Knight Of Chaos - Capítulo 121
Enquanto Bob William´s ordenou seus homens a atacarem. Malik desdenhou de sua grosseria. Usando de sua magia para se ocultar na escuridão, ele planejava dar a volta nos inimigos e tomar a cabeça do jovem Cabo.
Vai ser engraçado ver a cara desse idiota, quando me ver matando sua presa. Hahaha.
Ele achava muito abaixo de si mesmo se envolver em algo tão baixo e banal. Um Subtenente, sendo convidado pelo Líder da Guarda de outra guarnição, para caçar um mísero Cabo. Apesar de ter concordado com essa missão fácil para poder pagar o favor, seu conceito a respeito de Bob William´s despencou para o nível mais baixo possível.
Malik se ocultou nas sombras, então viu algo surpreendente, o jovem Cabo de aparência pálida, lançando múltiplos ataques de fogo, matando ou ferindo vários homens. Depois disso, se defendeu facilmente do ataque de Bob William´s.
Haha, nada mal. Até que esse garoto é habilidoso. Se Bob não estivesse tão determinado a matá-lo, eu poderia roubá-lo para minha guarnição… Que pena!
Vendo o jovem Cabo se afastando, enquanto lutava com Bob, Malik sorriu ferozmente. Ele aproveitaria a distração dos dois, e mataria o rapaz.
Quando planejava se aproximar mais. Malik sentiu uma sensação ameaçadora em suas costas.
“Quem?!” Virando-se rapidamente, ele sacou sua cimitarra.
Ting! Ting!
Com habilidade, ele se defendeu dos dois ataques que visavam sua nuca inicialmente e jugular, após se virar. Apesar de ter se defendido, os ataques chegaram muito próximos de acertar.
“Desculpe, mas você não tem autorização para interferir nessa luta.” Uma voz feminina e sedutora entoou.
Ao se virar, Malik se viu surpreso, deparando-se com uma linda beldade de cabelos negros e uma pele branca clara, vestida numa roupa escura e apertada. Apesar da escuridão da noite, sua Visão Escura permitia ver com certa facilidade.
Apesar do choque inicial, logo um sorriso abriu-se em seu rosto.
“Hoho, e quem seria a lindinha?”
Theodora não respondeu imediatamente, ela olhou com um olhar cativante e altivo.
“Eu sou a sua dama nessa noite, e vim lhe fazer companhia.” A resposta de Theodora, fez a expressão de Malik mudar.
“Hahahaha, que sorte eu tenho então.” Depois de algumas longas risadas, Malik logo parou de rir.
“Mas falando sério docinho, gostaria de saber o que te fez ter tanta coragem para vir atrás do papai aqui.” Ele disse, passando a mão em seu moicano de forma arrogante.
Apesar da arrogância, estava um pouco surpreso, por alguém realmente conseguir encontrá-lo nesse breu. Ele havia se especializado em magias de ocultação e assassinato, então ser encontrado aqui, era o mesmo que ser superado no que ele era melhor. Isso havia ferido um pouco seu orgulho.
“Quem sabe? Talvez eu quisesse aprender algumas coisas interessantes com o ‘papai’.” Theodora disse num tom zombador.
Malik entendeu o insulto mascarado da mulher, mas ele não se importou. Ele estava mais interessado nas curvas atraentes dela. Sendo um Subtenente, ele geralmente abusava de sua posição, para forçar recrutas e soldados mulheres a se submeter a ele. Mas raramente ele encontrava alguém do nível da mulher à sua frente.
“Que tal isso lindinha, se você for obediente, eu posso levar você comigo para minha guarnição. Posso pedir para meu Tenente falsificar alguns documentos e incluí-la nas minhas tropas pessoais. Garanto que você vai se ‘divertir’ comigo.” Malik propôs.
“Heh? Verdade?” Theodora falou com um rosto cínico.
Malik entendeu isso e franziu a testa.
