Raiden - E o ninho dos assassinos - Capítulo 20
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- Capítulo 20 - Eleonor - Custe o que custar
(Relembrando o passado, Eleonor visita uma memória de sua infância. Ela tinha apenas 10 anos e se encontrava sentada em um banco preto e sem encosto.
Eleonor está olhando para seus pês enquanto os balançava, enquanto isto ao seu redor, pessoas vestidas de terno e roupas formais, passam ao seu redor. Ela então olha para a frente e ve uma grande porta de madeira, com um vidro no meio dela.
Curiosa, Eleonor se aproxima e se esticando nas pontas dos pés, ela observa a movimentação das pessoas que ali estavam.
Dentro da sala, havia um grande espaço com uma longa mesa cinza, nela haviam várias cadeiras e pessoas sentadas nelas. Em uma das pontas estava seu pai, e sua expressão era seria, no entanto, devido ao tempo desta lembrança, Eleonor não tinha mais recordação de como era o rosto dele.
Porém, em sua mente, Eleonor sempre se lembrou do seu pai com esta expressão séria, até mesmo nos momentos familiares. Ela então se recorda de outro momento em que estava sentada e brincando com uma de suas bonecas de pano. No escritório onde se encontrava, havia um homem alto, branco e de idade já avançada.
Esta pessoa estava sentada e conversando com seu pai, logo a sua frente.
—Senhor Peter, precisamos nos decidir como irá ficar as ações da sua família, antes que seja tarde demais.
—Não se preocupe, já estou providenciando isto, vou estar colocando um substituído ate que minha filha tenha idade o suficiente para poder estar assumindo a liderança da empresa.
Com um tom de sarcasmo e ironia em sua voz, aquele homem então diz: —O senhor tem certeza que deixara tudo nas mãos dela, não acho que ela dará conta de assumir uma responsabilidade tão grande.
Com um tom sério, e um olhar frio, Peter então diz: —Não se preocupe, estou criando minha filha para isto. Ela será uma CEO muito melhor do eu já fui.
—Mas senhor Peter.
Antes que conseguisse terminar a frase, ele e interrompido: —Eu não preciso de suas opiniões senhor William, preciso apenas que faça seu trabalho.
Depois disto, o homem sai da sala e o pai da Eleonor se levanta enfurecido e rasga a sua boneca dizendo: —AGORA NÃO E HORA PARA FICAR BRICANDO ELEONOR! ANDA LEVANTA, VOCÊ PRECISA TERMINAR A TAREFA QUE TE DEI!
Ele então pega o sinto de sua calça e fica ao lado dela, ameaçando bater nela. Depois disto, Eleonor volta suas lembranças, para a última vez que viu seu pai em vida.
Eleonor havia envelhecido e nesta época estava com 15 anos. Seu pai estava deitado sobre a maca do hospital. Seu rosto estava muito magro e sua pele estava pálida, como a de um defunto.
Peter então, pega em sua mão, e com a voz fraca e sofrida, ele diz: —Me perdoe filha, me desculpe por ter sido tão severo com você.
Por estar muito fraco, Peter começa a tossir e com bastante esforço para falar, ele prossegue dizendo: —Eu tentei te preparar para o mundo a fora, para assumir meu lugar, não somente como CEO da nossa empresa, mas como chefe da família.
Olhando para fora do quarto, diretamente para sua esposa, Peter diz para Eleonor: —Agora só serão vocês duas, e você precisa tomar conta dela por mim. Sua mãe e uma pessoa muito boa e gentil, este mundo cruel não merece ter alguém como ela. Cof, cof…sua mãe e boa demais até para mim.
Com lagrimas derramando, Peter diz: —Por isto eu quero que você entenda, tudo o que fiz foi para que se torna-se uma pessoa forte…antes que eu vá quero que saiba que eu te amo filha!
-Eu te amo!).
“Toda esta situação me fez lembrar de quando era apenas uma criança. Odeio me sentir assim, lutei tanto ao longo dos anos…lutei tanto, mas a vida sempre me traz de volta para o mesmo momento.
Não quero perder outra pessoa que amo, ainda mais minha menininha. De todos os momentos da minha vida, nada me trouxe mais felicidade do que o momento em que a peguei nos meus braços.”
Jonathan chamando a sua atenção diz: —Amor…amor, amor.
Tomando um pouco de susto, Eleonor dia: —Arhh, oi meu bem.
—Estava falando com você, mas parecia que estava longe.
—Me desculpe, havia me lembrado de uma coisa.
Saindo do carro, Eleonor diz: —Vamos indo, não podemos dispersar o tempo que já não temos.
