O Monarca do Céu - Capítulo 260
Suas cabeças estão altas demais.
Colin passou a tarde treinando com Ayla, mergulhando em intensas sessões de prática e aperfeiçoamento.
Essa rotina já durava duas semanas inteiras, e embora sentisse que estava progredindo, acreditava que ainda não era o suficiente.
Ayla havia ampliado seu conhecimento sobre a manipulação da mana, aprimorando suas habilidades de refino, mas Colin notava que seus atributos relacionados à Árvore da Pujança estavam evoluindo em um ritmo mais acelerado do que os relacionados à Árvore do Céu.
Três dias atrás, Ayla mencionou que receberam um convite de um nobre para um jantar especial, que reuniria toda a elite de Runyra.
Ayla não demonstrava interesse em comparecer, mas Colin sentiu-se intrigado em participar. Ele desejava conhecer pessoalmente aqueles que realmente detinham o poder em Runyra, os indivíduos que moldavam o destino do reino.
O momento do jantar com os nobres estava se aproximando rapidamente. Colin e Ayla aproveitaram um tempo extra, juntos na banheira, desfrutando da companhia um do outro antes de se prepararem para o evento iminente.
Colin estava com os braços abertos na beirada da banheira enquanto Ayla estava com a cabeça encostada em seu peito.
Ela notou que Colin estava diferente.
Em vez de ficar sempre com um semblante sério e retraído, ele estava mais sorridente, mais confiante.
O olhar deles se cruzou, e Colin ergueu uma das sobrancelhas.
— O quê?
— Tá mesmo animado para essa festa? A elite de Runyra é egocêntrica e prepotente. Provável que vão ficar te bajulando a noite toda.
Colin olhou para cima.
— Tudo bem, estou preparado para isso — olhou para ela. — Pode ser importante para a gente, talvez a gente consiga alguma aliança.
Foi a vez de ela erguer a sobrancelha.
— Com aqueles velhos mesquinhos? Duvido.
Colin acariciou o cabelo dela.
— Paciência, vai ser bom, confia em mim.
[…]
A carruagem levou-os para a parte mais nobre da cidade com suas imponentes torres, janelas de vidro colorido e fachadas elaboradas. A área era cercada por guardas particulares que protegiam as mansões e palácios da nobreza dos olhares curiosos do povo comum.
Ao adentrar mais a fundo na parte nobre, aqueles dois foram imediatamente envoltos por um ar de mistério e grandiosidade.
Ruas estreitas de paralelepípedos davam acesso a majestosos edifícios de pedra, com torres altas que se elevavam em direção ao céu.
As janelas altas e estreitas pareciam servir de moldura para retratos de membros importantes para a sociedade de Runyra.
As fachadas dos edifícios eram decoradas com elaborados detalhes em pedra, como gárgulas assustadoras, arcos pontiagudos e colunas imponentes.
Muitas das mansões tinham jardins internos, com fontes e esculturas que adicionavam uma sensação de elegância e beleza ao local.
Os moradores daquela parte da cidade eram vistos em trajes elegantes e requintados, caminhando pelas ruas com uma postura orgulhosa.
Cada um parecia possuir um ar nobre e distinto, como se tivesse nascido para ocupar uma posição privilegiada na sociedade. Aquele era um lugar misterioso, envolto em uma aura de segredo e tradição, onde apenas os mais afortunados podiam desfrutar de todo o seu esplendor.
A carruagem parou de frente para uma mansão majestosa e imponente, com torres altas e janelas de vidro colorido que cintilavam a luz do luar. Seu exterior era construído em pedra cinza e preta, com detalhes intricados esculpidos em cada coluna e arco pontiagudo.
Haviam mordomos muito bem trajados aguardando a chegada dos regentes.
Eles solicitaram que o rei e a rainha os seguissem.
Passaram pelo jardim onde alguns outros nobres cotejavam algumas damas e seguiram para o salão repleto de nobres em trajes elegantes, celebrando e dançando no grande salão principal.
A música enchia o ambiente, tocada por uma orquestra em uma plataforma elevada.
