Trabalhe! - Capítulo 57
Outubro 2
Dia 23
6:05
Dessa vez não vai rolar a sequência não, tem eventos na vida que posso pular e aqueles que não dá.
Me sentei.
— Que raro, acordou cedo dessa vez. — Apesar do tom irônico, assim que encaro, cheio de curiosidade, Susi, ela desvia o olhar. É tão fofo ver ela perdida, parece que não sabe o que dizer.
Só para ver como ela vai reagir, começo a pressionando um pouco e pergunto o que aconteceu na viagem. Susi desvia o falar, começa a falar, mas logo as palavras se perdem e ela cora, mais uma vez, tão fofa!
Ahan! Chega, chega, não seja tomado por seus instintos… Mesmo assim, já estive na outra posição tantas vezes, por que não aproveitar a minha? Não, pera, pera, o que estou pensando?
— Bora fazer alguma coisa para comer? — Já chega de clima estranho, por isso faço essa sugestão, meu coração não aguentaria tanta fofura.
— Hum! — com um suspiro baixo, ela concorda com a cabeça.
Com o sim, vou ligar o fogão. Enquanto isso, Susi pegou ovos, pão e algumas outras coisinhas para fazermos o café da manhã. Ela coloca os pratos na mesa, coloco o óleo, ela passa os ovos para quebrar, a deixo com a frigideira, faço o pão com manteiga e tudo pronto.
Em sincronia perfeita, terminamos ao mesmo tempo de fazer tudo. Sem treinar ou sem precisar de palavras, ainda conseguimos fazer tudo facilmente, apesar de não sermos mais tão próximos quanto no passado, estamos bem sincronizados.
Com sorrisos orgulhosos, encaramos um ao outro com boas memórias. Ok, chega de nostalgia! Sento para comer, Susi pega uma latinha de cerveja para ela e jogou uma para mim. Sim, vamos beber logo pela manhã e foda-se..
— Êh… — Susi, depois de beber e comer um pouco, novamente cai no conflito interno sobre o que dizer. É tão bom estar na posição de só olhar e ouvir!
Sorrio gentilmente e puxo alguns assuntos aleatórios, sem pressionar muito. Estou adorando os papéis trocados!
— Espera! — De repente, meu clima gostoso é quebrado. Do nada, simplesmente sem explicação, Susi se irrita.
— Que foi?
— Não gostei nada disso, é como se nossos papéis tivessem sido trocados, droga! Chega disso! — Como assim chega? Só porque estou gostando? Não é justo!
Ainda mais surpreendente, a doida na minha frente bateu no próprio rosto, e foi forte, ficou até umas marquinhas de mão nas bochechas. Por que? Realmente estou precisando de um poder de ler mentes.
Ela fez um biquinho fofo. — Que saco! Não sou indecisa assim, se até você conseguiu falar sobre seus sentimentos, não tem como eu não conseguir!
Só eu senti que ela acabou de me humilhar um pouco? Sacanagem isso! Sou uma pessoa bem incrível… no minimo, minha mãe diria que sou!
— Viu, é mais difícil do que parece, haha! — Bem, já que meu momento de felicidade já vai acabar mesmo, não tem o que fazer, vou aproveitar o que ainda posso.
— Até é, principalmente para alguém como você, mas não sou como você. — Ela sorriu de forma provocante, sacanagem! Qual a necessidade de me humilhar!
Dito isso, não tem nenhuma chance dela conseguir de primeira, né? Ela não vai simplesmente me olhar com confiança e, em instantes, fazer o que eu demorei meses, né? É realmente difícil se abrir ou enfrentar seus medos, é muito difícil.
Então…
Sem pausa, sem hesitar e, devo dizer, de forma um pouco confusa, ela me conta toda a história da festa, inclusive, acho que daria para separar tudo em 5 ou 6 capítulos, mas isso é outra história.
— Não é justo, aquilo que demorei 6 meses para fazer ela faz sozinha e em uma semana. — Só me resta cair no chão e me lamentar enquanto suspiro e choro.
— Foi um ano e meio, pelo menos desde que comecei a ajudar você, sem contar que ainda me exigiu muito esforço.
Danos críticos, danos críticos! Minha mente foi fortemente ferida, os danos são criticos!
— Sou um completo lixo — digo choroso e brincando.
Quer saber o que ela respondeu A susi deu risada, risada! Porra! Não precisa ser tão cruel. Suspirando, só posso admitir:
— Você é muito incrível, injusto.
— Sou, claro! — Como sempre, ela adora ser elogiada. — Bem, falando sério, meu caso é muito mais fácil que isso, não se sinta tão mal. — Ser consolado só deixar as coisas piores, sinf!
Enfim, acho que já chega, né? Me levanto e paro de fingir estar abalado, sim, definitivamente, nada que aconteceu abalou meu orgulho de forma alguma.
— Falando sério, foi bem incrível ver você falando sobre si, acho admirável como sempre tenta enfrentar suas fraquezas. Mesmo sem dúvidas, ficou algumas boas semanas tentando se resolver, né? — Susi arregala os olhos. — Por que a surpresa? Óbvio que eu notaria. Mais importante, da próxima vez, me conte o que está pensando, ok? Quero que confie em mim.
— Nossa, você até que pode soar bem legal as vezes. — Com um olhar genuíno de surpresa, ela comentou para si mesma.
— Só notou agora, eu sou único.
— Não está sendo um pouco arrogante agora, seu pequeno inútil.
— Que maldade, não sou inútil, apenas tenho utilidade limitada!
Assim foi nosso comecinho manhã, depois gastamos um bom tempo jogando jogos de tabuleiro, porque eles são divertidos.