“Está zombando de mim, mulher? Acho que ser educado faz as mulheres ficarem arrogantes, né? Tudo bem, eu não preciso convencê-la, se preciso eu te arrasto pelos cabelos. Você vai ser minha compensação por essa tarefa chata.” Ao dizer isso, um sorriso feroz surgiu no rosto de Malik, o que mostrava sua verdadeira personalidade.
Levantando sua cimitarra, ele deu alguns passos para o lado, depois para trás e sumiu em meio a mata. Deixando Theodora sozinha.
Theodora levantou suas duas facas, olhando na direção que o homem de moicano sumiu.
“Ta olhando para onde? Vadia? Hahaha!” Uma voz surgiu atrás de Theodora.
“Para nada, apenas para um idiota.” Theodora respondeu com um leve sorriso.
Ting!
Com um movimento rápido, Theodora chocou sua faca uma na hora, formando uma faísca na escuridão.
Malik havia levantado sua cimitarra pensando ser um ataque, mas ficou confuso.
“Que porra, você t-” Antes de terminar a frase, ele ouviu um leve zumbido ecoando em meio as folhas. Fazendo seus olhos se arregalarem.
Uma flecha? Entendi, então ela usou as faíscas de antes para fazer um sinal para algum companheiro, que engraçado.
Sem sequer olhar na direção que a flecha vinha, Malik sorriu para Theodora, levantando sua cimitarra.
Tink!
Com um movimento rápido, ele desviou a flecha, sem tirar os olhos dela.
“Esse era seu truquezinho? Que engraçado.” Malik falou rindo, mas antes que pudesse fazer qualquer outra coisa, sentiu os músculos do seu corpo tremendo e sua visão nadar.
Que merda é essa?! Enquanto esse pensamento passava por sua mente, ele viu a mulher à sua frente avançando em sua direção como um relâmpago negro, deixando-o estupefato.
Theodora apunhalou sua faca em direção a garganta do Subtenente.
Ting! Swish!
Mesmo com o corpo tremendo involuntariamente e a visão turva, Malik conseguiu defender o ataque até contra-atacá-la.
Movendo sua lâmina curva, ele havia defendido a faca e cortado de raspão a parte de cima da mão de Theodora, obrigando-a a recuar.
“Como eu imaginei, mesmo deixando sua guarda baixa, um Subtenente ainda não é fácil de matar.” Theodora disse num tom risonho, apesar da sua mão ensanguentada.
“Sua puta! Eu ia te deixar viver, mas agora eu vou matar você e vou matar o maldito que atirou essa flecha!” Mesmo com o corpo tremendo, Malik correu desajeitadamente em direção a mulher que o humilhou.
Vendo isso, Theodora franziu a testa.
Foi menos efetivo do que eu pensei que seria. Inicialmente, Theodora planejava baixar a guarda do Subtenente e matá-lo, ou pelo menos feri-lo gravemente com a ajuda do ataque de Kelly que se escondia a alguma distância. Porém, a resistência de alguém do nível Subtenente não era algo a se subestimar.
Kelly que estava escondida a cerca de 200 metros dali, não conseguia enxergar nada na mata densa e escura, mesmo com sua visão escura ativa, era impossível enxergar o inimigo ou até mesmo aliado.
Theodora havia apenas dito para ela esperar naquele local e atirar quando visse algumas faíscas na mata, mas ela precisava seguir uma certa sequência.
“Duas faiscas, uma faisca, duas faíscas…” Kelly repetiu a sequência para si mesmo, suas mãos tremendo de nervosismo, afinal ela estava atirando suas flechas completamente às cegas.
Bang!
“Ah”
Theodora se defendeu desesperadamente do ataque louco de Malik, mesmo andando de forma desnorteada, parecendo bêbado, seu ataque ainda a jogava de um lado para o outro, fazendo-a cair no chão. Se não fosse sua velocidade e passos rápidos que a permitiam desviar da maioria dos ataques, ela ja estaria gravemente ferida.
