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Internet Cjaos - Capítulo 1

  1. Início
  2. Internet Cjaos
  3. Capítulo 1 - Inicio do Fim
Índice

Naquela segunda-feira a humanidade estava mais propensa a acreditar que a destruição terrestre viria de um meteoro do que o caos que se seguiria.

Charlie acordou cedo naquele dia, pronto para ir trabalhar. Havia dormido bem naquela noite, sua disposição estaria perfeita para enfrentar o que se seguiu.

De forma rotineira, tentou verificar as últimas notícias em seu celular, foi em vão, estava sem internet. Tentou então ver televisão, mas não havia sinal. Frustrado, resolveu ir ao trabalho mais cedo. Estava a sair quando o velho telefone fixo da sala tocou.

“Mais uma cobrança”, pensou. A ligação seria ignorada, caso Charlie não sentisse uma vontade sobrenatural de atendê-la e mandar a atendente ir a merda e parar de ligar, ele não conhecia nenhum Sílvio. Injuriado, atendeu.

— Charlie? — Para a surpresa dele, era o seu chefe no telefone. — Graças a Deus você atendeu. Escute-me bem, não venha trabalhar hoje. Os servidores da empresa caíram e o bairro todo está sem energia.

— Entendo, há algum motivo para a falta de energia?

— Até agora não, já tentei contatar a empresa de telefonia, sem resposta até agora. Caso você encontre o Michael, sei que ele mora perto de você, avise-o para que não venha trabalhar também. Já tentei ligar para todos, ninguém atende, parece que não há mais uma alma com um telefone de linha fixa hoje em dia.

Charlie despediu-se e desligou. O que ele iria fazer naquele momento?

Ainda pensativo sobre o acontecido, ele pegou um engradado de refrigerantes e sentou-se na frente do computador. Estava sem internet, logo só poderia acessar programas baixados previamente. Clicou no ícone do xadrez, animado para desafiar o computador outra vez. Em vez disso, recebeu Rick Astley em sua tela.

— Fala sério! — gritou irritado.

Estava a ponto de quebrar o computador, todavia foi atrapalhado por batidas ininterruptas na porta. Era o seu amigo Michael, também apelidado de Mike, ele estava ofegante, o suor escorria no seu lustroso cabelo castanho.

— Você já sabe? — perguntou para Charlie.

— Sei do que? 

— Do caos?

— Não, eu não sei, desembuche logo.

Ainda cansado, Mike sentou-se no sofá e foi acompanhado pelo amigo.

— Explodiram uma bomba em São Francisco.

— Outro atentado? Esse é o terceiro apenas neste mês

— Essa não foi como as de Pequim e Moscou, essa foi bem pior… — Mike ficou calado por um curto tempo, ele debatia a veracidade da história. — Uma bomba de cobalto foi detonada.

— Não brinque com essas coisas.

— É verdade, eu li ontem a noite sobre isso, as imagens são fortes. 

— Eu não vi nada disso na internet.

— Logo depois do atentado cortaram todos os serviços de comunicação do mundo.

— Do mundo todo? — Charlie saltou do sofá.

— É uma tentativa de ocultar o que realmente está acontecendo.

— Explique melhor.

— Os ataques a Pequim e Moscou foram apenas o primeiro passo, alguém quer desestabilizar a ordem e trazer a anarquia. São Francisco foi o estopim para o início do fim, a última notícia que li dizia sobre uma nuvem de cogumelo que surgiu em Washington.

— Isso é mentira, por isso que cortaram os meios de comunicação, não querem que mais notícias falsas desestabilizem a sociedade.

— No tabuleiro global, nós não somos nem peões, somos uma poeira inútil que se move sobre as casas. 

— Que horas você leu sobre isso?

— Duas da manhã de hoje. 

— Você tem dinheiro guardado sem ser no banco? 

— Quem ainda tem dinheiro físico hoje em dia? 

Charlie correu às pressas para o porão. 

— Ei ei, o que você está pensando em fazer? — indagou Mike.

— Lembra quando a gente era pequeno e o meu pai proibia-nos de vir para cá? 

Mike acenou com a cabeça.

— Quando ele estava em seu leito de morte, eu descobri a verdade — Charlie revirava caixa após caixa do porão. — Meu avô era um teórico da conspiração que acreditava que a guerra nuclear iria estourar a qualquer momento.

— Guerra fria, normal para aquela época.

— Meu pai contou que o meu avô comprou um ingresso para cinco pessoas em um bunker. Ele disse que no porão existia um relógio com a palavra Nuclear Worm, a última vez que eu vi o aparelho, depois do velório do meu pai, faltavam trinta anos para o apocalipse.

— Acredito que ele errou por uma pequena margem — comentou Mike ao ajudar o amigo.

— BINGO — gritou Charlie ao encontrar o aparelho.

Era um relógio de pulso, nele a inscrição Nuclear Worm e um cronômetro com a inscrição Beginning of the End (Inicio do Fim). Segundo o relógio faltavam exatamente vinte nove anos, oito meses e cinco dias. 

— Acha que isso é o ingresso do seu avô?

— Se não for, nós estamos perto de descobrir qual é.

Perplexos, os dois tentavam entender o significado daquele objeto. O telefone fixo da sala então começou a tocar. Charlie correu para tentar atendê-lo, mas na hora que chegou o telefone parou de tocar.

— Quem era?

— Não sei, não consegui atender.

O telefone tocou outra vez.

— Alô? — atendeu Charlie.

— Charlie Jahonesburg — falou a voz do outro lado da linha.

— Sou eu.

— Charlie responda-me, você gostaria de participar de algo maior?

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