Raiden - E o ninho dos assassinos - Capítulo 24
Mais tarde, na mansão da organização, Saint adentra completamente eufórico e com sangue nos olhos, sua raiva e tamanha que assusta a todos os seguranças do local, os fazendo ficar alerta: —Onde está? Cadê meu irmão! Sebastian… onde ele está?
Descendo as escadas lentamente, Sebastian o repreende dizendo: —Se contenha jovem Saint, creio que já o tenha dito antes, não e assim que deve se dirigir neste lugar, muito menos a mim.
—Meu irmão, ele está vivo? Os ferimentos são graves?
—O jovem Mikhail no momento se encontra em cirurgia, mas está fora de perigo.
—Quem está cuidando dele?
—Josef.
Irado com a resposta, Saint tenta invadir outra sala: —Que merda! Vocês deixaram meu irmão na mão daquele maníaco… ele vai transformá-lo em mais um de seus experimentos.
Quando ambos atravessam, adentrando no salão de festas, se deparam com Kaiser. Ele se encontrava usando um smoking azul marinho, sua aparência chama a atenção por onde andaste. Com olhos verdes e o cabelo e a barba loira acompanhando sua belíssima presença.
Ele se encontrara sobre uma mesa rodeado de empregados, onde os orientava sobre um evento específico: —Preciso desta área limpa e preparada, nossos convidados são pessoas muito importantes e são muito chatas… acreditem a companhia de vocês e muito mais agradável…hahaha.
Ambos riem junto, com aquele momento descontraído, porém são interrompidos por Saint: —Kaiser! Seu merda, você entregou meu irmão para o Josef.
—Falando em pessoas chatas… poderiam nos dar licença… mais tarde os chamarei de novo para dar continuidade nos preparativos.
Enquanto saiam da sala, Kaiser se dirige até o balcão e pega um vinho antigo e raro, colocando um pouco na taça: —Bom, pelo que parece, você já deve estar ciente do que aconteceu.
—Sim, estou e quero que retire meu irmão das mãos daquele médico psicopata.
—Se você não percebeu, seu irmão e você também são um, Josef diferente de vocês não brinca quando o assunto e trabalho.
Extremamente irado, Saint avança até Kaiser, mas é parado por Sebastian que coloca a mão sobre seu ombro: —Se contenha jovem Saint, não irei tolerar nenhuma agressão neste recinto.
—Esse filho da puta está pedindo por isso! Enquanto, eu e meu irmão nos sacrificamos lá fora, ele está aqui brincando de casinha.
Parando e olhando diretamente para Saint com desprezo e desdenho, Kaiser diz: —Se acha fácil está na minha posição… neste caso lhe darei e veremos em uma semana o estrago que irá causar.
Pegando mais uma taça, ele continua se pronunciando: —Minha função e quase tão importante quanto a sua, se eu agir por emoção ou de maneira descuidada…posso acabar criando um novo inimigo para nossa organização.
Negando as afirmações de Kaiser, Saint levanta a cabeça e com raiva lhe diz: —Estou pouco me fudendo para o que você faz, o que eu quero e que tire meu irmão das mãos daquele médico.
O olhando com serenidade e firmeza, Kaiser responde calmamente: —Mas não fomos nós que sugerimos essa situação, seu próprio irmão se propôs ao tratamento com Josef.
Confuso e estagnado com aquela afirmação, ele o questiona: —Oque? Não Mikhail jamais aceitaria isso.
—Ele não só aceitou, como também pediu melhorias. Seu irmão chegou aqui com o estomago literalmente para fora e com a boca pendurada. O que Josef irá fazer e trocar a mandíbula por uma prótese um tanto que peculiar, não só isso, mas ele está desenvolvendo uma nova máscara para que possam se defender de outro ataque inimigo da mesma magnitude.
—Não pode ser, ele nunca aceitaria isso, o que vocês fizeram.
