Trabalhe! - Capítulo 17
Dia 4
11:30
Suspiro! Estou atualmente indo me encontrar com a Bia, teremos que viajar a “trabalho” para outra cidade.
Como chegamos aqui? Bem, um certo idiota achou que seria uma boa ideia tentar resolver as coisas, pediu a opinião da Susi e aqui estamos nós.
Qual o plano? Não sei, talvez mágicamente por estar sozinho com a Bia as coisas deem certo, ela se abra para mim e de algum jeito… resumindo, o plano é rezar 5 pai nosso.
Melhor! Rezar dá trabalho, então o plano é pedir para alguém rezar 5 pai nosso por mim.
A propósito, o resto da equipe também está fazendo outras coisas, tipo mandei o Eichy ir… O que era mesmo? Enfim, o importante é que os outros estão trabalhando em outras coisas… provavelmente.
Suspiro! Olhando pelo lado bom, já cheguei na estação, agora posso sentar e esperar. — Espero que dê tudo certo, mas… — murmuro desanimado, cara, não estou com clima para resolver problemas hoje, suspiro!
— Não é bom ficar suspirando
— Ué! Por que está aqui!?
— Nada de mais, só te avisando
12:17
— Ei! — Tomo um susto ao ser chamado.
— Que? — Olho ao redor, só vejo a Bia, cade ela? Pera, será que foi um sonho? Merda! Agora não posso nem cochilar sem ter um pesadelo!
— Desculpa o atraso. — Bia diz respirando pesado, ela deve ter correu até aqui, de qualquer jeito chegar 23 minutos atrasada é foda.
Pegamos metrô para nosso destino sem muitos problemas. Agora só falta puxar assunto, tipo ago… Não, não, melhor esperar um pouco, puta preguiça. Mas e se for agora… Nem, esquece.
— Filho da puta, não viu mais falar com ele. — Ela murmura bem baixo. Ok, essa provavelmente é uma boa oportunidade, mas…
— Problemas de relacionamento? Seu namorado é um babaca ou coisa do tipo? — Foda-se, sem preguiça dessa vez.
— Sim, é um merdinha, fica se achando grande coisa, acha que me tem na sua mão. — E lá vamos nós.
Sim, eu sabia que isso ia acabar acontecendo, mas agora que eu estou tendo que ouvir ela reclamar de fato, já começou a bater a preguiça. Ouvir os problemas de relacionamento dos outros sempre é um saco.
15:12
Graças a deus! Chegamos ao nosso destino. Que porre! Bia estava realmente motivada a reclamar, desabafar, falar e chamar atenção na porra do trem. Por que eu fui me meter nessa?
A pior parte, não entendia nada, eram todas reclamações confusas. Porra! História tão bagunçada que precisaria assistir várias vezes para entender alguma coisa, o problema é que só tive essa chance de ver, não acho que terei outra.
Dito isso, ela falou: “sempre eu” e “ele nunca corre atrás”, muitas, muitas e muitas vezes, por isso posso chutar parte dos problemas.
Por outro lado, pensar dar muito trabalho, então foda-se.
A propósito, já chegamos no hotel em que ficamos, mas só vamos ter que fazer algo de fato amanhã, por isso por agora vou para meu quarto e Bia para o dela, acho, sei lá não é problema meu.
15:40
Estou no restaurante do hotel e Bia na minha frente, como fui parar aqui? Não era para eu estar no meu quarto descansando e vendo anime a essa hora! Porra!
Agora, como cheguei aqui? Bem, tudo começou comigo, antes de ir para o quarto, perguntando: — Ei! Bia, tá cansada? Se quiser, podemos dar uma olhada nos detalhes para amanhã.
Por que fiz isso? Simples, para não parecer um vagabundo. Qualquer pessoa normal nessa situação responderia que está cansada e pronto, assim eu não sairia com aquele que não quis ir trabalhar.
Porém não estamos lidando com alguém normal! — Ok, eu estava querendo mesmo alguma coisa para me distrair. — Porra! Quem usa o trabalho para se distrair do mundo real? Uso pornografia, videogames ou series/animes, porra! Workaholic de merda!
Aí o gênio aqui pensou em responder: — Aconteceu mais alguma coisa? — O motivo foi simples, eu pensei que seria melhor ouvir as reclamações dela, do que trabalhar de fato.
Depois o diálogo ainda continuou com ela hesitando para responder, ai eu tentei concertar a merda que já tinha feito dizendo:
— Não precisa falar comigo se não quiser. — Dei um sorriso simpático e esperei pelo “quero ficar sozinha” dela, porém ele nunca veio. — Êh… se quiser podemos nos sentar num lugar mais confortável? — Não aguentava mais ficar em pé.
E foi assim que vim parar aqui, para piorar Bia continua meio quieta, naquele digo ou não digo e eu estou com preguiça demais para fazer qualquer coisa.
Olhando pelo lado bom, a comida já chegou. Comer de graça, às custas da empresa, num restaurante chique é bem legal. A situação nem é tão ruim assim, é só essa garota ficar quieta e…
— Já deve ter notado que brigo muito com meu namorado, né? — Eu me odeio, eu odeio o mundo, eu odeio esse lugar, eu odeio tudo! Não posso ficar otimista por um segundo!
Enfim, só me resta dizer que sim com a cabeça, colocar um pouco de vinho na garrafa dela e ouvir, essa vai ser uma noite “tão divertida”!
— Eu sei… eu sei que isso prejudica meu trabalho, desculpe. — Sério que você sabe? FODA-SE!!
Que saco! Se você sabe, então para de causar problemas, porra! Que porre, pronto, acabou esse arco, tudo resolvido.
Cansei, acabou o capítulo, acabou tudo, até nunca mais!