O Monarca do Céu - Capítulo 217
Queda
Colin empurrou as portas de madeira e se deparou com um salão cheio. Toda elite do território de Ayla estava presente e vestiam-se impecavelmente. Seus companheiros foram para seus lugares e Colin seguiu o tapete vermelho em direção ao altar.
O salão estava decorado com flores por todo canto e havia uma centena de mesas com servos bem vestidos indo de lá para cá, servindo os convidados. Leona e Alunys também estavam bem vestidas. A Elfa com um vestido amarelo e Leona com um avermelhado.
Era a primeira vez que a pandoriana usava um vestido, mas seu estado atual não refletia os seus modos. Ela continuava comendo sem parar, pegando tudo que os servos traziam. Também era a primeira vez que muitos nobres naquele salão viam o temido carniceiro Colin.
Alguns, o acharam assustador, outros o acharam atraente, mas era consenso entre os mais velhos que pelas histórias que ouviram, Colin e Ayla seriam um casal poderoso, poderoso o bastante para dominar todo centro-Leste e, consequentemente, as moedas em seus bolsos estariam garantidas.
Colin subiu um altar e ficou ali de pé ao lado de um sacerdote, o mesmo que o batizou no dia anterior.
O sacerdote que os casaria estava de batina amarela.
Um homem de vestes pomposas abriu a porta de madeira. Ele prestou continência e todos os convidados ficaram em silêncio.
— Senhoras e Senhores, Ayla Lorarel, senhora das terras mais ao norte, regente da capital de Runyra e herdeira do nome Lorarel. Com vocês, a noiva.
Os convidados se levantaram focando seu olhar na porta.
Ayla adentrou. Seu cabelo longo e ondulado estava em um trançado digno de uma rainha. Seus lábios estavam bem vermelhos e seus olhos, que sempre estavam sisudos, pareciam mais gentis, quase inocentes. Ela usava um vestido de noiva vermelho com detalhes de bordado branco, que ia de seu pescoço até seus pés. O vestido tinha detalhes dourados e em seus ombros estava uma longa capa avermelhada que arrastava no chão.
Nas mãos dela estavam um buquê de rosas negras, brasão de sua família. Os maestros começaram a tocar trombetas enquanto Ayla dava um passo de cada vez.
Os convidados ficaram surpresos quando viram o símbolo dos carniceiros estampado em sua capa. Ayla estava muito bonita, era facilmente a mulher mais bela daquele lugar, mesmo com todas as convidadas se empenhando bastante para alcançá-la.
Ela subiu o altar e ficou ao lado de Colin.
Apesar dos convidados estarem atônitos com a beleza de Ayla, Colin parecia indiferente, mas era visível que ela estava mais sorridente, mais feliz.
— Podem se sentar. — disse o Sacerdote. Ele esperou até que todos se sentassem e fizessem silêncio. — É com grande alegria que fui selecionado para unir estes dois. — Ele olhou para um e depois para o outro — Ambos abençoados pelo sangue dos primeiros Elfos, os pais da magia. Isso só me faz pensar que o destino está do lado deles, do lado do povo. — Ele se virou e um garoto trajando também as roupas de um sacerdote, entregou a ele um livro. A capa era branca e havia o desenho de três luas na vertical. — Agora, me permitam dizer algumas palavras.
[…]
O sacerdote recitou parte do mandamento religioso de seu Deus, que consistia em respeito, ajuda mútua e companheirismo, mas Colin ouvia tudo sem dar importância. Ayla e ele tinham um acordo entre si, um mandamento religioso que servia como guia de um casamento próspero não adiantaria em nada, e ambos sabiam disso.
Continuaram em silêncio, prestando atenção em tudo que o sacerdote dizia.
Após mais algumas palavras proferidas, estava na hora de selar o casamento. Ayla colocou uma pulseira dourada no pulso de Colin e ele fez o mesmo nela. As runas cravadas na pulseira começaram a brilhar e foram lentamente marcadas na pele de ambos.
Em Ayla, ficou marcada uma linha escura em volta de seu pulso, como se fosse uma tatuagem. No pulso esquerdo de Colin foi cravado uma linha branca.
Assim como ele estava ligado a Brighid, agora estava ligado a Ayla. Ele nada sentia de diferente por não poder usar magia, mas Ayla sentia. Os olhos dela arregalaram enquanto encarava Colin bem a sua frente.