O olhando com seriedade e com rancor e firmeza em sua voz, Kaiser lhe responde: —Eu acho que você não está entendendo o problema em que nos encontramos… nosso inimigo e implacável e aterrorizante, seu irmão sentiu na própria pele isso e logo você também será o alvo deles.
—Ainda assim, eu ainda…
O interrompendo, Sebastian lhe diz: —Jovem Saint, acredito que conversar mais sobre esse assunto só irá gerar mais conflitos, peço que se contenha e vamos até o Josef, creio que seu irmão já esteja quase saindo da cirurgia.
—Tudo bem.
Antes que conseguissem sair, Kaiser os interrompe: —Antes que vá, irei contactar a Alice e o Leon de volta para a mansão, um deles irá auxiliar você e seu irmão contra o nosso inimigo.
Antes que pudesse refutar, Kaiser o responde com autoridade e firmeza em seu falar: —E não quero saber de questionamentos! Eles irão ajudar e ponto final. Agora leve-o ao irmão.
Depois que ambos saem da sala, Kaiser fica de frente a janela e ali permanece por um tempo. De repente, uma voz surge do fundo, com ela trazia uma sinistra sensação, mas ao mesmo tempo que aterrorizante, também vinha com mansidão. A presença daquela pessoa mudara o ambiente ao redor, causando tranquilidade e isolamento a quem estivesse no recinto.
—Saint como sempre e uma bomba relógio! Mas ele exerce bem a sua função.
—Eu não sei como o senhor aguenta manter gente como ele aqui… tudo que o Saint e o irmão dele trás para essa organização e caos.
—Caos nem sempre e uma coisa ruim… pelo contrário, as vezes e o mal necessário.
—Bom, se o senhor diz… não irei mais questioná-lo. Temos outros assuntos a tratar… como havia dito, eles apareceram…
—Tenho observado tudo de longe, eu vi o que fizeram… uma medida um tanto que desesperada, mas nada que já não tivesse previsto antes.
—Agora provavelmente usarão aquela repórter… pobre coitada.
Aquela pessoa solta uma pequena risada um tanto que sinistra, e em seguida se aproxima um pouco da janela, mostrando apenas seus olhos, sua cor amarela com verde e as pupilas finas, iguais a de um felino, ele o responde calmamente: —Aquela mulher tem muito mais do que os olhos podem ver, existe algo sobre o passado dela… algo que ocorrera a muito tempo, mas que ela esqueceu.
—O que o senhor quer dizer com isso?
—Você verá com o tempo… hum… e eles também.
—Ok, deixarei esse assunto de lado por enquanto… em relação aos membros da matilha?
—Você fez bem, trazer Alice e Leon de volta pode dar o que essa família precisa.
—E o Saint, ele aceitou agora porque se encontra preocupado com o irmão, mas duvido que mais tarde irá manter a mesma opinião.
Com um tom ameaçador e tenebroso, ele o responde: —Quando isso ocorrer, eu mesmo irei intervir, não se preocupe. Peço que mantenha sua atenção para os nossos planos com os membros da Kairu e do Kzaiter, precisamos destes aliados para enfim darmos início a distribuição da essência primordial.
—Sim, senhor… não se preocupe já estou providenciando tudo.
—Ótimo, estarei de olho, caso precise de ajuda… me avise
—Sim, pode deixar.
—Outra coisa, quero que distribua para os membros da matilha, agora que eles deram o primeiro passo, nós precisamos estar sempre prontos para uma nova investida.
—A Alice se nega a tomar senhor.
—Bom, ela e uma exceção no fim das contas… mantenha ela de fora, mas obrigue os outros a tomarem.
—Ok, pode deixar.
—Perfeito, como sempre… você continua suprindo minhas expectativas.
Curioso, Kaiser o questiona: —Agora eu não entendo, se nosso inimigo e tão poderoso, por que simplesmente nãos nos escondemos? Pouparíamos recurso e nossos homens.
