Uma Rotina Escolar Comum Depois do Apocalipse - Capítulo 41
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- Capítulo 41 - Garota misteriosa
Depois de conferir suas armas, Yan estava pronto para sair para sua missão. Depois de todas as reuniões, todos os planos estavam definidos.
Calmamente, ele andou pela cidade até chegar às coordenadas que a Shiori lhe deu. Numa parte mais pobre da cidade e mais longe dos centros comerciais, ele chegou até um grande galpão.
Era um prédio um pouco desgastado, feito de metal e anteriormente usado para armazenar comida, mas fora comprado e, desde de então, o prédio estava teoricamente abandonado. Bem, Yan podia notar as paredes de fora desgastadas, mas o piso e entrada do lugar pareciam muito bem cuidados para algo esquecido, não tinha nenhum buraco, na real, o asfalto era novo.
Usando sua percepção de mana, o elfo conseguiu sentir alguns sinais estranhos vindo daquele prédio. Não, para ser mais específico, parecia que os sinais vinham do chão, talvez de um subsolo? Teoricamente o prédio não deveria ter nenhum subsolo, mas parecia ter.
Quanto mais olhava, mais aquele lugar parecia suspeito. Aquele ponto, o loiro já estava convencido de que tinha algo de errado naquele lugar.
— Hey! Yan, chegamos! — Animadamente, um gordinho apareceu falando alto sem se preocupar em não chamar atenção.
— Idiota, seja mais silencioso! — Logo atrás, vinha Mila que tentou acertar um soco no garoto, mas o baixinho escapou.
Yuki, a irmã do Rin, deu um longo suspiro vendo os dois brigando na sua frente. Do jeito que eles estavam brigando, acabariam só atrapalhando a missão. Ela tinha ido lá porque o Yan, garoto por quem tinha um crush, tinha pedido ajuda com uma pequena coisa, mas estava se arrependendo de ter chamado seu irmão para vir junto, ele já estava causando problemas.
— Se vocês dois continuarem assim, as coisas vão ficar complicadas, entenderam? — Yuki envolveu os pescoços dos dois com seu braço, então os apertou com força sufocando eles.
— Calma, calma, desculpa por isso, desculpa… — Rin implorou, por mais que não estivesse sendo tão machucado assim. Bem, ele amava quando a irmão dava um mata leão por trás dessa forma, afinal ao fazer isso ela pressionava seus peitões contra ele.
Já Mila usou sua força absurda para se soltar. — Não enche, garota.
Depois do que aconteceu, as duas se encararam meio irritadas. Yuki odiava ser questionada daquele jeito e parecia bem disposta a mostrar todo o seu poder. Por outro lado, Mila não gostava de obedecer os outros e queria deixar bem claro quem era a mais forte.
— Ei! podem não brincar, por gentileza. — Yan sorriu de forma encantadora.
— Se você está pedindo… — A garota de longos cabelos pretos desviou o olhar de forma meio tímida. Voltando ao seu rosto sério de sempre, ela perguntou num tom rígido: — Qual é o plano?
— Bem, por agora, vamos entrar, quero conferir se esse prédio tem subsolo, depois podemos pensar no que fazer.
ՕՕՕ
De volta ao campus da escola, Oto, Taka e Lola estavam vigiando uma daquelas arenas de treino, era uma que não estava sendo muito usada. Segundo as informações que conseguiram, era lá que fariam mais uma dos vídeos com demi-humanos, no caso seria com um garoto.
Enquanto esperavam sem muita coisa para fazer, Taka estava entediado olhando para a bala e arma que tinham aprendido. Mais cedo, Oto encontrou um homem suspeito e descobriu que ele tinha um revólver como o do calvo de antes, mas esse ainda tinha munição para ser examinada.
Depois de estudar um pouco sobre, Taka descobriu que as runas usadas naquilo eram realmente complexas, tão complexas que ele não conseguia analisar. Na verdade, só de tentar, ele ficou com uma enorme dor de cabeça e sua vista até se embaçou por um momento.
Normalmente especialistas em runas usariam máquinas para analisar runas desconhecidas, mas o garoto, de forma irresponsável fazia isso sempre por si mesmo. Considerando que muitas vezes, numa runa média ou avançada, você teria uma quantidade de informações parecida com a de um livro de 200 a 600 páginas, conseguir analisar por sem qualquer auxílio era impressionante.
