Kings And Armies - Capítulo 1
Ano: 1004
Em um castelo no Reino Montes, um longo cerco está acontecendo, uma corrida desesperada entre o lado invasor e defensor. Uma corrida que fica ainda mais extrema no momento em que o suprimento e os homens de ambos começam a se acabar aos poucos. Neste caos, mercenários são as peças fundamentais, ainda mais quando são uma ordem organizada.
Longe dali, um grupo de homens com mantos negros observam o campo de batalha.
— Pelo visto, eles realmente estão empolgados em retomar esse castelo — disse Marco, líder do grupo.
— Isso é óbvio, Marco. Não podemos deixar os Nortenhos tomarem mais terras!
— Otho, por mais que eu aprecie o amor que você tem pelo seu país, vamos falar a verdade, se o imperador estivesse mais preocupado em manter suas terras do que os seus prazeres pervertidos, ele teria enviado todas as Ordens de Assassinos, juntamente com mercenários, exércitos e suprimentos…
— Não importa, Marco. Teremos que dar um jeito de passar por aquele fosso.
— Bom… você tem razão, vamos logo dar um fim nisso…
— Oh, Garoto, vem aqui!
— O que você quer, Marco? — Falou o garoto jovem que estava atrás do grupo.
— Bom, pelo menos você está acordado. Arne, preciso que você abra caminho por este cerco e me traga a cabeça do general inimigo.
— Sério, Marco? Você me acordou só para isso? Você sabe exatamente o que eu quero.
— Calma, Garoto, com esse temperamento rabugento você não vai passar dos 30 anos.
— Enfim, se é assim, que seja…
— Marco, por que você está enviando esse Garoto sozinho para o campo de batalha? Não seria mais eficiente todos nós atacarmos juntos?
— Porque eu quero testar as habilidades do garoto, fora que nós assassinos não jogamos com as mesmas regras dos soldados convencionais, e claro, também tem o fato de que ele é dispensável…
Se aproximando do campo de batalha, Arne, caminhando a uma distância perigosamente próxima do forte inimigo. Uma decisão idiota e insana para qualquer homem, finalmente perto o bastante para ter sua cabeça atingida por uma flecha inimiga, Arne faz um gesto com a mão direita e murmura. De repente, sua presença desaparece, os arqueiros inimigos que estavam com suas flechas miradas em Arne, são pegos de surpresa pelo desaparecimento completo do seu alvo. Sem entenderem nada, os dois arqueiros voltam suas atenções ao exército inimigo, confiantes pelo fato dos invasores não estarem tendo sucesso.
Arne, com sua presença escondida, mergulha sobre a água do fosso até a muralha do castelo, finalmente perto o suficiente dos muros, Arne usa suas adagas para escalar. Sobre rajadas de flechas e inimigos logo acima, Arne silenciosamente se apoia em uma das ameias do castelo, com um movimento rápido, Arne executa dois arqueiros e imediatamente pula do muro em direção ao lado interno do castelo. Os demais arqueiros ficam em choque ao verem dois dos seus companheiros morrerem do nada.
— O que foi isso? Eles desmaiaram?
— Não seja idiota, suas gargantas estão cortadas.
— Mas como? Eles não foram atingidos por nenhuma flecha ou inimigo?
— Não sei, talvez seja melhor avisar o general.
Dentro do castelo, Arne vai imediatamente até os portões do castelo, tendo em mente que sua habilidade de invisibilidade está quase no fim, o que torna sua missão mais crítica.
Arne, finalmente perto do castelo, se prepara para finalizar a missão a qual foi mandado. Com as adagas em mãos, pronto para finalizar os guardas e abrir os portões. E atingido por uma flecha de raspão, fazendo sua habilidade se esgotar, de repente, Arne se vê em uma situação complicada.
— Mas, o que!?
— Olá, Garoto!
Um homem alto, vestindo armadura de cota de malha, se aproxima de Arne.
— Quando me contaram, eu não acreditei, então realmente tinha uma aberração como você dentro do meu castelo. Finalmente estão nos levando a sério.
— Oh, garoto, seus pais não te deram educação? e falta de respeito não se apresentar, meu nome é Aarón, sou general do grande reino de Montes.
— Você realmente não vai se apresentar? que falta de consideração com o aniversário…
— Espera um pouco… Cadê ele?
Arne desfere um golpe por trás de seu adversário, Aarón bloqueia rapidamente com seu machado. Surpreendido pela agilidade de seu adversário, Arne toma distância, pensativo sobre o fato de seu ataque discreto ter falhado.
— Garoto, você é bem covarde, atacar o inimigo pelas costas enquanto ele se apresenta, onde está o seu respeito pelo adversário?
— Você não precisará de respeito quando estiver debaixo da terra.
— Finalmente! você falou comigo. Agora eu vou te mostrar o maior sinal de respeito que existe, vou te dar uma morte rápida.
Aarón empunhava seu machado, medindo a distância para seu esguio adversário. A luta não poderia se estender muito, tendo em mente que o castelo estava sob cerco.
Arne mantinha suas adagas escondidas, esperando o melhor momento para atacar. Estudava seu adversário e tentava encontrar padrões de ataques e semelhanças com seus adversários anteriores em seu histórico de assassino.
Aarón avançava lentamente, arrastando seus pés na areia. Arne permanecia imóvel, aguardando uma brecha para atacar, com um olhar atento e um rosto calmo. Esperava seu adversário se aproximar. Aarón projetou seu corpo para frente, preparando um ataque horizontal com seu machado. Seu adversário rapidamente desferiu um ataque rápido e certeiro nas axilas de Aarón. Antes de Arne terminar o movimento de suas adagas, Aarón entedeu que havia perdido o duelo. Arne entendendo que o maior obstáculo já havia caído, imediatamente vira sua atenção ao portão principal.
Arne avança em direção ao portão principal do castelo, sua determinação inabalável mesmo diante da adversidade. Ele sabe que cada segundo é crucial, com o cerco se estreitando e o destino do castelo pendurado por um fio. Com agilidade e destreza, ele enfrenta os guardas restantes, seus movimentos rápidos e precisos cortando qualquer resistência que se opõe a ele.
Enquanto isso, do lado de fora, os companheiros de Arne observam com ansiedade, sabendo que o sucesso ou fracasso desta missão depende da habilidade e coragem de um jovem assassino. Cada momento é uma eternidade, até que finalmente os portões se abrem, revelando o caminho para a vitória ou a derrota.
Marco lança um leve sorriso, e logo em seguida o exercito e os assasinos, partem em direção ao castelo inimigo. Com uma grande vantagem numérica, a batalha aos poucos se torna um massacre.
Em meio a vitória eminente do seu lado, Arne só pensava em uma coisa, a única coisa que verdadeiramente importa para ele.
ㅡ Bom Marco, agora que eu fiz o que você queria, será que agora você vai me ajudar com a minha vingança?