Com um tom assustador e com um olhar assustador, ele o diz: —Dominação! Eles possuem algo que necessito, no entanto, logo isso será obsoleto e quando esse dia chegar… nós mostraremos a eles o verdadeiro significado de massacre.
—Tudo bem, se me permitir, agora preciso finalizar os preparativos.
—Vá e não se esqueça do que havia dito… chame o restante da matilha, precisamos deles para o que irá acontecer.
Concordando com a cabeça, Kaiser se despede e se dirige ao salão principal em busca dos empregados.
(Uma semana depois)
Rose acorda sentindo uma forte dor no pé do estomago, se encontrando com curativos e bandagens. Em um lugar estranho, ela observa ao seu redor e nas paredes, que eram feitas de madeira encaixada similar ao “sukiya-zukuri”, e revestidas sobre outras madeiras no estilo “sengoku-shitomi”. Entalhados com artes e desenhos ancestrais.
Com a coloração branca e com uma madeira escura, o ambiente remetia uma mansão imperial japonesa. Admirada com a limpeza e a organização impecável do lugar, Rose se encanta e estranha com tudo o que a cercara. Os moveis eram todos de madeira e de alta qualidade, e o ambiente se encontrava com harmonia trazida pelas plantas que enfeitava o cômodo.
Mais à frente se encontrava uma pequena garotinha, de cabelos curtos e escuros. Sua pele era branca como algodão e seus olhos escuros como o carvão, e aparentava ter entre 9 há 11 anos. Rose estava sobre um confortável futon, e a sua direita uma pequena bacia com curativos e antibióticos.
Rose olha novamente para onde aquela garotinha se encontrava e não a avista mais, tentando se levantar, apoiando seu peso sobre a parede ao seu lado, Rose consegue se erguer lentamente. Ao erguer a cabeça, ela se assusta com a garota parada a olhando friamente.
—Mas que… garota o que foi isso… quem e você? Onde estamos?
Sua vestimenta era estranha, de uma cor branca e preta, igual a um quimono, mas também similar a roupa de um ninja. Com uma atitude rude e estranha, a garota se aproxima lentamente de Rose que pede para a menina não se aproximar.
No entanto, rapidamente ela pressiona Rose contra a parede e efetua alguns golpes sobre o corpo dela, principalmente nos lugares onde sentira dor. Rose empurra a garota para longe, a fazendo cair.
Nesta hora, Rose para de sentir as dores que antes tanto a incomodava e olha assustada para aquela criança: —O que você fez? Por que eu não sinto mais dores?
A menina se levanta e com um gesto amedrontador, chama Rose e depois quando ela se aproxima, a garota aponta para a porta.
Quando Rose olha novamente para a direção à onde a menina estava, acaba se assustando, pois havia desaparecido. Decidindo seguir pelo caminho orientado, Rose vai lentamente, passando pelo corredor dos cômodos, a madeira rangente criara uma tensão sobre seu corpo.
Chegando no final, se deparando a uma porta corrida de madeira, Rose hesita imaginando o que poderia encontrar assim que abrisse aquela porta. Ao abrir, ela se depara com uma paisagem estonteante, um corredor feito por arvores de cerejeiras e nas laterais havia algumas casas similares a que se encontrava.
Rose estranha e se assusta com tamanha neblina que tomava naquele lugar, a visibilidade do céu era nula e também não se conseguia ver a onda daria daquele caminho que era direcionada. Olhando para baixo, Rose enxerga a garota mais uma vez, ela aponta para um par de calçados.
Rose: —Como você chegou aqui?
A menina continua a lhe olhar com indiferença e permanece apontando para baixo. A obedecendo, Rose os calça e se assusta com o fato de caber perfeitamente em seus pés. A menina começa a andar lentamente e realizando aquele gesto novamente, a pede que lhe acompanhe.
