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Trupe Elemental - Capítulo 79

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  3. Capítulo 79 - Sequelas do Alvorecer
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— Eu sei o que você fez há cinco anos, naquele dia, Mary. John poderia estar caído, como o inútil que ele é, mas eu estava bem atento. Eu sei o pecado que você e Leon cometeram para tentar salvar a todos. — Disse John.
— E daí? Mesmo que seja verdade, ninguém vai acreditar em você. Aos olhos de todos, você é apenas um completo estranho, sempre esteve nas sombras do nosso grupo. Ou melhor, você nunca esteve. Você é apenas um parasita se hospedando no corpo do John, é isso que és. — Mary respondeu.

— Hmph. Suas intimidações não funcionam comigo. Eu posso, e vou acabar com todos vocês quando eu quiser, lembre-se disso. E novamente, se você tentar mais alguma dessas suas gracinhas, eu vou me libertar e vou lhe caçar. Isso inclui seus amigos próximos, haha. — Disse John, ameaçando-a.
— Estarei esperando por esse dia! Provarei ao mundo que sou a melhor e mais forte feiticeira que existe e vai existir. Vou expurgar você da existência. — Ela respondeu.

— Que bom, por um momento achei que seu ego tinha diminuído. Mas ainda continua a mesma mulher arrogante de sempre. Isso ainda vai acabar te matando, Mary. Tome muito cuidado com as palavras que você direciona as pessoas, algumas delas podem não ser tão razoáveis quanto eu. — Disse John.
— Ah! Mas infelizmente meu tempo está acabando, e eu preciso voltar. É como você dizia “O tempo se esvai” essa luta fútil contra o Rafflesia, custou em torno de sete anos para o John, haha. Uma pena que você não pode fazer nada para ajudá-lo, por que enquanto ele clamar pela minha ajuda, eu continuarei roubando sua vitalidade, e quando ela acabar, vou tomá-lo para mim! — Completou.

Mary já estava no seu limite quanto aquela conversa, sua vontade de matar aquela pessoa era esmagadora, mas ela tinha ciência que se tentasse, seria derrotada em questão de segundos. Ela não estava conversando com John, mas sim com um resquício de memórias erodidas pelo tempo. Tudo que lhe restava era baixar a cabeça e continuar escutando o que ele dizia.

— Chega, acabou! Traga-o de volta e suma daqui! — Disse Mary, enfurecida.
— Ha! Como desejar, Rainha das Serpentes. — John respondeu.

Ao ouvir do que ele a havia chamado, Mary sentiu medo. Se perguntando como ele conhecia aquele nome, algo que ela nunca havia contado para ninguém, nem mesmo as pessoas mais próximas a ela. Se antes ela não acreditava no que ele dizia, agora sua percepção havia mudado drasticamente, não era mentira, ele estava sério quando disse tudo aquilo.

Momentos após, John se desequilibrou e seus olhos fecharam brevemente, Mary conseguiu segurá-lo antes que caísse, e o apoiou sobre seu ombro. John disse que se sentia um pouco fraco e desnorteado.

— Onde está o Matt?! Cadê ele! — Perguntou, preocupado.

Antes de trazer John de volta para onde todos estavam, Mary jogou um pequeno feitiço sobre ele para que suas feridas fossem curadas lentamente, e suas dores amenizassem com o tempo. No caminho de volta, em tom baixo de voz eles iam conversando sobre o assunto.

— Ei, vai com calma. Fica tranquilo, os outros já chegaram e estão cuidando dos ferimentos dele, não é nada muito grave… hugh. — Mary respondeu.
— Eu fraquejei novamente, Mary. E mesmo assim nós vencemos, tudo por que eu… porque ele conseguiu por mim. — Disse John.
— Não importa, John. Não há pecado algum nisso se for para um bem maior. Tudo se resume a você, sobre o que você acha no final. — Mary comentou.

Quando disse aquilo à ele, Mary também pensou sobre o que ele disse anteriormente, “Eu sei o que você fez há cinco anos” e se aquilo foi a maneira correta de lidar, não havia outra forma, certo? Foi necessário, foi por um bem maior. Mary pensou.

Chegando onde o restante do grupo estava, lá estava, Matt encostado em uma pedra e Tay agachado ao seu lado com uma pequena tigela com comida. Sarah estava cozinhando algo que cheirava muito bem. Enquanto isso, Ryutisuji organizava os equipamentos do grupo e Jesse preparava alguns medicamentos com ervas que havia encontrado nos arredores.

— Ah, que bom, vocês voltaram! O quadro do Matt parece estável, ele já acordou, e  de acordo com Jesse. Ele vai ficar bem, só precisa se acostumar com sua nova condição agora. É uma pena que isso tenha acontecido. — Disse Tay.
— O que aconteceu com ele?! — John perguntou.

