Você Foi Humilhado! - Capítulo 4.2
Ele tentava me atingir de todas as formas, gritando de raiva. O demônio estava visivelmente irritado comigo, tornando mais difícil me aproximar. Como precisava ganhar tempo, decidi mudar de tática.
— Balas explosivas!
— HAAAAAAAAAAAAAA!
Minhas balas explosivas estavam sendo carregadas no meu dedo indicador. Quando estavam prontas, apontava na direção do alvo e disparava. Parecia que estava surtindo efeito, mas seria impossível derrubá-lo apenas com isso.
Continuei usando essa tática de desviar e disparar balas explosivas, mas sabia que, se continuasse assim, eventualmente seria atingido.
Venha logo Izumi.
Ele parou abruptamente e começou a encher seus pulmões de ar. Eu não entendia o que estava acontecendo, mas aproveitei o momento para disparar uma bala explosiva.
No entanto, isso não o impediu de continuar enchendo os pulmões, e eu percebi que teria que carregar a bala explosiva por mais tempo. Foi então que ele lançou seu ataque de chamas, e finalmente entendi a situação.
— Há, vou morrer?
Ponto de vista da Ui.
Eles eram incrivelmente fortes, conseguiram derrotar aquele demônio sozinhos. Eu mal podia acreditar; pela primeira vez, vencemos uma batalha sem que ninguém morresse. Estava feliz, mas como dizem, a felicidade dura pouco. Não demorou muito para que outro aparecesse.
Ainda acreditava na vitória, mas talvez os tivesse superestimado. Aquela coisa estava ganhando a luta, e eu não podia permitir que meus amigos morressem. Corri em sua direção e desferi uma voadora poderoso em seu pescoço.
Pode não parecer pela minha estatura, mas eu era incrivelmente forte, abençoada desde o nascimento pela Deusa da Força.
Agora preciso fugir.
Consegui desorientá-lo, mas meu objetivo era fugir antes que ele pudesse contra-atacar. No entanto, não fui rápida o suficiente e fui atingida por seu ataque, sendo arremessada contra a parede.
Apesar do impacto, não sofri muitos danos, pois além da força, eu também possuía uma alta resistência. Na vila, eram poucos que poderiam me vencer em combate. Levantei-me e fui em direção ao Max, enquanto Idalme permanecia inconsciente.
O fim da nossa vila está próximo.
Eu não acreditava em uma vitória contra aquilo, mas Max nos deu esperança. Como pude esquecer dele, o homem mais forte. Senti alegria novamente e um pouco de esperança quando Max falou. A pedido dele, fui em direção à saída da vila em busca de Izumi.
— Preciso encontrá-lo rápido!
— Izumi!!!! — Gritei o nome dele.
Enquanto corria em busca de Izumi, gritei o seu nome várias vezes, mas minha voz não parecia alcançá-lo.
— Onde ele está?
Eu estava perdendo as esperanças. Dei a volta em toda a vila e não o encontrei. Caí de joelhos e comecei a chorar.
— Me desculpe, me desculpe. Me desculpe por ser fraca. Ai, Mito, me desculpe. Eu não consegui proteger a vila. Me desculpe, me desculpe.
— Ei?
Olhei na direção da voz e lá estava ele, sentado com os braços apoiados nas pernas, olhando para mim.
— Você é muito barulhenta.
— Barulhenta?
Será que ele estava me ouvindo gritar, mas ignorou? Comecei a pensar que o líder da vila poderia estar certo. Talvez eles realmente se importassem apenas consigo mesmos. No entanto, eu tinha que contar a ele, não importava se ele não quisesse ir. Mesmo que eu tivesse que implorar, eu diria.
— Por favor… por favor, salve a nossa vila! — falei olhando para os seus olhos, e as lagrimas começaram a escorrer.
— Lhiahahahahahahahaha!
Eu não entendia. Será que ele estava rindo da nossa situação? Será que ele era realmente um demônio? As dúvidas não paravam de surgir na minha cabeça, mas…
— Max precisa da sua ajuda. Por favor, nos ajude! — falei ajoelhada.
— Cala a boca e me mostre o caminho.
— Sim!
Fiquei feliz e comecei a acreditar que ele era diferente. Levantei-me e comecei a correr.
— Por favor, me siga.
Ele não me seguiu, e comecei a diminuir os passos, pensando que ele estava apenas brincando com os meus sentimentos.
— Speed Iz.
— Speed I…
Antes mesmo de terminar a frase, senti meu corpo ser movido, com alguém segurando minha cintura com firmeza. Quando olhei, era o Izumi, irradiando um brilho sombrio, sorrindo, o que fez meu coração se apaixonar por ele novamente.
Olhei para a frente e percebi que estávamos próximos do local, e num instante, eu estava no ar. A sensação de aperto já não estava mais presente, e quando olhei à frente, vi Izumi diante de uma grande chama, mas ele já não estava brilhando.
— Brute force Iz! — Ele falou enquanto brilhava intensamente mais uma vez.
— Segunda forma. Kotxi chamas!
Eu estava longe, mas pude escutar claramente, pois a audição era uma das bênçãos que eu havia recebido. Com essa técnica, ele cortou as chamas e atingiu o demônio.
— Ai! — caí no chão.
— HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Para ele gritar assim, deve ter doído muito.
Incrível!
— Que demônio interessante.
— Izumi?
— Que foi Max? Não acredito que ias morrer aqui.
— Admito que tu salvaste todos da vila, menos eu.
— Interessante. Agora é minha vez.
— Por favor, Izumi, me deixe finalizar.
— O quê?
Enquanto eles estavam falando, o monstro começou a se regenerar.
— HAAAAAAAAAAA!
— Quanto tempo você precisa? — Izumi falou enquanto se virava de costas para Max.
— Quinze segundos.
— Reze para ele não estar morto antes dos quinze segundos.
Novamente, Izumi brilhou e desapareceu, mas num instante, ele estava de volta na frente. Sua velocidade era tão grande que eu mal conseguia acompanhar com os olhos.
— Caia.
Eu não estava entendendo. Ele realizou alguma ação enquanto se movia a alta velocidade? Aquele ser começou a cair, mas estava claro que seus membros não estavam mais conectados ao corpo.
— HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
— Incrível!
O demônio começou a se regenerar, mas Izumi não fez nada. Ele apenas observava com um sorriso no rosto e, em seguida, guardou suas duas espadas. Eu não estava entendendo. Comecei a me aproximar lentamente deles, e aquela coisa estava começando a se levantar.
— Speed Iz.
Quando percebi, Izumi estava debaixo do queixo do demônio e desferiu um chute que o fez olhar para o céu.
— Estou pronto!
Max correu, pulou e avançou pelo seu corpo em direção à cabeça, enquanto Izumi caía no chão com os braços cruzados.
Tão fofo!
— Soco dinamite! — Max gritou enquanto golpeava bem no rosto. Apoiou-se na sua cabeça e usou-a como impulso para se distanciar. Logo em seguida, ele fechou os punhos.
— Explosivo!
A cabeça explodiu em vários pedaços, parecendo um show de fogos de artifício. Olhei para Izumi, e ele parecia surpreso com o que estava acontecendo. Talvez estivesse feliz pelo seu amigo ter conseguido vencer. No final, ele disse:
— Puta merda!