Andando lentamente pelo caminho sugerido pela criança, Rose vai observando e admirando a paisagem. Ela descobriu que em todas as casas havia uma grande área, com dois bonecos de palha e uma espécie de arena.
Porém nenhuma dessas casas havia pessoas, as únicas que se encontrara, fora apenas as duas. Chegando no final daquela pequena vila, Rose se depara com uma vista ainda mais estonteante.
Um vasto e grande caminho de uma flor belíssima, sua cor era dourada, mas que parecia estar viva de tanto que brilhavam. Sua aparência remetia ao lírio, mas também tinha características de uma tulipa.
Mais à frente no fim deste campo, se encontrava um homem usando um quimono branco com uma faixa dourada embaixo de uma arvore enorme. A menina que estava ao seu lado aponta para uma escada de pedra que descera aquele morro até o campo.
Após descer e passando pelo campo, Rose sente o cheiro que aquelas rosas emitiam, similar ao cheiro de flores, aquelas rosas amarelas também eram muito mais bonitas de perto. Quando iria tocar em uma, a garota dá um tapa na mão dela e a adverte com um gesto de mãos.
Tentando se orientar olhando para o horizonte, Rose fica frustrada e preocupada, pois a única coisa que dava para ver era apenas uma densa e escura neblina. Finalmente chegando em seu destino, o homem que se encontrava de costas vira em sua direção, dizendo:
—Já faz um tempo que queria conversar com você, mas as circunstâncias não nos permitiram.
Assustada e cheio de inseguranças, Rose apenas questiona: —Quem e você? E quem e ela? Onde estamos?
Com serenidade e calma em falar, ele responde: —Me chamo Hattori Hanzo, essa menina e a Ikari. Perdoe pela atitude dela… Ikari ainda precisa controlar seus impulsos e também sua raiva.
—Está bem, mas estou pouco me fudendo para isso, quero saber a onde estou… cadê meus pais e o que aconteceu com Wendigo e o Ryan?
Essa conversa vai ser longa, Ikari traga para nós um pouco de chá e dois bancos, precisamos sentar e a senhorita Rose não pode ficar muito tempo em pé… principalmente com esses ferimentos.
Ainda mais nervosa, Rose diz: —Para de enrolar a merda da pergunta e me responde.
—Tudo bem… qual foi a última coisa que se lembra?
—Eu havia sido apunhalada e violentada pelo…
—Ok, até aí já basta… bom o que irei te dizer não e algo que pode ser facilmente aceito, porém, todavia, posso mostrá-la.
—O que quer dizer?
De repente, a sombra que fora gerada pela arvore começa a se mexer como um tecido de seda sendo balançado com o vento, e a sombra começa a gerar fumaças negras e de dentro dela surge uma figura de um homem, que vai tomando forma aos poucos, até que finalmente aquela figura toma forma.
Desta vez ele não se encontrava com armadura, mas vestira um quimono negro e cobria a parte de baixo do seu rosto com um pano negro. Seus cabelos eram escuros e sedosos, com um preto avermelhado. Seus olhos são castanhos claros, tão claros que ao bater luz neles e enxergado um pouco de verde.
Assustada, Rose cambaleia um pouco para trás, mas e segurada pela Ikari que havia chegado com os bancos e o chá. Raiden posiciona o banco de Hattori e se ajoelha ao seu lado, ficando de cabeça baixa.
Hattori: —Peço desculpas pela nossa indelicadeza, no entanto, você não acreditaria, se não enxergasse com seus próprios olhos.
Ainda confusa e espantada com o que vira, Rose fica sem reação e permanece ali. Ikari, a faz sentar no banco e depois entrega o chá em sua mão.
Hattori: —Darei um tempo até que você consiga absorver toda essa informação.
Ainda em choque, Rose tenta expressar o que sentira: —Mas…, mas como isso é…
—Possível? Essa não é uma pergunta que seja rara de se ouvir…hahaha depois de um tempo, se torna até um pouco engraçada.