Ela não sentiu sua mana, mas, sim, sua Aura.
Aquela sensação durou por um átimo, mas foi como se ela estivesse no meio de uma tempestade, a maior que já viu em vida. O som de trovões era ensurdecedor e a ventania parecia ter força o suficiente para partir o seu corpo.
Assim que piscou os olhos, tudo havia desaparecido.
Ela engoliu o seco e Colin ergueu uma sobrancelha.
— Vocês agora estão casados — disse o sacerdote — Que a terra, a lua e as estrelas estejam sempre com vocês.
— Vida longa à família real! — berrou um dos nobres, bêbado demais para lembrar do próprio nome.
As pessoas aplaudiram e comemoraram. A fala do sacerdote oficializava a união de dois territórios e dava início a uma nova era no centro-leste.
Era hora de comemorar.
Os trovadores tocaram suas baladas mais contagiantes. Os nobres começaram a se soltar a cada copo de vinho que viravam. Falone e Lettini se concentraram na bebida, enquanto Dasken, Alunys e Leona se concentraram na comida.
Os nobres começaram a cumprimentar os recém-casados e foram até eles para conversar vez ou outra. Ambos forçaram sorrisos e tentaram ser educados, afinal, aquele teatro também fazia parte dos negócios.
Todos eles esperavam muito daquela união, principalmente os nobres, já que Ayla usou parte do dinheiro público para financiar Colin e seu ducado. Eles esperavam frutos prósperos, já que investiram muito naquele matrimônio.
Os trovadores começaram uma melodia diferente e os convidados abriram caminho, ficando enfileirados para que os recém-casados passassem.
Colin não entendeu o que estava acontecendo.
— Apenas sorria! — sussurrou Ayla abraçando o braço esquerdo de Colin.
Ele não sorriu. Continuou caminhando por todo corredor de pessoas que batiam palmas sem parar. Assim que abriram a porta, continuaram aplaudindo e os seguiram jogando flores para o alto até o quarto de Ayla, que jogou o buquê que acabou caindo nas mãos de uma nobre qualquer.
Eles entraram e Ayla fechou a porta. Na cultura de Runyra, aquele ato significava que a esposa estaria pronta para ser desflorada em uma noite íntima com o marido. As pessoas retornaram para o salão de festas e os dois continuaram ali, no quarto.
Não sabendo lidar com o novo status, Ayla começou a falar de política.
— Bem… Você quer mudar o nome de Runyra? Digo… Agora somos um país, ou quase isso…
— Não.
— Ah… Então tá bom…
Nervosa, ela não sabia o que fazer. Mesmo afirmando para Colin várias vezes que queria um filho, uma linhagem próspera, ela nunca havia consumado o ato.
Após suspirar, Ayla tirou a tiara e a colocou em cima da escrivaninha. A melhor coisa para se soltar seria beber. Foi até a adega e pegou uma garrafa de vinho junto a duas taças.
Caminhou de volta até Colin e entregou a ele uma taça.
Com o dente, Ayla tirou a rolha e encheu o copo de Colin, enchendo também o seu. O semblante sério de Colin não mudou um segundo sequer.
Tim!
Ela bateu sua taça na taça de Colin em um brinde.
— Devia sorrir mais, querido, tem que parecer convincente, esqueceu? Por que não tira essa roupa chique? Deve estar incomodando.
— Estou bem.
Ayla deu de ombros.
— Não devia mentir para sua esposa. Enfim, vou me trocar, já volto. — Ayla deixou a taça em cima da escrivaninha e foi até o banheiro.
Colin coçou a nuca e suspirou.
Ayla tinha razão, aquela roupa estava incomodando. Ele desabotoou a blusa e a tirou, ficando com sua blusa interior preta que também era justa a seu corpo, mas era confortável. Tirou também os sapatos sentindo o carpete felpudo.
Afastou a cortina com as mãos e foi até a sacada, observando a bela arquitetura gótica que cercava aquela cidade. Era um sentimento estranho saber que tudo aquilo também o pertencia.
A sensação de ter poder sobre outras pessoas ainda era novo, mas Colin a apreciava. Moralmente, julgava que o que estava fazendo com Ayla era errado, afinal, ele já era casado, mas disse para si mesmo que era em prol de algo maior.