A sala estava decorada com lanternas de ferro forjado penduradas do teto e velas que iluminavam os cantos escuros da sala.
As paredes de pedra estavam adornadas com tapeçarias tecidas à mão e veludos profundos em tons de vermelho e roxo. As mesas de jantar foram removidas e o salão foi transformado em uma pista de dança, com nobres girando em suas roupas extravagantes.
Enquanto os convidados dançavam, servos circulavam com taças de vinho e bandejas de canapés requintados. Havia uma mesa longa no lado da sala, com vários pratos e comidas exóticas e deliciosas.
Ao fundo do salão, havia um trono majestoso, onde o anfitrião da festa se sentava. O traje dele era ainda mais extravagante do que os dos outros nobres, com detalhes dourados brilhando na luz das velas.
Nos cantos da sala, havia pequenos grupos de nobres conversando e rindo, enquanto em outros lugares, jovens casais dançavam com graça e elegância. Todos estavam vestidos com trajes elegantes e requintados, criando uma atmosfera de luxo e opulência.
Assim que aqueles dois entraram na festa, todos os olhares se voltaram para eles.
Caminharam com passos confiantes e graciosos, enquanto os nobres se curvavam respeitosamente em sinal de deferência. À medida que se moviam pela multidão, criava-se um caminho para eles, como se todos quisessem estar perto dos regentes.
Enquanto o casal se movia pela festa, a atmosfera parecia mudar. Os risos e as conversas animadas foram silenciados em um sinal de respeito.
Era evidente que aqueles nobres não apenas os respeitavam, mas também os temiam.
Apesar de ser o rei, muitos dos nobres estavam vendo Colin pela primeira vez, já que preferiam manter-se longe das notícias, mandando representantes em reuniões importantes.
Não faziam ideia que o rei era tão alto e com um porte impressionante. Seus olhos amarelos eram intensos e brilhavam com uma luz própria, acentuados pelo cabelo escuro e rebelde que caía sobre sua testa. Ele usava um terno escuro elegante, que realçava seu porte imponente e deixava claro que ele estava ali para causar uma boa impressão.
Ao seu lado, estava a rainha.
Era a primeira vez que ela ia a uma festa de nobres em anos, já que preferia estar longe daquele tipo de gente.
A rainha era uma visão de beleza.
Seus cabelos brancos ondulados passavam um pouco abaixo do queixo, com as pontas levemente viradas para fora, e seus olhos amarelos pareciam iluminados por dentro.
Ela usava um vestido vermelho que realçava suas curvas e deixava à mostra os ombros delicados, ombros limpos de cicatrizes.
O tempo que Ayla passou com Colin a deixou mais feminina, com cada movimento que ela fazia sendo suave e elegante, e sua presença ao lado do marido era tão marcante quanto a dele.
O anfitrião da festa tinha braços musculosos e uma barriga proeminente. Sua cabeça raspada destacava a calvície, deixando sua testa ampla.
Apesar da falta de cabelo, ele exibia uma barba espessa e bem cuidada, dando-lhe um ar de sofisticação e autoridade.
Ele aproximou-se daqueles dois com elegância, e o resto do salão voltou a comemorar.
— Majestade — disse em um tom de voz poderoso. — É um prazer conhecê-lo! — apertou a mão de Colin. — A senhora está deslumbrante essa noite, minha rainha! — beijou as costas da mão de Ayla. — Sou Marcellus, dono de quase todas as forjas de Runyra!
Ele disse com orgulho, mas nenhum dos dois pareceram impressionados com a informação. Para contornar o constrangimento, Marcellus estendeu a mão, e sua esposa aproximou-se.
A madame caminhou com uma postura ereta e confiante, seus cabelos loiros eram meticulosamente presos em um coque elaborado, permitindo que seu rosto oval e delicado fosse admirado em toda a sua glória. Seus olhos claros fixavam-se com serenidade nos dois regentes, demonstrando sua confiança e respeito por eles.
