Menos 9999K Pontos de Vida - Capítulo 16
Uma mulher de cabelos longos e olhos azuis com uma pele pálida e gélida usava um casaco de inverno feminino com uma roupa de couro avermelhada por baixo do casaco e uma calça jeans cinzas abaixou seu capuz e falou
— Despina, estive com você desde aquele dia.
Jun usando a máscara que estava completamente branca estava conseguindo ver Despina a sua frente, pois a máscara estava transparente para ele
“Então essa é uma habilidade da máscara…”
Jun se levantava rapidamente chegando na frente da garota com o machado em seu pescoço e olhando ela diretamente nos olhos.
— Me diga, quem é você? Não há como você ser a arma que estou segurando e muito menos uma invocação.
A garota inexpressiva o olhava, segurando a lâmina do machado o puxando em direção a sua pele, criando um pequeno corte em seu pescoço.
— Faça, eu irei retornar em pouco segundos.
Após ela terminar de falar, o corte em seu pescoço sumiu. Jun que estava segurando o machado, olha para ambas, mulher e lâmina, sentindo que a energia no machado havia aumentado. Suspirando, Jun se afastando um pouco da jovem.
— Então me diga o que você é?
Quando jun falou isso e sentiu um peso em seu corpo. O amontoado de pó que tinha se formado depois da morte do Xiava se transformou numa criatura humanoide com um buraco preto no lugar do rosto, seu corpo era todo cinza e a criatura o golpeou pelas costas com uma espada formada na hora do ataque.
Despina segurava a lâmina da espada da criatura que agora estava completamente congelada, ao ver o gelo começando a rachar ela diz:
— Mestre, primeiramente complete a troca de posse, ele está usando seu poder para se manter vivo, diga-me seu chamado.
Jun ao ouvir isto, viu que as janelas não haviam sumido ainda, ao olhar para a que tinha uma longa descrição falou:
— Desperte, Despina a Lâmina Caída.
Despina apertou a lâmina da espada da criatura a quebrando e em segundos toda a sala havia congelado, não existia mais nenhum sinal do Xiava e quando ela olhou para jun ela viu a máscara completamente preta com grosso risco vermelho de um lado ao outro formando um sorriso na máscara
— Meu senhor, deixe-me começar a explicar. Eu sou uma preguiçosa.
— Certo, que categoria de invocação você é? Não lembro de ter me tornado um necromante, porque se isso é 50% de seu poder, seria impossível eu te matar.
Jun falava e olhava ao redor vendo todas as paredes, teto e chão congeladas. A jovem garota colocou sua mão na sua máscara.
— Desculpe-me, senhor, por me expressar de forma errada. O que eu estava querendo dizer é que sou um mob
— Isso explicaria sua força mas…
Jun levou o machado até o peito da garota onde seria o lugar padrão dos núcleos.
— Por que um mob estaria ajudando seus piores inimigos, os verdadeiros monstros, os “jogadores”.
A garota puxou o braço de Jun para frente, fazendo a lâmina do machado atravessar seu peito.
— Meu senhor, eu sou uma egoísta e quero o seu poder. Eu quero ficar cada vez mais forte, eu quero lutar sem me preocupar com a morte.
Após a garota falar com Jun, ela sentiu uma sensação estranha em seu corpo se lembrando de que já havia sentindo a mesmas diversas vezes quando usou alguma habilidade cinco anos atrás.
— Entendi, basicamente enquanto eu tiver poder você será leal a mim. Você deve saber que traição não, é algo exclusivo dos humanos, até mesmo animais fazem isso. Não pense que eu sou um tolo que confia demais nos outros.
— Acho que entendeu algo errado, os mobs não são amigáveis um com os outros, todos são nossos adversários. Eu apenas decidir usar os humanos para evoluir.
Jun passando a mão na máscara, olhou para Despina.
— Você tem algo para me explicar, não é, Despina?
— Sim, senhor. Diversos anos atrás eu não posso dar um data exata, pois perdi a noção de tempo estando presa na loja.
“Também com seu preço ninguém iria te comprar, um veterano já teria uma ótima arma e um novato não teria condições de te comprar.”
Jun pensou ao ouvir Despina explicar o que houve.
— Quando eu acordei no seu mundo, as fases ainda não existiam, então tudo era um caos. Por causa disso diversos mobs que sabiam não ter chances contra os humanos se esconderam em objetos sem vida e com isso alguns mobs descobriram que esses medrosos evoluíam com os humanos criando uma conexão entre eles sem saberem.
“Então foi assim que as habilidades nasceram?”
Jun se aprofundava em pensamentos por alguns segundos.
— Com o passar do tempo alguns mobs pensaram que se os fracos podem fazer isso o que iria acontecer com eles? com isso os mobs igual a mim, fizeram o mesmo que os antigos mobs, e quando os humanos descobriram isso eles nos deram os nomes de fracos e preguiçosos.
— Então resumindo, os fracos são mobs que desistiram de lutar e os preguiçosos apenas querem tirar proveito dos humanos!?
Jun se levantava e batia a mão em sua roupa tirando a poeira.
— vocês são estranhos, e para começo de conversa porque decidiram nos atacar?
Despina se ajoelhou na frente de jun com a cabeça baixa falando.
— Isso é algo que não sabemos, depois que acordamos nesse mundo apenas seguimos nossos extintos.
Jun se agachou e tocou com seu dedo indicador a testa de Despina.
— Então você nunca ouviu alguma voz ou teve alguém que os mandava fazer isso?
“Isso tá ficando cada vez mais estranho, e mesmo que eu pergunte para Bina não acho que ela possa responder.”