Ao ser violentamente jogada no chão pelo poder bruto de Malik, Theodora não tentou se defender, quando ele estava próximo, ela atingiu uma das facas na outra, formando uma faísca.
Swish!
Logo se seguiu um som assobiante em meio às árvores
“Maldição!” Malik com seus sentidos apurados, conseguiu sentir claramente o ataque chegando, dessa vez ele não se atreveu a receber esse ataque, jogando-se para trás.
Ao ver isso, os olhos de Theodora brilharam, como um gato astuto que viu uma oportunidade.
Ainda no chão, numa posição meio engatinhando, ela se jogou em direção ao homem.
Perfura!
Theodora fincou sua faca direita no pé esquerdo de Malik.
“Ah! Sua puta maldita!” Com uma reação rápida, ele acertou seu joelho no rosto de Theodora, fazendo-a gritar de forma abafada.
Nesse momento Malik estava furioso, apenas porque ele ficou brincando com essa mulher, foi acertado por aquela flecha estranha que o deixou fora de seus sentidos. Sua visão girava e seu corpo não respondia corretamente. Agora ela até havia se atrevido a machucá-lo! Se ele não tivesse brincado, poderia tê-la matado em segundos.
Mesmo sabendo que era seu erro por subestimar o inimigo, sua irá o consumiu. O pensamento de ser ferido por uma formiga aleatória era humilhante demais.
Cof! Cof!
Theodora tossiu, e depois cuspiu com a boca ensanguentada. O chute havia acertado seu rosto.
O medo estava em seus olhos, no último momento ela havia levantado a cabeça, fazendo o joelho de Malik apenas roçar levemente em seu rosto. Mesmo assim, o golpe de raspão foi tão forte que quase a fez perder a consciência, se ela não tivesse desviado, estaria morta agora.
Ainda no chão, Theodora se arrastou, tentando se levantar.
Ao ver Malik arrancando a faca que cravou seu pé ao chão e caminhar em sua direção, ela se apressou a ficar de pé. Observando os passos do homem de moicano, ela percebeu que estavam pouco a pouco mais estáveis. O que significava que os efeitos da flecha de Kelly estavam sumindo, e ela sabia qual seria seu final quando isso acontecesse.
Lider… se você não se apressar, eu vou realmente morrer aqui. Theodora pensou, sorrindo consigo mesma. Não entendendo porque ela havia se colocado em tal risco.
Com um movimento de pulso, Theodora tirou outra faca de sua pulseira. Então, quando o homem negro de moicano estava próximo, atingiu uma faca a outra, fazendo uma faisca.
Ao ver isso, Malik parou seus passos, se preparando para receber algum ataque.
Mas ao contrário de suas expectativas, nada aconteceu. Logo um sorriso se abriu em seu rosto.
“Parece que um dos homens de Bob deu cabo do seu arqueiro, a luta por aquele lado já deve ter acabado, agora é só eu e você, sua puta.”
Ao ouvir isso, Theodora fez uma expressão de pânico.
“Não, por favor! Eu vou com você! Eu faço o que você quiser!”
Ouvindo as súplicas dela, o homem sorriu ferozmente.
“Agora é tarde pra implorar.” Quando ele estava prestes a alcançar Theodora, que andava quase se arrastando. Ela se virou de repente. Acertando uma faca a outra novamente.
Swish!
Dessa vez o som de assobiu cortando o ar foi ouvido, deixando Malik surpreso.
Booom!
De repente, uma explosão estonteante aconteceu não muito longe.
Devido a explosão e luz, Malik não conseguia identificar a direção ou distância da flecha, então ele tentou andar para frente e desviar desse estranho ataque. Mas nesse exato momento, ele viu o rosto sorridente de Theodora a sua frente.