Sem o casamento ele conseguiria conquistar aquela cidade, mas levaria tempo demais e demandaria muitos recursos, sem falar no sangue derramado. Em questão de um mês ele já tinha território o bastante para formar um país, e tudo isso sem confrontar Ayla, apenas juntando forças.
Se Brighid estivesse viva, Colin não fazia ideia de como ela iria reagir, mas decidiu que faria isso por ela e seus filhos, mesmo que ela o odiasse. Aquele era um jogo político, onde consistia em usar e ser usado.
O único em seu caminho para conquistar todo centro-leste era o pontífice. Colin deu um gole no vinho e deixou escapar um sorriso. Suas expectativas para um confronto com Alexander estavam bem altas.
Era prazeroso imaginar um confronto contra o pontífice, Drez’ gan, e até mesmo seu pai. Era ainda mais prazeroso quando ele se imaginava acima de todos eles, como uma espécie de imperador, o imperador que conquistaria o continente inteiro.
A porta do banheiro abriu, e Ayla saiu lá de dentro usando um vestido curto de seda branco. Parte do vestido era transparente, então dava para ver muita coisa. Ela cruzou os braços na altura dos seios e desviou o olhar envergonhada.
Ele ainda não havia se acostumado a ver uma mulher como Ayla tímida daquela forma. Ela tinha um corpo malhado, acompanhado de várias cicatrizes e queimaduras.
— É difícil imaginar você usando outra coisa além de vestidos que a cubram do pescoço aos pés.
— Cicatrizes não são bem vistas em mulheres.
— Eu não acho.
Ayla abriu um sorriso de canto e Colin se aproximou dela oferecendo a taça de vinho.
— Obrigada…
Colin a encarou melhor.
Ayla tinha o abdômen definido, sua coxa era grossa e marcada. Suas nádegas também eram definidas e tinham um bom volume. Seus bíceps também eram marcados e a palma de suas mãos eram bem calejadas. Seus seios tinham tamanho médio e ela era um pouco alta para os padrões femininos, chegando aos 178 centímetros de altura.
A única parte de seu corpo que não havia cicatrizes era seu rosto.
A forma que ela o encarava era o mesmo de uma mulher apaixonada, olhos brilhantes, lábios molhados e guarda totalmente aberta.
— Preciso discutir algumas coisas com você. — disse Colin subindo os olhos de predador e concentrando no rosto dela.
O vento frio soprou, tremulando as cortinas e a borda do vestido curto de Ayla. Ela segurou a borda do vestido com uma das mãos.
— Que coisas? — Até a voz dela estava mais doce.
— Nosso território é grande o suficiente para formar um país. Aqui será o começo de algo grandioso. Quando esmagarmos o pontífice, será a vez de tomarmos Rontes e todos os que nos enfrentarem serão destruídos, mas não posso fazer isso se não confiar completamente em você. Não somos só marido e mulher, somos cúmplices lutando por algo maior. — Ele apontou para as cortinas — Eu e você, Ayla, estamos no topo, mas aqueles lá fora ainda são responsabilidades nossa. — Colin ficou ainda mais próximo dela — Por isso, Ayla, eu sou o único com quem você pode contar, entendeu?
Ayla não sentia que Colin estava tentando a evitar como fazia. O jeito que ele a olhava, o sorriso malicioso, ele não era o mesmo Colin de antes.
Ela segurou a taça com as duas mãos e desviou o olhar. Se sentiu vulnerável, como se estivesse diante de um predador perigoso. A sensação que sentiu antes de seus corpos serem marcados com o laço do matrimônio retornou.
Colin se aproximou, apoiou a mão no queixo dela e a encarou no fundo dos olhos. Ayla engoliu o seco, sentindo medo do homem que escolheu como marido.
— Você disse que faria o que eu dissesse, lembra?
— S-Sim…
— Então faça o que sei Rei ordena, Ayla — Ele bateu sua taça na dela — Um brinde ao nosso casamento. Aquele pessoal lá fora responde a você, e você responde a mim, e somente a mim, entendeu? Pode até ouvir aqueles seus conselheiros irritantes tagarelarem, mas você só fará o que seu rei ordenar — Colin bebeu um pouco do vinho e afastou um passo — Nunca se esqueça disso, você é minha.