Quando John olhou para Matt, ele ficou chocado ao ver seu companheiro naquela condição. Inúmeros hematomas pelo seu corpo, várias partes estavam enfaixadas com manchas de sangue da batalha, e o que mais chamava sua atenção, Matt estava usando uma faixa que cobria seu olho esquerdo.

— Blegh, o que você acha, idiota? Eu só consigo enxergar de um lado agora! Aquela coisa perfurou meu olho! Eles disseram que não tinha como reverter isso, pelo visto eu virei um caolho, hahaha! — Disse Matt, rindo.
— Francamente, eu não te entendo, Matt. Como você pode rir da própria situação? Eu sinto muito, se eu tivesse sido melhor, isso não teria acontecido. — John respondeu.

— Ah, esquece isso, John. O que importa é que conseguimos. Antes cego do que morto, eu deixei de ser só um pouco eficiente, não me tornei obsoleto. — Disse Matt.
— Se você não tivesse aparecido para me ajudar, vai saber o que teria acontecido comigo, talvez eu estivesse dentro da barriga daquela coisa nessas horas. Sou grato por vir ao meu resgate, lutamos juntos até o fim. — Completou.

Logo em seguida enquanto eles conversavam, Ryutisuji trouxe arrastando um pequeno tronco de madeira que havia caído, para que eles pudessem se sentar melhor ao redor da fogueira. Ainda assim o clima entre eles não era um dos melhores, Tay e os outros estavam um pouco apreensivos sobre o recente evento.

— Então… recapitulando, Matt saiu para coletar lenha, John preocupado que algo havia acontecido, foi atrás de você. Depois nós vimos aquela enorme chama no céu, imediatamente nós deduzimos que algo sério tinha acontecido e também partimos para encontrá-los, mas sem sucesso. — Dizia Tay.
— Ficamos horas tentando achar vocês, e parecia que não saímos do lugar, estávamos andando em círculos. Quando finalmente chegamos, a batalha já havia sido decidida entre vocês. Isso é muito estranho. — Completou.

John, prestes a dar sua resposta, foi interrompido por Mary, que tomou seu lugar de fala e começou a explicar para eles o que de fato havia acontecido, pelo menos no entendimento dela.

— O Rafflesia ergueu uma barreira, impedindo que vocês o encontrassem. Quanto a mim, eu consegui chegar quase que no início da luta, porém Matt já estava inconsciente, cheguei tarde…! Eu também fiquei presa dentro da barreira criada por ele, mas com ajuda de John fomos capazes de derrotá-lo. — Mary explicou.
— Hum, faz sentido. Eu só acho um pouco estranho que você tenha nos deixado assim que a Tuneladora começou a fugir. Eu admito que não achei essa uma boa atitude, não tenho nada contra você, Mary. Apenas minha opinião. E se você conseguiu chegar antes de nós, você já devia estar próxima do lugar, poderia ter nos avisado de alguma forma. Nós não somos tão fracos. — Disse Ryutisuji.
— Ei, Ryutisuji! Vamos com calma, está bem. Sem mais confusões por hoje, por favor. Vamos manter a conversa em um bom ritmo. — Disse Tay.

— Não era a minha intenção, jamais. Porém também nunca passou na minha cabeça chamar por ajuda, eu agi por instinto e fui ajudar John e Matt. Eles estavam em desvantagem e precisavam de mim, certo John?. — Disse Mary, piscando.
— Oh? É basicamente isso que ela disse. Eu não quero que pensem que estamos tentando esconder algo de vocês, não é isso! Mas é que não tenho muita coisa para dizer na verdade, sinto muito pessoal. — John respondeu.

— Não, não, eu não estou chateado nem nada. Só precisava de uma explicação, para que pudesse entender com clareza as coisas. Ainda não nos conhecemos por tanto tempo, confiança é a base de tudo! — Disse Tay.
— Para mim tanto faz, estou feliz que vocês três estejam inteiros. Não estamos nessa há muito tempo, mas já os considero bastante. — Sarah comentou.
— Obrigado, vocês. Vou me lembrar disso. — Mary respondeu.

Com o clima tenso abaixando, Sarah distribuiu a sopa que havia feito entre eles. Estava muito boa de acordo com Matt, ele perguntou para ela com o que era feito. Sarah disse que era feito com as entranhas do Rafflesia, brincando com ele. Matt na mesma hora cuspiu para fora, fazendo ela e os outros cair em gargalhadas.

— Isso não se brinca, eu achei que fosse verdade. — Ele disse.
— Haha, claro que não! É de algumas plantas comestíveis que Jesse encontrou por aqui, não se preocupe, não tem nada de anormal nela! — Sarah respondeu.

Eles descansavam enquanto apreciavam a comida de Sarah, e se preparavam para continuar sua jornada rumo ao coração da selva, onde segundo Mary, encontrariam uma forma de chegar até Philip.

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