Cada detalhe de seu vestido exalava elegância, desde as mangas bufantes até a saia longa e esvoaçante. Os detalhes em renda e bordado eram meticulosamente trabalhados, revelando o cuidado que a nobre dedicava a sua aparência.
— Meu Rei — disse com uma voz firme e segura. — Minha Rainha! Meu marido falou muito bem de vocês, diria que sua empolgação mexeu comigo também, vocês estão ótimos!
— Obrigada! — agradeceu Ayla com um sorriso. — Também estava animada para vir a uma festa como essa — mentiu. — A última vez que compareci o meu pai ainda estava vivo.
A senhora Marcellus segurou as mãos de Ayla.
— Quer conhecer nossa casa? Sei que não é tão grande quanto seu palácio, mas toda decoração foi pensada por mim.
— Eu adoraria!
— Ótimo! — ela encarou Colin. — Vou roubá-la de você um pouquinho, está bem?
Colin deu de ombros e elas se afastaram, deixando aqueles dois sozinhos.
Marcellus pegou uma taça de vinho de um dos servos que passou segurando uma bandeja.
— Também quero levar você a outro lugar, pode me seguir?
Com as mãos nos bolsos, ele deu de ombros novamente.
— Claro, mostre o caminho.
Com passos decididos, o nobre conduziu Colin pelos corredores ornamentados com tapeçarias e móveis requintados, rumo à sala secreta onde ocorria uma festa privada.
Chegando à porta, o nobre parou e fez um sinal para o guarda que mantinha a entrada. O guardião imediatamente abriu a grossa porta de madeira.
Caminharam por alguns metros e abriram outra porta, revelando a sala iluminada por velas e repleta de nobres usando terno e com cigarro na boca enquanto estavam sentados em sofás luxuosos.
Elfas da neve desfilavam de um lado para o outro naquele cômodo requintado. Alguns homens passavam as mãos nas Elfas de maneira pejorativa, outros pareciam estátuas.
Marcellus ofereceu uma das poltronas e Colin sentou-se, negando o vinho que uma das Elfas trouxe.
Com Colin, haviam seis homens no recinto.
A maioria dos nobres tinha a barriga proeminente e cabelo ralo, apenas um deles era magro, tão magro e velho que parecia uma caveira.
— Aqui está — disse o velho. — O famoso rei de Runyra! — Ele soltou fumaça pelo nariz. — Meus netos falam bem de você, a maioria quer conhecê-lo. É bom ver que aquela pirralha da rainha arrumou alguém descente para colocá-la nos eixos.
— Franz tem razão — disse outro nobre. — As coisas estavam estagnadas, o casamento foi a melhor escolha que aquela rainha tomou em anos.
— Acreditam que Rainha Ayla estava até mesmo sorrindo quando a encontrei lá em baixo? — zombou Marcellus. — Mal pude acreditar quando vi, hehe! Nosso rapaz aqui conseguiu um feito e tanto, hehe.
— Lembram-se daquela aposta? — disse Dieter. — Apostamos com quantos anos Ayla iria para a cama com um homem, bom, eu disse antes dos 30, então vocês me devem, háhá!
— Hehe, se dependesse de você — disse Marcellus. — Aconteceria quando ela tivesse com dezesseis anos, né?
Todos eles gargalharam enquanto Colin permaneceu quieto.
— Com todo respeito — continuou Dieter com seu copo de vinho na mão. — Mas a garota sempre foi mais bela que as outras meninas da idade dela, você sabe, se ela fosse de frequentar festas, daria um jeito de ser antes dos dezesseis.
Eles continuaram sorrindo.
— Só não deixe sua esposa saber disso, hehe! — Marcellus apontou para cada um deles enquanto dizia os seus nomes. — Esse é Heinrich, dono de uma rede de tavernas em Runyra, o outro é Dieter, dono do maior abatedouro da capital. O careca ao lado dele é Gustav, dono das principais minas de extração nas redondezas de Runyra, e o velho Franz, seus bordéis têm as Elfas mais bonitas de todo continente — disse olhando uma delas passar bem na sua frente com uma bandeja. — Agora que estamos todos familiarizados, por que não começamos?