Ela engoliu o seco.
— E-E você n-não se esqueça que você ainda tem que me-
— Dar um filho? Acabamos de nos casar, Ayla. Já darei o que você quer, só quero que entenda como as coisas vão funcionar a partir de agora.
Era diferente ser colocada naquela situação de submissão. Ayla não sabia o que fazer, ou não queria pensar no que fazer. Decidiu entrar no jogo de Colin e aproveitar, afinal, era como Colin disse, a relação dos dois teria que ser de cumplicidade, com ambos usando e sendo usados.
Corada, ela desviou o olhar.
— Sim… — Ela o encarou novamente — Você ainda tem que fingir que me ama… Tudo que você disse até agora está relacionado em me diminuir em relação a você… — Ela desviou o olhar — Isso não parece amor pra mim…
— Você quer ser amada, Ayla? — Colin virou o copo de vinho — Já vou te mostrar como é o amor que você quer.
Ele foi até a escrivaninha, pegou a garrafa de vinho e a encheu. Colin não queria que Ayla o visse como um igual, mas como uma figura de autoridade que ela obedeceria sem questionar, um cão leal.
Jane, Valagorn, Leona e agora Ayla. Eram todos os seres que tinham ligação direta com ele, e ele pretendia aumentar essa lista indo atrás de contratos poderosos.
Ele havia se convencido que seus inimigos não seriam derrotados por meios convencionais, então decidiu jogar o mesmo jogo deles. Colin sabia muito bem das consequências do que estava fazendo, mas ele estava disposto a se sacrificar, já que o mais afetado de tudo isso seria ele mesmo.
Enfiou uma das mãos no bolso, sentindo a aliança, símbolo do seu matrimônio com Brighid. Caminhou até a escrivaninha e deixou a aliança ali. Olhou para o símbolo do Sol tatuado na palma de sua mão esquerda, outro símbolo do seu matrimônio que remetia a Brighid. Cerrou o punho e se virou para Ayla.
— Não se esqueça do nosso acordo.
— Eu não vou.
O carniceiro caminhou até Ayla, afastou uma mecha do cabelo dela para trás da orelha. Apoiou a mão em seu rosto e a beijou. Ayla se deixou levar. Largou a taça vazia que não quebrou ao cair no carpete. Ficou na ponta dos pés e passou os braços pelos ombros dele.
As mãos ásperas de Colin passavam por sua cintura, depois foram para suas costas. Ele arrebentou as cordas daquele vestido e o deixou escorregar pelo corpo de Ayla até encontrar o chão.
Os atributos que ganhou da súcubos Jane continuavam bem presentes em seu corpo. O beijo, o toque de Colin, foram o suficiente para causar nela uma sensação indescritível.
Ela sempre reprimiu esse lado ou teve medo de deixá-lo escapar por não ver a si mesma como atraente. Suas cicatrizes, suas queimaduras, o seu corpo malhado, Ayla nada via de feminino em si além do próprio rosto.
Negar tudo isso por tanto tempo só deixou aquele momento mais intenso. Pensou que Colin fosse ficar enojado ao vê-la nua, mas não foi isso que aconteceu.
Eles caminharam até a cama e Ayla se deitou.
Ficou envergonhada ao ver Colin ainda de pé, a encarando de maneira tão predatória. A timidez de Ayla fez Colin se lembrar de Brighid em sua primeira vez e por um momento ele a viu ali.
Ayla achou estranho Colin a encarando daquele jeito, então se ajeitou na cama tapando os seios e desviando o olhar.
— Tem algo errado? — Ela perguntou.
Colin reparou as queimaduras e cicatrizes de Ayla, depois se concentrou em seus músculos que mesclavam com perfeição as suas curvas femininas.
Manter alguém como Ayla sob controle era crucial para que tudo funcionasse. Sua nova esposa poderia destruir tudo que ele estava construindo, pior, uma aliança dela com o pontífice destruiria não só a ele, mas todos do seu ducado encontrariam o fim precoce, já que soldados de Ayla estavam aos montes nas áreas onde estava o povo do carniceiro.
Ao menos por enquanto, era melhor cumprir com seu papel de marido e honrar o trato que fizeram.
