Isekai Corrupt - Capítulo 28
Sentado em uma carroça, Erick esperava, com o coração acelerado e a mente repleta de dúvidas. O sol se despedia no horizonte, tingindo o céu de laranja e roxo, e sua ansiedade aumentava a cada minuto que passava. O que teria acontecido? Ele realmente havia conseguido? A preocupação o envolvia como uma neblina densa, lembrando-o de que Ivan, o único que havia depositado confiança nele, estava prestes a aparecer.
Finalmente, ao longe, uma silhueta familiar se aproximou. Ivan caminhava em sua direção, e o coração de Erick disparou. — Será? Ele realmente conseguiu? — o pensamento ecoava em sua mente, e mesmo com a confiança que tinha no amigo, uma sombra de incerteza persistia. O plano de Ivan, repleto de mudanças inesperadas, deixava um gosto amargo na boca.
Quando Ivan chegou até a carroça, a surpresa se esvaiu, pois ele segurava a relíquia de Joy nas mãos. A visão da relíquia despertou um misto de esperança e medo em Erick.
— O que aconteceu? — sua voz saiu mais fraca do que ele gostaria.
Ivan sorriu, um brilho de triunfo nos olhos.
— Deu tudo certo.
A alegria transbordou no peito de Erick, e ele finalmente conseguiu relaxar. O peso que o oprimia começava a se dissipar.
— E… e o Joy? — A pergunta escapuliu como um sussurro.
— Está morto. Não precisa se preocupar mais com ele.
A confirmação foi como um alívio, mas a sensação de vitória vinha acompanhada de um gosto amargo. Ele realmente conseguiu matá-lo…
— Bom… eu só tenho a agradecer a você. Se não fosse por sua ajuda… — Erick começou a falar, mas Ivan o interrompeu.
— Se não fosse por mim? Você também teve seu papel.
— Hm… Em comparação a você, praticamente não fiz nada!
Ivan balançou a cabeça, um sorriso surgindo em seus lábios.
— Deixa disso. Se não fosse por você, eu não teria conseguido resolver tudo como fiz. O plano deu certo porque você estava ao meu lado.
As palavras de Ivan reverberaram no coração de Erick, fazendo-o sentir um calor que lhe subiu às bochechas. Um pouco envergonhado, desviou o olhar.
— Hm… se você diz… Mas e a relíquia? O que você vai fazer com ela?
Ivan ponderou por um momento, fazendo caretas enquanto parecia dialogar com seus próprios pensamentos.
— Bem, acho que vou ficar com ela.
— Isso é justo, já que você fez a maior parte.
— Não é só por isso… — Ivan hesitou, a seriedade em seu olhar crescendo. — Seria perigoso para você ter algo tão valioso em mãos. Relíquias de alto rank, como esta, são extremamente cobiçadas. Poderia atrair a atenção de pessoas indesejadas.
— Entendo. Nesse caso, é melhor que você fique com ela. — A resposta de Erick parecia mais um murmúrio do que uma afirmação.
— Exatamente. — Ivan estendeu a mão. — Boa sorte em sua nova jornada. Queria lhe dar algo para compensar o que você perdeu…
Erick balançou a cabeça, negando. Apertou a mão de Ivan, sentindo seu calor e um leve tremor. Medo? Ele perguntou.
— Eu que devo agradecer a você… Você me deu uma nova chance de seguir em frente. Você me ajudou a vingar a honra do meu pai, algo que eu não consegui fazer sozinho.
— Você é uma pessoa incrível, Erick. — Ivan comentou, com um brilho de admiração em seus olhos.
— Hm!? O que?! Do que você está falando? — A surpresa tomou conta de Erick, e ele não pôde evitar que o rubor invadisse seu rosto.
— Desculpe, é que você suportou tudo isso sozinho por tanto tempo… Eu não teria conseguido.
Enquanto falava, Ivan parecia se perder em uma lembrança distante, como se sua mente o levasse a um lugar diferente.
— Certo… chega de apertos de mão. — Erick tentou mudar de assunto, recolhendo seu braço.
— Ah! — A expressão de Ivan mudou, como se uma ideia tivesse surgido de repente. Ele começou a revirar sua mochila. — Toma. — Ele disse, lançando um objeto em direção a Erick.
— Isso… um anel!? O que… o que você está fazendo? — O espanto na voz de Erick era evidente.
— É uma das coisas que consegui ao derrotar Joy. Esse anel é uma relíquia bem interessante… Sinta-se à vontade para ficar com ele.
Erick agarrou o anel, um misto de surpresa e curiosidade nos olhos.
— Você tem certeza? … Não vai precisar dele?
— Não, pode ficar. Considere-o como um símbolo da nossa aliança… ou do nosso time, se preferir.
A risada escapuliu de Erick, descontraindo a tensão.
— Se é isso que você quer, então aceito… Mas, caramba, não chegue dando um anel a uma pessoa desse jeito! Você pode acabar confundindo os sentimentos.
— Levarei isso em consideração. E para onde pretende ir agora?
— Eu? Bem, estou pensando em ir à casa da minha irmã. Faz um tempo que não a vejo. Depois, quero reconstruir minha loja em outro lugar.
— Você tem uma irmã? — Ivan levantou uma sobrancelha, surpreso.
— Sim, ela é bem nova…
— Entendo… — Ivan sorriu, um brilho sincero nos olhos. — Ela é importante para você, não é?
— Hm? Claro que sim!
— Não é perigoso viajar à noite? Você vai ficar bem?
— S-sim… Eu vou ficar. Eu tenho uma relíquia que me ajuda a me camuflar bem durante a noite. Na verdade, é até mais seguro viajar assim.
— Bom, se é assim, não preciso me preocupar. — Ivan relaxou, mas um brilho de preocupação ainda dançava em seus olhos.
Erick sentiu seu rosto esquentar com a preocupação alheia. Era irritante, mas também reconfortante.
— Vou indo agora, obrigado por tudo, Ivan.
Ivan sorriu e coçou a cabeça.
— Não tem de que.