Franz acariciou sua barba longa e grisalha com uma mão enquanto apontava com a outra para Colin, segurando uma bengala com firmeza.
— Estivemos aqui desde o início, desde os primeiros passos dados pelo pai de Ayla para construir esta cidade — disse com um tom firme. — Embora estejamos isolados, nós a transformamos no que é hoje. E você, meu caro, também tem uma grande parte nisso. Seu ducado está se tornando uma cidade respeitável graças aos impostos que pagamos.
Dieter bebeu um gole do vinho e voltou seus olhos para o rei que permanecia inexpressivo.
— Assim são as coisas, meu rei, uma mão lava a outra, e no fim todo mundo sai ganhando.
Colin relaxou no assento e alisou o cabelo para trás, ficando bem à vontade.
Como num estalo, seus olhos retraíram e a atmosfera pareceu mudar.
Os nobres sentiram isso em suas espinhas.
— Primeiro! — Colin levantou o indicador. — Vocês são a grande elite de Runyra, e mesmo assim não aprenderam a ser educados?
Engolindo em seco, os nobres cruzaram olhares entre si.
— Não estamos entendendo… — disse Marcellus com temor na voz. — Em qual momento faltamos com educação?
— A maneira que desdenham da Ayla, desdenham da MINHA esposa na minha frente! — disse Colin aumentando o tom. — Estão acostumados a lidar com aqueles merdinhas dos conselheiros, né? É bem a cara deles ficarem calados e concordarem com tudo que vocês falam só porque tem os bolsos cheios de moedas.
— Tsc, quem você pensa que é, garoto? — indagou Dieter irritado. — Só porque é o Rei acha que tem controle sobre essa cidade? Quem acha que enche os cofres públicos para sua esposinha mimada gastar em salões de treino e distribuir para aqueles escravos libertos miseráveis? — Ele soltou fumaça para cima. — Parece que é você que não sabe com quem está falando!
— Dieter tem razão! — resmungou o velho Franz. — Soube que a rainha doou uma quantia significativa para a igreja da Deusa da Neve, e o que nós recebemos? Nada! — Ele abriu um sorriso de escárnio. — Você não é rei coisa alguma, só porque a rainha esquenta sua cama a noite não significa que você tem sangue real, você é um mestiço, um plebeu que nunca conquistou nada que não fosse pela força, né? Hehe, suas alianças são tão falsas quanto o seu casamento, garoto, então saiba o seu lugar, Elfo!
Colin assentiu e abriu um sorriso assustador.
Ergueu-se imponente e caminhou até Franz que pareceu não se sentir intimidado.
— Vocês pensam que estão acima de mim?
Lentamente Franz estava sentindo o pavor tomar conta de seu corpo. Os olhos do carniceiro pareciam perfurá-lo como facas afiadas, e a intensidade do olhar era tão forte que ele sentiu um frio percorrer sua espinha.
Colin apontou para o chão.
— Se curvem, todos vocês, suas cabeças estão altas demais.
Entreolharam-se novamente.
— Ma-Majestade… — gaguejou Marcellus. — Na-Não acho que tenha necessidade disso-
Ele calou a boca quando Colin o encarou.
— Ninguém dirá mais nada até eu mandar! — Colin apontou com o queixo para o velho a sua frente. — Você tem permissão para falar, me diga, por que me trouxeram aqui?
Cerrando os dentes, o velho apertou a bengala em mãos.
— Como se um mestiço fosse me dar ordens!
Crash!
Num movimento ágil e preciso, Colin materializou uma adaga reluzente, carregada de energia elétrica, e a fez cortar velozmente um dos olhos do velho.
A ação foi tão rápida que os nobres presentes mal conseguiram acompanhar o movimento. O impacto foi imediato, e o velho Franz soltou um grito agudo, largando sua bengala enquanto levava as mãos ao olho ferido, contorcendo-se de dor em sua cadeira.
— Meu olho! Meu Olho! Seu desgraçado, eu vou te matar!
