Trabalhe! - Capítulo 63
Susi 8
— Que eu não possa arriscar! — Depois de uma longa conversa, finalmente entendo uma coisa óbvia. Entendendo isso, chego cada vez mais próxima da minha resposta final.
— Ainda assim a resposta final é sua, agora quer ver o filme? — Ai o Iky me inventa de apresentar uma rota de fuga. Não agora, porra! Já cheguei tão longe, não me fode!
— Pau no cu do filme, agora você vai me esperar responder, entendeu! — Prenso ele contra o ar de forma impositiva. Acredite, se tiver presena o suficiente, pode fazer um Kabedon sem parede.
Como sempre, ajo de forma incisiva, mas, pela cara dele, diria que fui incisiva até demais. Recuo um pouco e dou espaço pro garoto assustado.
— Então… o que decidiu? — Livre da pressão, ele me pressiona, que desgaçado! Apesar de que eu pedi por isso, então a culpa é minha, mas não vem ao caso.
Respiro profundamente, minha mente trabalha muito, mas nenhum pensamento vai me ajudar agora, então pouco importa.
— Sabe, ficar tímida, evitar tomar riscos, não enfrentar meus medos, nada disso combina comigo.
— Mesmo que não combine com o que as pessoas esperam de você, caso for o que quer, ou o que precisa, então fuja, seja medrosa, não tem problema. — Maldito seja! Seu sorriso está tão fofo agora, sinto que vou perder a racionalidade e partir para o ataque.
Respiro, então faço biquinho e reclamo:
— Pare de tentar parecer tão legal, eu sei disso, idiota! — Soco ele, Iky mereceu por ficar todo bonitão do nada! Odeio isso, minha bochecha ficando vermelha, essa vergonha e sentimentos incontroláveis, que saco! Minha racionalidade vai para casa do caralho assim.
Com lagriminhas fofas, Iky me encara sem entender o que fez de errado. Por mais óbvio que seja, ele não entende o erro. Ser legal demais, faz com que eu não tenha nada para me irritar, isso me irrita!
Brincadeiras a parte, rio um pouco e beijo ele, mas não vem ao caso, foi só uma explosão sinhá de sentimentos. Sim, agora eu definitivamente voltei a ter 15 anos… Talvez nem uma garota de 15 seria tão bipolar, né?
Ignorando toda a situação, decido que preciso mudar de assunto, chega de pensar em coisas inúteis. Respiro e digo claramente:
— Nesse caso, tomarei esse risco, porque acredito que ao não fazer nada, tenho ainda mais risco de perder meu tempo, se tudo der errado, então que seja, no momento, te amo.
Beijo ele de novo.
sério, isso vai acabar virando um vício. Será que tem uma comunidade de beijoqueiros anônimos? Se não tiver, vou criar uma.
— Então vamos casar? — Como se fosse um assunto completamente irrelevante, Iky apenas dá um sorriso insosso e me olha com seu rosto normal, cadê o romance do pedido de casamento? A primeira vez deixei passar pela piada, mas, se vai se propor para aguém, faça isso ser foda!
Levanto Iky pelo colarinho da blusa, inclusive, ele é muito leve, se alimente melhor! — Romance é importante, muito importante! Não ouse, melhor, nem pense! Em dizer as palavras “vamos casar”, como se não fosse nada. Você tem sorte de não ter dito “bora casar”; se tivesse, cortava sua cabeça.
Iky caiu no chão com as mãos para cima. — Glup! Me rendo, sem violência. — em resposta, sorrio amigavelmente. — Por favor, sem violência! Quero continuar vivo!
— Tá, tá, agora levanta. — Estico a mão, o ajudo a se levantar, então nossos lábios se encontram mais uma vez, mas dessa vez foi só um selinho, beijo de língua é mais divertido, admito.
— Enfim, não sei como fazer uma proposta romântica, mas juro que darei o meu melhor. — Não confio nem um pouco no melhor desse cara.
Dou um longo suspiro para remover o ódio do meu coração. — Não se preocupe, eu te peço em casamento primeiro, pode considerar um exemplo, mas depois vai ter que fazer algo a altura, senão te mato, ok?
— Não quero só adiantar minha passagem se já vou pro inferno, nem precisa ficar esperando, pego o voo amanhã mesmo.
— Tá, que tal metade? Precisa conseguir metade da aura romântica do meu exemplo, pelo menos isso você consegue.
— Vou tentar. — De novo, não estou nem um pouco confiante e o Iky também não. Para tentar motivá-lo, dou um beijo de motivação.
Respiro fundo e encaro meu namorado, ou deveria dizer noivo? Pela forma que conversamos até agora, o noivado é, literalmente, questão de tempo, diria que algumas semanas, ou talvez um mês e vai estar tudo pronto.
Enfim, olho para o ser… humano? Será que o Iky conta como humano? Não sei, ele está mais para um macaco… Não, não, não! Agora estou sendo ofensiva com os pobres macaquinhos. Talvez podemos dizer que ele é quase uma estátua renascentista, os dois pensam tanto quanto e parecem um humano. A diferença é que a estátua é bonita.
De repente, a imagem de Iky e de uma linda estátua se sobrepõem. Por alguma razão misteriosa, meu cérebro escolhe Iky. Não faz sentido, tenho certeza de que, na estátua grega, temos um homem mais bonito, mas…
Iky se torna atraente, muito mais do que eu sempre achei. Beijo ele mais uma vez, só para testar um negócio.
Umas certas ideias formigam pela minha mente.
Derrubo o Iky no sofá.
— Não tem como casarmos hoje, mas… — mordo sua orelha um poco e sussurro — podemos transar. — Minhas mãos se movem para vários lugares.
Por que dizer algo como isso nesse momento?
Primeiro somos adultos, é apenas natural. Sim, não tem nada de estranho nisso, não importa o momento, um casal saudável vai querer fazer isso sem parar… acho, não, tenho certeza… provavelmente.
Segundo, um homem como ele deve estar interessado em fazer isso comigo,deve estar pensando nisso faz tempo. Sim, seria maldade com o Iky continuar enrolando, é isso.
Terceiro, quero ter um filho um dia, por isso é fundamental começarmos a fazer esse tipo de coisa. Por mais que eu pretenda engravidar só daqui uns anos, mas…
Quarto, é para ficarmos mais íntimos, isso! Intimidade é fundamental para casais, por isso temos que fazer esse tipo de coisa, sim, é só para o bom funcionamento da nossa relação.
Quinto… sei lá, mas beijo o Iky de novo.
Claro, poderíamos deixar isso para outro momento, mas acho que Iky não conseguiria esperar mais. Sim, foi pelo Iky.
Tá, quem eu quero enganar?
Beijo o Iky de novo.
Só quero fazer isso.
Então várias coisas aconteceram