Ambos então partem do estacionamento até a delegacia, no entanto, ambos são barrados por policiais, dizendo:
—Estamos em um período de quarentena, não podemos permitir a entrada de civis.
Intrigado, Jonathan diz: —Isto e um absurdo, nos deixe passar.
O policial o bloqueia novamente, dizendo: —Não posso permitir.
Jonathan: —Mas que merda e está!
Eleonor estranha que tem policiais nas entradas da delegacia em outras partes do prédio, e então diz: —Vamos amor, não precisamos necessariamente entrar dentro da delegacia.
—Mas amor, isto e um ultrage.
Eleonor: —Venha meu bem.
Puxando Jonathan, ela o leva até o carro novamente.
Há questionando, ele então diz: —O que deu em você? Porque aceitou tão fácil assim esta situação. E obvio que o delegado proibiu nossa entrada.
—Eu sei disto, ele montou uma segurança em todo canto do prédio, e mesmo se pedíssemos alguma comprovação de que estão em quarentena. Ele provavelmente a teria em mãos.
Jonathan: —Ainda assim.
O interrompendo, ela diz: —Não se preocupe amor, como lhe disse, não precisamos estar dentro da delegacia para alcançar nosso objetivo.
—Então o que você sugere?
—Vamos esperar aqui fora, como Hanry e um fumante compulsivo, tenho certeza que em algum momento ele irá sair para tragar seu cigarro.
A questionando, ele diz: —Só que foi você mesma que me disse que tempo e um luxo que não temos.
Nervosa e com os braços cruzados e suas mãos apertando ambos, ela diz: —Eu sei, sei muito bem disto. Só que não podemos nos dar ao luxo de errar. Nossa filha depende de nós, temos que agir rápido, mas principalmente com cautela.
Percebendo a agitação de sua mulher, Jonathan então diz: —Tudo bem meu amor, irei tomar um ar e logo estarei de volta.
—Tudo bem, me avise caso aviste o Hanry.
Depois mais de quarenta minutos, Eleonor avista Hanry se aproximando da delegacia. Ele estava com cigarro na boca, estava usando uma jaqueta velha de couro, uma calça jeans marrom e com uma barba grande e mal feita.
Eleonor após avista-lo, se aproxima, no entanto, ela percebe que o detetive estava indo de encontro a um garoto de rua. Nas mãos dele havia um pequeno pacote com um pó meio azul, meio dourado. Depois dele pagar pela mercadoria, o garoto vai embora correndo.
Chamando Jonathan, ambos abordam Hanry no meio do caminho para a delegacia.
Eleonor: —Bom dia, senhor Hanry, gostaria de trocar algumas palavras, se possível.
Com um olhar repleto de indiferença e rancor em seu falar, Hanry então diz: —Háaa, são vocês. Vão embora, não tenho nada a tratar com nenhum dos dois.
Jonathan, tenta chamar sua atenção dizendo: —Por favor, peço que nos escute. Precisamos da sua ajuda.
—Eu já disse, não quero nada que venha de vocês dois.
Chamando sua atenção, Eleonor diz: —Por favor, estamos te implorando, nos ajude.
Hanry, volta seus olhos para Eleonor, se assustando com a atitude tomada por ela. De joelhos e com a cabeça abaixada, Eleonor implorava pela ajuda dele. Jonathan também se impressiona com o que vira, mas também toma a mesma atitude se ajoelhando ao lado de sua esposa.
—Te imploramos, por favor!
Passando a mão em seu cabelo, grisalho e descabelado. Hanry diz: —Pelo amor de Deus, levantem os dois. Não veem que estão passando vergonha.
Concordando ele diz: —Tudo bem, vou ajudar os dois.
Enquanto se levantavam, Hanry diz: —Eu aceito ajudar vocês, mas tenho algumas condições.
Jonathan: —Quais seriam?
—Primeiro, desejo que retirem o processo judicial que abriram. Depois desejo um valor em dinheiro, mas não quero um valor menor do que cem mil dólares.
Eleonor: —Se realmente for nos ajudar, darei a você um valor de quatrocentos mil dólares.
Assustado com o que fora dito, Jonathan a questiona: —Espera amor, este valor e muito alto.
Sem hesitar, Hanry diz com um grande sorriso no rosto: —Fechado.
Olhando com severidade no olhar, Eleonor transmite para Jonathan tudo o que queria dizer. Enquanto isto, ela diz para Hanry: —Acordo fechado, vou estar ligando para nosso advogado para estar elaborando o contrato e retirando a queixa.