Tomando um gole do chá e depois com um tom tranquilo e firme, Hattori responde: —Não há muito o que dizer… somente que nos tornamos os melhores no que fazemos.
—Nunca encontrei alguém que conseguisse realizar o que… o que ele acabou de fazer…
—Eu poderia tentar te explicar como fazemos tudo isso, mas nesse caso estaríamos revelando informações sigilosas… e esse tipo de informação não só trás a verdade, mas também atrai o caos e a morte.
—Você mesmo disse, a verdade pode trazer tudo isso, porém, acima de tudo, ela traz a mudança e também a evolução. Muitas das situações em que a verdade fora exposta na história humana, deram em um grande avanço, não apenas em relação a religião, mas a tudo.
—Eu entendo seu ponto de vista e ate mesmo simpatizo, no entanto, há coisas neste mundo que precisam ser ocultas.
Hattori, trazia um tom de ameaça em sua voz, e um olhar frio e assombroso. Ikari que se encontrava a esquerda de Rose interrompe a conversa e pede licença, em seguida, Raiden também se levanta cumprimenta seu mestre e parte na mesma direção.
Pedindo desculpas para Rose, Hattori muda o tom de voz, para um mais suave e diz: —Meu intuito hoje não era lhe ameaçar… peço desculpas pela minha atitude agora a pouco… onde havíamos parado.
—Você me disse que aquele cara havia me salvado naquele dia.
—Correto! Aquele ataque repercutiu no jornal por dias… ate o momento se encontra entre os assuntos mais falados de toda mídia mundial… o embate entre a organização criminosa e o exercito dos estados unidos… há relatos de que ate mesmo a policia se envolveu para ajudar os militares e no fim, o massacre foi instaurado.
—Então eles estão mentindo… encobriram tudo… o que falaram sobre mim? E meus pais como eles estão?
—Nos temos algumas sombras espalhadas por perto monitorando o que acontece aos seus pais, não se preocupe, eles estão bem! Seu pai nesse momento está lidando com a mídia e com as consequências de suas ações, e sua mãe está muito aflita desejando te encontrar.
Depois de ouvir as palavras de Hattori, Rose se encontra aflita e se levanta dizendo: —Preciso voltar… tenho que dizer para meus pais que estou bem e também concertar essa bagunça.
Fazendo um gesto com a mão solicitando que Rose se sente, Hattori a responde: —Por favor sente-se não vai conseguir nada agindo desta maneira. Seus pais estão ótimos! Logo terá uma oportunidade de vê-los… agora você precisa descansar e deixar que seu corpo se recupere.
—Eu estou me sentindo ótima, aquela garotinha fez algo que me ajudou, está tudo bem.
—Não, não está, o que a Ikari fez não irá durar muito e logo você sentira os efeitos… quando isso acontecer… acredite em mim, vai desejar estar deitada.
—Você fica apenas me deixando com mais dúvidas… me diga, o que ela fez comigo?
—Existe uma técnica usada para combate a princípio, mas com o tempo vimos que para tratamento medicinal ela era também muito eficaz, se chama bloqueio de chi, consiste em bloquear por um período de tempo seus vasos sanguíneos e músculos, assim deixando com que a pessoa perca o movimento daquele membro, ou no seu caso perca a sensibilidade evitando a dor.
—Isso e loucura…
Com suas mãos apresentando um gesto mostrando todo o lugar, Hattori a responde: —Como tudo aqui é.
—Tudo bem… eu irei fazer o que você deseja, mas ainda tenho uma pergunta.
—Prossiga.
—Porque me ajudaram? Se podem fazer todas essas coisas, porque precisam de mim para derrubar a máfia do Wolf?