Jun olhou para Despina e passou a mão na cabeça dela.
— Vamos, levante-se e me explique como eu posso te invocar? Pois, mesmo que estivesse presa no machado você não estava morta e não parece que teve alguma restrição de poder.
— Como o senhor tomou posse da máscara para si mesmo, mesmo não sendo um Xiava ela mudou por você estar comigo assim, agora você pode usar de forma completa os mobs que estão presos nos objetos… Senhor você está bem?
— Sim, mas o que eu quero saber é se tem como transformar outro mobs em meus soldados…
— Claro, desde que eles aceitam te servir em troca de ficarem mais forte, ou seja, o seu poder.
Jun ficou perdido em pensamentos enquanto Despina o olhava preocupada.
— eu matei o chefe de fogo… ele seria uma combinação perfeita para você…
— Mestre… Não se preocupe, tem outros fortes por aí.
— Bem, ainda tenho perguntas para fazer, mas parece que o tempo aqui acabou.
jun falou ao ver a sala começando a rachar e quando piscou o olho, ele estava dentro de uma enorme sala com diversas estátuas do Xiava e poucos metros a sua frente havia duas estátuas do Xiava ajoelhadas em frente a uma espaço com diversos, pedaço de pedras espalhados, ao olhar para trás a mais de 50 metros dele havia um enorme escorpião-preto morto, sem duas de suas patas, com um buraco na barriga e um cabeça.
— Então o Xiava era apenas o guardião desse lugar…
Jun andou até o corpo morto tocando no mesmo e percebendo que ele já estava frio.
— Aqueles quatro fizeram um ótimo trabalho, se não fosse a gigantesca quantidade de mobs marionetes acabariam fácil com o Xiava.
Jun começou a sentir um leve frio e quando prestou atenção no lugar novamente viu ter algumas partes congelada.
— Despina, como você fez isso?
— Estava esperando o senhor perguntar. É que na hora de confirmar a troca de posse houve uma explosão de poder então posso te exagerado um pouco, mas se fizesse isso de novo você ficaria desmaiado por alguns meses.
“Se eu encontrasse ela como chefe de fase possivelmente não teria chance no meu nível atual.”
— Bem, melhor esconder essa máscara por enquanto, eu não quero chamar mais atenção do que o ideal.
“Aquela estátua e a pessoa que me fez perder seis anos de esforço e sofrimento para no final não adiantar de nada.”
Jun colocou a mão na máscara, tirando ela uma fumaça negra a seguiu. Enquanto Despina desaparecia e voltava para o machado.
— Você deve ter adorado isso, não é mesmo?
Jun falou isso e colocou a máscara dentro de seu paletó e descendo as escadas sentindo uma onda fria até chegar no primeiro andar, onde os outros jogadores estavam o esperando.
— E aí novato, como foi a luta com o Xiava, como conseguiu o derrotar?
Perguntou Yitr correndo em sua direção com um sorriso no rosto indo o abraçar. Jun se desviou indo para o lado o fazendo passar reto.
— O idiota invocou jogadores.
Yitr começou a rir.
— Então ele cometeu um erro desses?
— Erro? Mais não seria difícil lutar com eles sem limitações? Já que são jogadores.
Perguntava um dos jogadores rank E
— Isso seria se eles tivessem consciência ou se fosse rank s, pois quando um necromante faz uma invocação eles perdem 50% de seu poder por estarem mortos e diferente dos mobs os jogadores precisam pensar se não eles apenas são um bando de marionetes fracas e previsível.
“Eu não posso falar que tive que lutar com dois orcs antes”
— Mas se tivessem sido rank S nosso amigo teria perdido a cabeça em menos de 5 segundos, pois um jogador desse nível sem consciência é uma besta desenfreada.
Falou o outro jogador rank B que estava dormindo quando jun chegou.
— Bem, acho que tá na hora de irmos, faz mais de uma hora que matamos o chefe e não seria bom ficamos presos aqui.
Yitr falou pegando a bolsa cheia de núcleos nível E e D e com um único rank B.
“Quanto tempo eu fiquei desmaiado? “
Jun e os outros jogadores saíram da fase e foram em direção a sua casa, pois um empregado da sangue negros estava esperando fora da fase para pegar os núcleos para não haver nenhum problema.
— Que horas que são?
Jun falou e parou na frente de um cinema.
— 10 da noite ficamos 6 horas na fase.
Jun falou e alguns minutos depois, Selins ouviu alguém bater na porta
— Já vou avisando, eu não tô aceitando pedidos de grupo até me acostumar…
Selins parava de falar olhando jun com o paletó aberto e duas entradas do cinema na mão.
— Minha cara dama, eu havia prometido um encontro, não é mesmo?
— jun seu imbecil, não seria amanhã? Tu és apresadinho hein?
Jun mostrando os ingressos do filme sendo um de terror.
— Você ainda tá buscando um filme que possa te assustar? Eu vi na Internet que esse é o melhor do gênero.
— Mas é um imbecil mesmo, você chama uma garota para sair e logo sendo um de terror.
Jun sorria para ela se virando pegava sua mão.
— Eu apenas fui atrás de algo que você gosta e olhando assim você parecia estar esperando isso
Jun falava olhando Selins toda arrumada para sair.
— Eu apenas fiquei com preguiça de trocar de roupa.
— Que seja ambos somos imbecis vamos.
Jun e Selins foram andando, ambos em direção ao cinema, enquanto na casa de Selins, Evan havia acabado de estourar uma bacia de pipoca e ele estava olhando com as mãos apoiadas na mesa.
— Eu não vou conseguir comer tudo isso…