Colin tirou a camisa e Ayla ficou nervosa enquanto seus olhos miravam em seu corpo perfeito. Usuários da pujança gozavam de um corpo escultural, mas o que a impressionou foram as diversas cicatrizes que ele tinha, cicatrizes de um guerreiro.
Ele tirou as calças e ficou por cima de Ayla a beijando. A língua de Colin indo de encontro a sua, a mão áspera dele deslizando sobre sua coxa, agarrando a parte de trás de seu cabelo, a fez sentir algo novo.
Ayla estava acostumada a dominar, principalmente nos assuntos políticos, mas na relação carnal, a primeira que estava tendo, estava gostando de ser dominada, conduzida, domada.
Sua guarda estava aberta, a tão temida caçadora estava completamente entregue.
Colin a encarou nos olhos e a penetrou lentamente, Ayla crispou os dedos, cerrou os olhos e franziu os lábios.
— Colin… — Gemeu o nome dele.
Mesmo tendo atributos físicos potencializados e tendo vantagem em algumas partes do corpo, ele não se importou de aquela ser a primeira vez de Ayla.
Já era difícil demais se forçar a ir mais devagar e ser menos bruto que o habitual. Havia quase um ano que ele não podia extravasar, e o sexo sempre foi o que mais o ajudou.
Ele foi mais fundo enquanto Ayla se contorcia. Uma parte do lençol branco de Ayla foi tingido de vermelho. Colin a beijou novamente enquanto lágrimas desciam do canto dos olhos da regente.
A dor que sentiu começou a desaparecer, dando lugar ao prazer. Seus olhos amarelos cheios d’água encontraram os olhos de seu marido. Era a primeira vez em muito tempo que ela se sentia tão vulnerável e, ao mesmo tempo, tão protegida.
O vai e vem de Colin só deixou o seu corpo ainda mais sensível. Ayla sentia que sua força estava se esvaindo, mas relevou, já que o que sentia percorria todo seu corpo.
Dos seus lábios eram emitidos gemidos involuntários enquanto Colin continuava em silêncio. Fazia tempo que Colin não era tão “carinhoso” em uma relação carnal, somente o fez para que Ayla tivesse uma boa experiência em sua primeira vez, mas assim que a dor que ela sentia se foi completamente, ele decidiu agir normalmente.
Desvencilhou-se de Ayla e a virou de costas com certa brutalidade. Agora que havia começado, ele não pararia tão cedo. Com as mãos na cintura da esposa, ele a colocou de quatro. Ayla não sabia muito bem o que Colin estava fazendo, mas não disse nada.
A rainha tinha nádegas volumosas de formato perfeito, sinal de seu treino constante. Colin deu-lhe um tapa e Ayla deixou escapar um gemido involuntário antes de ser penetrada novamente. Sentia as mãos calejadas de Colin agarrando sua cintura, enquanto suas virilhas se encontravam em estalos.
Naquele quarto amplo, não se ouvia mais nada além dos gemidos intermitentes de Ayla, que estava próxima de seu ápice, e Colin sabia disso.
Ele puxou o cabelo de Ayla e com sua outra mão apertou a nádega dela.
— Da porta pra fora, você é a poderosa Ayla, a caçadora de Orcs, mas é melhor que saiba o seu lugar quando estiver sozinha comigo. — O mesmo sorriso que Colin fazia em uma luta brutal se formou naquele rosto — Seu pai te deu tudo que está lá fora, certo? Seu pai te deu um reino pequeno, eu te dei um país e logo te darei um império!
Ayla o encarou por cima dos ombros enquanto Colin puxava seu cabelo e a penetrava.
— P-Por que está dizendo essas coisas?
— Estou ensinando a você uma lição. Se continuar fazendo o que digo, serei o marido que deseja, mas se me trair, Ayla, ou trair meus companheiros, não me importarei de destruir você junto de tudo que seu pai construiu. — Ele puxou o cabelo dela mais forte — Me ouviu?
— S-Sim!
Após concordar, Ayla chegou a seu ápice e gemeu bem alto. Exausta, ela deitou de bruços enquanto arfava. Ela afastou uma mecha de cabelo e olhou para Colin mais uma vez com aqueles olhos amarelos saindo lágrimas pelo canto.
— Eu nunca trairia você, nunca!
— Eu sei.
Colin puxou os pés de Ayla, trazendo a virilha dela para próxima à sua, a penetrando novamente.
Ele estava só começando.