estava lentamente tomando forma, e eu mal podia acreditar no que meus olhos testemunhavam.
— Como tens a minha aparência?
— Eu sou você.
Um sorriso se abriu em meus lábios enquanto eu rapidamente desembainhava minhas espadas.
— Podes ter a minha aparência, mas as minhas habilidades nunca terás. Vais morrer como um inseto no esgoto.
Corri em direção à minha própria imagem e desferi um corte, mas ela se desfez no ar, desaparecendo.
— Quê? Como fizeste isso?
— Humano burro e insolente. Vais morrer por sua arrogância. Speed Iz!
Antes que eu pudesse reagir a tempo, mesmo empregando minha habilidade de Speed Iz, fui ferido.
— Argh!
— Não se engane humano. Nesta dimensão. Sou superior a você.
— Cala a boca. Cure Iz!
Com a minha habilidade de regeneração, sabia que poderia curar essas feridas, mas isso levaria alguns minutos. No entanto, estava claro que o ele não estava disposto a esperar.
— Humano tolo. Achas mesmo que esperarei que isso termine?
— A minha cópia esperaria.
— Seu insolente!
Desisti da ideia de me curar e continuei a lutar contra minha cópia, apesar da desvantagem. Curiosamente, ele imitava cada um dos meus movimentos, como se estivesse duelando contra um reflexo de mim mesmo. Essa similitude me trouxe uma sensação mista de contentamento e desconforto.
— Que foi humano? Isso é tudo que consegue fazer?
— Estou só começando.
Persisti na luta, apesar da desvantagem evidente, e ele parecia estar ciente disso. Contudo, o fato de sabermos que ele era uma réplica minha e, portanto, compartilhávamos pensamentos e estratégias, acabou se tornando minha ruína.
— Arrrgghhh!
Fui atingido novamente, e o corte acertou em cheio a ferida que ele havia causado anteriormente, fazendo o sangramento em meu peito aumentar ainda mais.
— Não és de nada, humano.
Por acreditar que, por ser uma cópia de mim mesmo, a luta poderia se estender, no entanto, esse maldito revelou ser distinto de mim, possivelmente devido à presença de duas mentes por trás daquele cérebro.
— Que foi humano. Isso é tudo que consegue fazer? Não és de nada. Hahaha! Vais morrer por uma cópia sua. Que humilhação — cuspiu palavras em minha direção enquanto continuava a me atacar incessantemente.
— Aproveite o momento demônio. Uma hora vou te matar!
— É? Speed Iz!
— Arrghh!
— Mesmo defendendo. O seu corpo recebeu dano. Esse corpo é uma benção.
Deveria ter alternado para o “Brute Force Iz” e não cair na armadilha quando ele lançou aquele ataque, mas, infelizmente, já era tarde demais. Era impossível prever quando ele faria a troca.
— Brute force Iz!
O que será dessa vez? Brute force ou Speed.
— Arrghh!
Cometi outro erro e acabei levando um chute, ficando claro que ele estava me manipulando, o que me enchia de frustração e raiva.
— O que vem dessa vez? Tente adivinhar. Vai?
— Aproveite enquanto tem tempo. Arrgghh!
— Errou. Foi o Speed Iz.
Ele prosseguiu zombando, convencido de sua vitória, mas cometeu um erro. Durante o confronto, notei um detalhe crucial que havia passado despercebido antes. Os tons de brilho das minhas habilidades “Iz” eram, na verdade, distintos.
Sempre acreditei que fossem idênticos, mas essa suposição estava errada. O brilho sombrio do meu “Speed Iz” estava mais concentrado próximo à minha pele, enquanto o “Brute Force Iz” se expandia de maneira mais aberta, irradiando para o exterior.
— Que sorriso é esse humano?
— És mesmo a minha cópia?
— Quê?
— Eu não sou humano nem demônio. Sou aquilo que beira a perfeição. Eu sou Mira! — sorrindo, proclamei.