—Perfeito! Bom o que estamos esperando, vamos ate sua empresa para que poça assinar a papelada.
O parando, Eleonor diz: —Um momento, estou oferecendo este valor por um motivo.
Entendendo a situação, Hanry, solta um sorriso de canto e tragando seu cigarro diz: —Você e realmente uma mulher de negócios. Neste caso, me contém o que vocês já têm sobre o Wolf.
Após alguns minutos, ambos estavam reunidos de frente ao carro de Jonathan e Eleonor. Hanry se encontrava escorado na arvore próximo ao veículo. Depois de tragar a ultima fagulha do cigarro, ele solta um suspiro e joga a ponta no chão e a amassa dizendo:
—Traduzindo, tudo o que vocês têm e apenas uma investigação rasa e sobre a organização Wolf.
Jonathan: —Bom se você quiser colocar nestas palavras, sim. E tudo o que temos.
Hanry: —Haaa, pelo jeito terei que trabalhar mais do que havia previsto.
Respondendo, Eleonor diz: —Ainda temos uma pista. A Silver line, que estava sendo investigada pelo Duarte. Rose neste momento está chegando na empresa de jornalismo a onde trabalha em busca de mais pistas.
—Espero que saibam que a filha de vocês está se expondo a um risco de morte indo até lá.
Jonathan, o respondendo diz: —Não se preocupe, nos sabemos dos riscos. Coloquei uma escolta particular tomando conta dela.
Soltando uma rápida risada de deboche, Hanry responde: —E mesmo, e o que te da a certeza de que alguma destas pessoas que estão protegendo sua filha, não fazem parte da organização ou estejam sendo chantageados por eles?
—Pelo mesmo motivo que estou no cargo que estou hoje. Tomei precauções sobre isto, todos os homens que estão fazendo a proteção dela são pessoas selecionadas a dedo, nem mesmo o sistema do exercito tem as informações sobre eles. Somente eu as tenho.
Hanry: —Impressionante, mas isto ainda não resolve o problema central. Que todos vocês não têm nada que poça usar.
Eleonor: —Então, o que você sugere?
—Tenho perseguido a pista sobre a mercadoria aprendida do Wolf, no dia da morte de Gregory, mas ainda e muito cedo para dizer. Ainda mais depois da policia ter liberado a mercadoria, dificultando ainda mais a investigação.
Respondendo Hanry, Eleonor animada lhe diz: —Espera! Talvez possamos usar esta informação, será que a Silver line não teria um romaneio ou alguma nota sobre o que foi realmente transportado?
—Muito bem provável que se tiver, não vai ficar facilmente exposto no sistema. Se houver, acredito que somente alguém com envolvimento ou com um acesso de executivo dentro da empresa, que possa ter acesso a tal informação.
Eleonor: —Se este for o caso, acredito que possa ajudar.
—Sou todos ouvidos.
—Nossa empresa algumas vezes necessitou de componentes químicos, que somente a Silver Line tinha acesso e equipamentos necessários para transportar tais mercadorias. Então nos tivemos que contratar os seus serviços. Atualmente somos uns dos clientes vip da empresa.
A questionando, Jonathan diz: —Só que você ouviu o que ele disse. Vai ser necessário um acesso exclusivo.
Hanry o responde dizendo: —Não necessariamente, um cliente vip vai ter acesso e tratamento especial no sistema deles. Nos só iremos precisar de alguém que possa se aproveitar destas brechas.
Jonathan: —Você está dizendo para violarmos a lei e roubar informações, isto e considerado crime cibernético.
Sendo sarcástico, Hanry diz: —Quer falar de lei e crime para uma pessoa que trabalha nesta área por mais de 20 anos. E mais, sua esposa que sugeriu, estou apenas mostrando um caminho.
Jonathan se vira para questionar sua esposa, no entanto, antes de conseguir falar, Eleonor o responde dizendo: —E sério que você vai agir desta forma, a vida de nossa filha esta em risco.
Assustado com a resposta, Jonathan diz: —Eleonor porque você está me respondendo desta forma? Ainda mais na frente de um dele.
Desabafando, ela responde: —Estou cansada de você duvidar e questionar tudo o que faço! Não pode me apoiar sequer uma vez?
—Porque estou achando estranho, você nunca agiu desta forma e agora está aceitando decisões de outras pessoas, se ajoelhando e até mesmo tramando cometer um crime, esta não e a pessoa que conheci.
Com convicção e determinação em seu falar, ela o responde: — Não ligo por quais meios ou o que tenho que fazer, tudo que sei e que irei proteger a vida da minha filha. CUSTE O QUE CUSTAR!