Respirando fundo e depois olhando seriamente para Rose, Hattori responde seu questionamento: —Existe um embate entre nossos clãs e o Wolf… já houve outros momentos que o atacamos, sempre quando fazíamos isso ele voltava para sua toca e desaparecia, mas desta vez foi diferente… Wolf não se escondeu.
—Mas os membros da máfia dele foram atras do Salvatore achando que tinha sido ele.
—Mesmo que tenham o atacado, ainda assim ele sabia desde o inicio que a organização que o havia atacado tinha sido o nosso clã.
Se levantando e virando para o horizonte, Hattori continua dizendo: —Tem uma coisa que precisa saber sobre o Wolf… ele e antigo, muito mais velho do que imagina… não existe uma ponta sem nó que ele não conheça.
—Quão velho ele é?
—Não sabemos, assim como também não conhecemos sua identidade… já tentamos varias vezes descobri-la, porem todas as tentativas foram falhas, no entanto, desta vez e diferente.
—Porque? Não entendo… o que uma repórter pode fazer de diferente que seus homens não conseguiriam.
—Desta vez, existe várias coisas que podem nos ajudar, mas você e uma das peças chaves.
—E no que ajudaria?
—Ainda não compreendeu seu papel nisso tudo?
Parando para pensar um pouco, Rose se questiona e fica alguns minutos raciocinando. Depois de um tempo ela fica indignada e responde: —Você está me usando como isca?
Soltando um sorriso de canto de boca, Hattori diz: —Parece que finalmente entendeu.
—Seu filho da puta! Para você deve ser satisfatório usar as pessoas desta maneira.
Com um tom sério e desdém em seu falar, Hattori a responde com rispidez: —Ainda não está entendo… não ligo para sua opinião, muito menos se e contra tudo isso… o que desejo de você e apenas uma coisa… que siga prosseguindo em suas investigações e que divulgue tudo que for em relação a organização Wolf, mas nunca, nunca envolva o clã em suas redações.
—Enquanto isso eles irão tentar me matar! Parece que não e muito favorável para mim esse seu acordo.
—Mesmo que tentem, não conseguirão… você deve ter visto o que meu guerreiro consegue fazer. Um exército inteiro de mais de trinta homens foi dizimado pelos betas do Wolf, porem meu Kirāshadou sozinho enfrentou os dois e eliminou um deles.
Rose estava prestes a questionar, quando Hattori a interrompe, dizendo: —Você mesma disse, que não havia encontrado ninguém que pudesse realizar tais feitos… então espero que confie em mim e nos meus guerreiros.
Com um tom suave, Hattori prossegue dizendo: —Eu e você sabemos muito bem, eles não irão parar até vê-la morta… De alguma forma, os membros da organização Wolf lhe odeiam, e não irão cessar… o único jeito e atrai-los e abate-los.
—Se eu concordar com tudo isso, quero que me prometa uma coisa.
—O que seria?
—Prometa para mim, que irá manter minha família e amigos seguros… que vai protege-los do ataque do Wolf.
Fechando os olhos e respirando fundo, Hattori em seguida responde firmemente: —Tudo bem, prometo mantê-los a salvo.
Aliviada, Rose o agradece e de repente perde as forças das pernas desabando, porem antes que tocasse no chão, Raiden aparece e apoia seu corpo sobre o dele.
Cansada e confusa, Rose diz: —Como… como você chegou aqui?
Hattori a responde dizendo: —E como te disse, ele será seu protetor, então estará sempre ao seu lado, mesmo que não veja… esqueci de apresenta-lo, pode chama-lo de Hayato.
—Obrigada.
Hattori aponta na direção que Rose havia surgido, dizendo: —Leve-a para os aposentos novamente, Rose precisa descansar agora.
Quando Hayato iria leva-la, Rose o para, e faz mais um questionamento: —Antes de ir… você ainda não respondeu a minha pergunta, onde estamos? Quem são vocês?
—Nós somos o clã Raven e você está no ninho dos assassinos!