Reencarnação do Vampiro - Capítulo 30.1
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- Capítulo 30.1 - A verdade por trás do vampirismo. Parte 4
— Professora. Há alguma informação sobre a quanto tempo o vampirismo existe?
— Não, mas o vampiro mais velho que temos registro é um homem que nosso fundador conheceu quando havia acabado de se transformar. Isso foi há mais de mil anos atrás. Nessa época, a pessoa em questão já tinha dois mil anos de idade. De acordo com os relatos do fundador, a criadora desse ser tinha o dobro ou mais do que a idade dele. Se fizermos os cálculos, a criadora dele teria mais ou menos de 5 a 7 mil anos atualmente.
— Caramba, como alguém consegue viver tudo isso? E ele já tinha vivido dois mil anos até mil anos atrás. Sei não, acho que era mentira dele.
Jonathan olhou com o canto do olho para o rapaz e direcionou uma intenção assassina.
“Caralho, que sensação macabra é essa? Me arrepiei todo. Será que existem fantasmas também?”
— Robert, peço que nunca mais faça esse tipo de comentário. O homem que nosso criador conheceu também era mestre. A maioria do conhecimento básico que temos sobre vampirismo, conhecimento sobre artes marciais, assassinato e estilos de luta, foram ensinadas por esse homem e as que não foram passadas por ele, tiveram sua criação por nosso fundador a partir do conhecimento que ele recebeu desse homem. Se fizer tal coisa novamente e o fundador não for você, vamos puni-lo.
O garoto engoliu seco.
— De-desculpa, professora. Não falei por mal.
— “O melhor pedido de desculpa é a melhora.” Essas são palavras de nosso criador, peço que levem isso em seus corações para sempre, afinal, são palavras de uma pessoa que viveu por 600 anos. Estão dispensados.
Todos os alunos saíram da sala. Jonathan apoiou suas costas na parede ao lado da porta.
“O que o ser que criou o vampirismo quis dizer com caos? Será que é algo relacionado ao fim do mundo, por isso nos fez imortais? Bom, pelo menos agora sei o porquê de nossa raça beber sangue. Ao nos alimentarmos, utilizamos involuntariamente magia de sangue”.
Magia de sangue é um tipo de magia que exige sangue em troca da energia mágica. Toda magia tem um preço, esse preço é a energia mágica. Como a lei da conservação de energia diz: a energia não pode ser criada e nem destruída.
Nenhum ser pode criar energia do nada, então eles utilizam várias maneiras para conseguir energia mágica. Quanto mais difícil é a forma, mais poderoso é a energia.
Por isso a magia negra, que utiliza do sacrifício de uma vida para ganhar magia, é a forma mais poderosa de magia sacrificial.
“Do jeito que aquela criança falou, parece que toda a convenção imortal está do meu lado. As bruxas são bem astutas, principalmente elas, as conhecendo bem, tenho certeza que as outras duas irmãs de Zuri já devem ter descoberto que eu sou Vladmyr Vangreat. Afinal elas são as únicas bruxas anciãs presentes que me conheceram no passado”.
— Jonathan, tá fazendo o que ai parado?
— Esperando vocês.
Obviamente era mentira, Jonathan apenas queria parar e organizar as informações que acabara de receber.
“Amy também já deve ter notado, afinal ela já tinha despertado sua habilidade antes de eu morrer. Com certeza Zuri e suas irmãs, juntamente com Amy, devem estar preparando algum plano para me auxiliar em meu retorno”.
Amy saiu da sala com seus livros e caderneta de chama nos braços. Ela olhou para o belo jovem e seus companheiros e continuou seu caminho.
“Essa garota está me olhando diferente do que antes, é como se eu fosse outra pessoa, será que… Não é possível, ela não sabe?”
Jonathan direcionou um pouco de mana para seu cérebro e moldou de forma que se fosse lançada em outra pessoa, chegaria ao cérebro e faria uma ligação telepática com o alvo.
Ele utilizou seus olhos como instrumento para lançar essa energia. Quando a mana atingiu o cérebro de Amy, o belo rapaz sentiu a ligação telepática se estabelecer.
“Amy”.
A professora parou no meio do caminho, interrompendo os sons de salto alto, fazendo os companheiros do rapaz olharem para ela.
“Quem é”.
“Sou eu, Jonathan Crane”.
A mulher olhou para ele.
“Espero que tenha um bom motivo para usar esse tipo de magia em mim. Eu não gosto”.
“Você utilizou sua habilidade mágica que permite ver a alma em mim?”
“Por que quer saber?”
“Julgando pela forma de falar, ela com certeza não usou isso para ver minha alma, como consequência, não sabe quem realmente sou”.
“Peço que a utilize em mim e você terá todas as respostas que deseja”.
“Hum, vejamos”.
Os olhos de Amy ficaram azuis e as pupilas afinaram como as de um gato. A circunferência de seus olhos assumiram uma coloração negra.
“M… Mestre Funador”.
“O próprio”.
“Como você- o procedimento de recuperação de memórias começou sem que eu fosse notificada?”
“Não. Isso é algo que vou explicar depois. Por hora, quero te fazer duas perguntas, posso?”.
“Pode perguntar qualquer coisa!”
— Ei, Jonathan, por que a professora tá olhando pra você com os olhos arregalados? — perguntou Leandro.
— Cala a boca imbecil, se ela escutar, nós estamos fodidos. — disse Kassandra.
“Por que não utilizou sua habilidade para tentar descobrir um candidato em potencial a reencarnado?”
“É porque eu não gosto de utilizar essa habilidade nos outros, tira a privacidade das pessoas. Afinal, a alma é uma espécie de aba de registro. Todas as recordações criam marcas na alma. Podemos saber se estão mentindo, com medo, felizes ou se já perderam a vontade de viver… É por isso que sua alma é tão única. Não há nada, no entanto não é que o senhor dependa da vontade para viver. Mas parece que algo mudou”.
“Quero saber sobre o que falou na sala de aula. A convenção imortal ainda está disposta a lutar por mim uma última vez?
“Lutaríamos mesmo se fosse contra o mundo inteiro. Sabemos que o senhor teria uma boa razão para isso”.
“As que sabem sobre mim além de você são Zuri, provavelmente as irmãs e Elisabeth. Tenho certeza apenas de Elisabeth e Zuri. Fale com elas. Quando chegar a hora, teremos a luta maia difícil de nossas vidas. Lutaremos contra nossos próprios irmãos”.
Jonathan cortou a conexão telepática e seguiu pelo corredor, passando ao lado da professora.
“Se minhas irmãs bruxas ainda estão do meu lado, posso finalmente dar início ao meu plano”.
O belo rapaz sentiu uma vontade imensa de dar um sorriso sádico.
“A quanto tempo não sentia vontade de fazer isso? É mesmo, minha maldade não tinha limites quando o assunto era inimigos”.