Ela chutou seu tórax, empurrando-o meio passo para trás, com seu peso e força ela conseguiu empurrá-lo apenas esse meio passo, mas foi suficiente para impedi-lo de desviar do ataque que vinha.
“Sua!” Com um rosto de pânico, ele levantou sua espada na direção geral que imaginou que a flecha viria.
Ting!
Mesmo às cegas e de forma apressada, ele havia conseguido defender essa flecha, mas Malik não parecia feliz com isso.
Assim como ele esperava, poucos segundos depois de desviar da flecha, todo seu corpo foi abalado, como um lago calmo sendo perturbado pela queda de uma pedra. As ondulações se espalharam por seu corpo, sua visão que estava quase normal, voltou a girar novamente.
Theodora aproveitou a oportunidade para jogar uma de suas facas em direção ao rosto de Malik. Que mesmo desnorteado, rebateu o ataque.
Vendo que era inútil continuar a tentar lutar, Theodora começou a se afastar. Depois de ser acertada no rosto, sua cabeça doía e sentia que iria desmaiar a qualquer momento.
Quando percebeu a mulher que o deixou nesse estado tentando fugir, Malik se enfureceu. Como um touro ele correu em sua direção, mesmo caindo e tropeçando, ele continuou perseguindo ela na mata, derrubando árvores e galhos que ficavam no seu caminho.
Nenhum dos dois corria muito rápido, Theodora devido aos ferimentos e Malik devido ao atordoamento da flecha de Kelly.
Mesmo lentos, em alguns momentos Malik sentiu que perdia a mulher à sua frente de vista. Apesar de logo a achá-la em seguida, era quase como se ela se misturasse perfeitamente à escuridão da noite.
Pouco a pouco ele foi alcançando-a.
“Não adianta correr, assim que eu te pegar vou quebrar as suas duas pernas, ai vamos nos divertir lentamente, hahaha.” Malik gritou, rindo como um psicopata. Apesar de estar em dúvida sobre aquela explosão de antes, tudo que ele se importava agora era em matar essa mulher. Depois ele investigaria o que aconteceu.
“Você sabia, que não é legal perseguir excessivamente uma mulher?” Theodora falou, enquanto fugia.
“Calada vadia! Eu vou quebrar todos os seus dentes!”
“Você não deve ser muito popular com as mulheres.”
Fugindo pela mata, Theodora começou a se sentir ansiosa, Malik já estava a poucos passos dela. E seu corpo já não aguentava mais.
De repente, uma mão gigante segurou seus cabelos, puxando-a violentamente para trás.
Sendo jogada no chão como uma boneca sem vida, Theodora não fez nenhum som, mesmo com a dor que sentia. Nesse momento ela entendeu que era seu fim.
Malik pisou na barriga dela, olhando-a nos olhos com um sorriso.
“Eu disse que ia te pegar, vadia.”
“Heh, você é tão grudento, nossa relação precisa de mais espaço.” Theodora falou com bom humor.
“Quero ouvir suas piadas agora.” Malik então agarrou uma das mãos de Theodora que já não tinha qualquer força para resistir. Então sacou sua cimitarra. Sua intenção era clara, ele planejava desmembrá-la ainda viva.
Ao olhar para o rosto de Theodora, ele a viu sorrindo.
“Mesmo a beira da morte você ainda faz essa cara, gostaria de saber o que passa na sua cabeça agora, hahaha.” Malik disse com uma gargalhada.
“Nada, só estou contente que consegui completar minha tarefa.” Ela disse com um sorriso de auto satisfação.
“Heh, engraçado, mesmo sem minha ajuda, Bob já deve ter matado seu amiguinho, é só uma pena que você não vai poder vê-lo sendo morto.”
Assim que Malik estava prestes a cortar com sua cimitarra, uma luz ofuscante cortou a noite escura e uma dor aguda o atingiu no ombro.
“Fique longe da minha subordinada.”