As Elfas ao redor ficaram em choque e logo se apressaram para auxiliar o velho Franz, mas Colin ergueu a adaga na direção delas.
— Todas vocês, fora.
Elas largaram as bandejas e correram para a porta de saída, deixando Colin sozinho com os nobres.
— Se a próxima palavra que sair da sua boca não for o que perguntei, vou te deixar sem o outro olho, depois sem o dedo, a mão, os braços, tudo isso enquanto continua consciente. Perguntarei mais uma vez, por que me trouxeram aqui?
— Que-Queríamos que nos ajudasse a frear o avanço dos comércios em todo país! S-Se aumentasse pelo menos os impostos dos negócios menores já estaríamos satisfeitos…
Colin gargalhou ligeiramente e meneou a cabeça.
Ele havia entendido o que eles queriam.
— Que decepção… querem acabar com a competição porque viram que estão perdendo espaço? Eu não permitirei que vocês prejudiquem outros negócios com suas ambições egoístas de merda. E se não aprenderem a jogar limpo, não terão mais espaço para negociar em Runyra. Agora de joelhos, todos vocês.
Apavorados, todos eles se ajoelharam em silêncio.
Colin deu uma olhada ao redor, abrindo seu sorriso sádico.
— Vocês são grandes, claro, mas aprenderam hoje que existe gente bem maior que vocês, e que continue assim. — Ele apontou a adaga elétrica para Dieter. — Sua vez, quer perder o olho esquerdo ou direito?
— O quê?
— Olho esquerdo ou direito?
— Me-Meu senhor, não estou entendendo…
— Não se faça de idiota.
— E-Eu realmente-
Crash!
Colin desferiu um golpe preciso e certeiro, cortando o olho esquerdo de Dieter.
Um grito ensurdecedor escapou dos lábios do homem enquanto ele caía desamparado ao chão, agarrando-se ao rosto em agonia.
— Meu olho! Merda! — exclamou enquanto chorava de dor.
— Marcellus! — chamou Colin. — Vamos voltar para a festa, já perdi meu tempo vindo até aqui.
— Cla-Claro, ma-majestade.
— Foi um prazer conhecer todos vocês, espero que tenhamos uma boa relação.
Colin seguiu pela dianteira cruzando a porta.
Marcellus o seguiu e Colin passou os braços pelo ombro do nobre.
— Ei! Melhora essa cara, vamos voltar para a festa, você dirá que me mostrou alguma coleção de espadas, armaduras ou qualquer outra coisa. Você pegará duas taças de vinho para as meninas e passaremos o resto da noite falando de coisas fúteis. Às duas da manhã vou embora, e de manhã seu empregado chamará você dizendo que chegou algo. Ele te entregará uma caixa fechada onde uma espada de ferro estará dentro, e sua esposa receberá o buquê de flores mais lindo que ela já viu na vida. Na noite seguinte você vestirá sua melhor roupa, e sua esposa ficará ainda mais bela que hoje. Vocês irão até nosso palácio e conversaremos sobre mais coisas fúteis durante o jantar. Quando você chegar em casa, colocará a cabeça no travesseiro e dirá a si mesmo que a partir daquele momento, você pertence a Colin, o Carniceiro, entendido?
Marcellus sentia uma sensação de sufocamento tomar conta dele. As palavras de Colin eram ameaçadoras e deixavam claro que ele não tinha escolha a não ser obedecer. Ele tentou resistir ao medo que tomava conta de seu corpo, mas era como se estivesse diante de um predador pronto para atacar a qualquer momento.
— Ente-Entendido, senhor…
— Bom garoto, eu sabia que a gente ia se dar bem! — Olhando para o lado, Marcellus viu o semblante sinistro de Colin. — Aqueles seus amigos lá dentro, não fui com a cara deles. Amanhã, quando for jantar comigo e Ayla, traga documentos sobre eles, suas famílias, seus negócios, absolutamente tudo, entendido?
— S-Sim…
— Ótimo! — Colin olhou ao redor. — Uau… sua casa é mesmo enorme, depois tem que me apresentar cada cantinho dela.
— Cla-Claro…