Claro, isso tinha um preço, quando tentou analisar a munição, recebeu o equivalente a uma biblioteca inteira de informações em um instante, o que sobrecarregou seu cérebro. Para o garoto que, nesse aspecto, era um prodígio, aquilo era uma novidade, uma runa que não conseguia analisar facilmente.
Como nunca tinha visto nada com essa complexidade, Taka estava bastante curioso, mas uma máquina levaria semanas, ou até meses, para analisar aquilo e ele não tinha saco para esperar. No fim, ele continuava pensando, tentando encontrar uma forma de…
— Espera! — De repente, uma luz veio à sua mente.
“Isso seria insano, mas o que mais poderia ser tão complexo? Será que alguém realmente conseguiu completar a pesquisa do tio Yajin?”
Pensando sobre várias coisas, o garoto decidiu que precisava testar aquilo o quanto antes e sumiu sem avisar ninguém. Correndo para o laboratório de alquimia público da escola, ele entrou e, para sua sorte, ninguém estava suando naquela hora, o que lhe permitia privacidade
Na hora, ele abriu a bala e descobriu que, dentro dela, tinha um pouco de pólvora, mas a maior parte do conteúdo era um estranho e viscoso líquido preto. Além do mais, haviam várias runas inscritas no interior do objeto.
Analisando as inscrições, descobriu que suas únicas funções eram melhor o poder penetrante da bala e sua aerodinâmica com magia. Como era uma munição com menos pólvora, tinham que fazer isso para manter o poder perfurante do tiro, afinal precisavam fazer o líquido preto entrar em contato com o algo.
Considerando que a barreira mágica natural de uma pessoa impedia qualquer magia de controle mental, talvez aquele líquido fosse a chave. Não que perfurar alguém fosse o suficiente, afinal a barreira mágica também existia dentro do corpo, mas aquilo podia ser capaz de corroer a barreira.
Com várias ideias em mente, ele separou o pouco líquido preto em 4 amostra. Uma série analisada por um máquina, ele queria saber quais os componentes daquilo. Outra ele separou para olhar no microscópio. Uma era de reserva e, por fim, com uma fazia alguns testes.
O primeiro teste foi injetar mana no comportamento, o resultado foi ter sua mana absorvida e corroída. Seguindo, ele tentou retirar a mana do composto, mas não conseguiu. Também tentou aquecer, congelar e outras coisas.
Depois de tudo, ele injetou mana de novo no composto e, mais uma vez, ela foi absorvida e depois corroída. Tentando analisar as runas do composto, tudo o que conseguiu foi uma enorme dor de cabeça.
Em seguida, ele tentou conferir o microscópio e se espantou com o que viu: tinha algo se movendo, tinha algo aparentemente vivo no composto. O mais estranho, era que o composto que passou por todos os teste, de ser fervido a congelado, continuava apresentando essas coisas se movendo.
Talvez num microscópio de maior ampliação, ele pudesse ver exatamente o que estava se movendo, mas para ele só parecia que o líquido estranhamente se movimentava um pouco. Talvez houvesse células de algum ser ali? Mas nenhuma célula poderia sobreviver a todos os seus testes.
“Talvez realmente seja…”
O garoto estava realmente próximo de uma iluminação, talvez conseguisse descobrir toda a verdade, então…
— Não gosto de garotos tão espertos assim, não acha que descobriu de mais. — Uma voz surgiu atrás de Taka.
Quando ele tentou se virar para ver a fonte, descobriu que todo seu corpo estava paralisado. Mesmo tentando, ele não conseguia sequer liberar a própria mana, estava inútil.
Na frente de Taka, um vulto negro apareceu, de seus pés bizarros tentaculos negros pareciam ser invocados. Apenas de ver, o garoto reconheceu: aqueles tentáculos eram feitos de algo muito parecido com a substância que estava estudando a pouco tempo.
O vulto negro, se demonstrou aos poucos se tratar de uma assutadora mulher, com um sorriso sádico, que parecia ter seus 20 ou 25 anos e tina um corpo sensual, não que isso importasse no momento.
Então, lentamente, a mulher começou a se aproximar do garoto que nem sequer conseguia mover um músculo.
— A quanto tempo, Taka! — ela disse.