Hino da Criação: A Reencarnação da Deusa - Capítulo 10
— É o que?! Sua!!! ((╬◣﹏◢)) — exclamou Galatéia, visivelmente irritada.
— Sim! Foi isso mesmo o que você ouviu, hihihi! — respondeu Catherine, com uma clara expressão de superioridade estampada em seu rosto.
— Você não passa de uma aproveitadora, sua vampira estranha! (# ̄0 ̄)!!
— Estranha? A Princesa vive me elogiando, sua fadinha tola! — retrucou a segunda, dando risada.
— Ela faz isso por pena! Kukuku! Ai, ai… essas pessoinhas que ficam felizes com qualquer coisinha. Pff! ~~( ̄▽ ̄)~~
— Ora, sua… Grrrr!!!
— Rooaarrr!!!! ヾ(҂’ ロ ‘)ツ
C-(メ’ ロ ‘)—O VS G(‘⌒’Q)
E com o comportamento delas ficando cada vez pior, a serva de Lycoris ergueu-se de sua poltrona, caminhou na direção das garotas e ordenou:
— Comportem-se vocês duas! Viola, Galatéia! — disse, dando um tapa na cabeça de cada uma delas.
— Ai! — Catherine exclamou, se retraindo.
— A minha cabeça, Rin! (0﹏0) — acrescentou Galatéia, exibindo uma carinha de choro.
— Estamos em um hospital! Fiquem quietas e parem de causar problemas! — bradou a mulher, enquanto lançava um olhar de desaprovação para as duas garotas.
— Ihh!!
— °(≧□≦)!!!
— Estou sendo clara?! — indagou, em um tom ríspido.
— Afirmativo, divina Kaiserin!
— Tão clara quanto o dia, malvada Rin! 。゚・ (>﹏<) ・゚。
E com uma expressão que dizia: “É bom que tenham entendido mesmo”, ela completou:
— Que isso não se repita!
“A Ruler se parece com uma daquelas tutoras bastante rígidas, rs!”, pensou Lycoris, sorrindo, enquanto tentava segurar o riso.
E após observar as duas garotas massageando as suas próprias cabeças, ela estendeu a sua mão na direção delas e exclamou:
— Aqui, deixa eu ver se não ficou nenhum machucado, Catherine, rs!
E a vampira — não perdendo tempo — respondeu:
— Princesa! Você é tão gentil… — disse a garota, sorrindo, um pouco antes de se jogar nos braços da primeira.
E enquanto Lycoris acariciava a cabeça de sua prima, ela repetia, baixinho:
— Dor, vá embora! Dor, vá embora, rs! — como se estivesse lançando um feitiço.
Sentindo-se excluída pela sua amiga, Galatéia vociferou, exasperada:
— Também estou aqui, LYCORIS! Mas pelo visto, você prefere essa vampira duas olhos‐vermelhos bem aí! Hunf~ (→_→) ~inveja~.
Ao presenciar a reação inusitada de sua fadinha, Lycoris sorriu. E enquanto ria, acrescentou:
— Me desculpe… me desculpe, Galatéia! Não fiz por mal, rs. Venha! Deixe-me abraçá-la também!
A fadinha virou o seu rosto para o lado — fazendo beicinho — e então respondeu, inconformada:
— Hunf! <( ̄ ﹌  ̄)> Não pense que poderá me comprar assim tão fácil e–
Com um movimento ágil e preciso de suas mãos, Lycoris agarrou a pequena criatura que flutuava no ar e, enquanto a abraçava, declarou:
— Você é uma garota tão problemática, minha adorável fadinha!
— (≧◡≦) ♡
Após acompanhar aquela cena com um olhar de desaprovação, a serva de Lycoris pontuou:
— Você as mima demais, Mestra! — disse a mulher, enquanto balançava a sua cabeça em sinal de negação. — Se continuar tratando as duas desta forma, o comportamento delas só tende a piorar com o tempo!
— Você não entendeu, Ruler — disse a primeira, sorrindo. — Esse é o jeito delas de demonstrar amor e carinho pela outra, rs.
E com uma expressão horrorizada estampada em seus rostos, as duas responderam, ao mesmo tempo:
— Nunca, Princesa!
— Nem em meus piores pesadelos! o(><;)○
E enquanto ria, Lycoris completou:
— Viu só o que eu disse, rs?! Elas se amam!
Kaiserin, também chamada de “Ruler” pela sua mestra, era uma das Grandes Entidades Cósmicas que governavam o Universo Narrativo Canônico.
Ela possuía a mesma aparência física que a sua soberana, sendo a maior diferença visível entre as duas: O seu ar maduro, seus olhos cor-de-púrpura — que diferente da primeira, possuía dois losangos em suas pupilas — cabelo ondulado e busto mais avantajado.
Além das características físicas, a sua personalidade também se distanciava da primeira. E onde Lycoris se parecia — e se portava — como humana, Kaiserin, por sua vez; destacava a sua natureza divina. Sendo ela, reconhecida como a manifestação física do conceito de Ordem.
Ao seu lado, conversando de maneira despreocupada com ela; estava o treinador pessoal de artes marciais de sua soberana.
Jhon, como era chamado o mestre de Lycoris, tinha por volta de seus vinte e sete anos, possuía um corpo robusto, pele clara, cabelos pretos, olhos escuros e diversas tatuagens estampadas em seu corpo. Sendo a principal delas, uma caveira tatuada em seu pescoço.
Apesar do seu jeito bruto, voz pesada e olhar afiado; o seu estilo visual remetia aos grandes rappers da Cidade Portuária, sendo ele, um dos melhores.
Após lançar o mesmo “feitiço” em sua fadinha — e abraçá-la incontáveis vezes — Lycoris voltou sua atenção para o relógio digital pendurado na parede de seu quarto, leu as horas e, em seguida, questionou:
— Ruler, você sabe onde está a mamãe?
A mulher de olhos cor-de-púrpura ergueu uma de suas sobrancelhas, apoiou a xícara de chá que bebia em suas pernas e, imediatamente, respondeu:
— A Lorde Lilith veio aqui mais cedo para assinar a sua liberação médica, e até passou algum tempo aqui, contigo. Porém, pouco tempo depois, ela recebeu um chamado da alta realeza vampírica, para cuidar de… “um certo assunto urgente”.
— Como sempre, ela continua muito atarefada, rs! — pontuou Lycoris, entristecida.
— No entanto, o hospital já informou a Nobre Lilith sobre o seu despertar, e assim que você receber alta, vamos poder nos encontrar com ela!
Um sorriso genuíno se formou de ponta a ponta no rosto da primeira e, com o seu coração palpitando de alegria, ela acrescentou:
— Não vejo a hora de revê-la! Afinal, já faz algum tempo desde a última vez que estivemos juntas, rs.
— Além disso… — continuou Kaiserin, enquanto exibia uma expressão travessa. — A sua irmã mais nova também está aqui, com ela!
Ao ouvir essas palavras, Lycoris imediatamente arregalou os olhos, e enquanto eles brilhavam como luzes de neon, a garota completou, sorrindo:
— M∀LICE!
Um calor aconchegante tomou conta do seu peito, e um indescritível sentimento de alegria se apoderou dos seus sentidos. E enquanto ela relembrava de sua família, o véu que envolvia o mundo físico logo se distorceu e, de uma fenda que se abriu bem no meio do quarto; uma figura feminina adulta — de cabelos platinados e vestes claras — se apresentou diante dela.
— É realmente maravilhoso vê-la feliz, minha adorável criança! — disse a mulher, sorrindo, enquanto desfrutava daquela cena.
— Deusa Edea! — bradou Lycoris, encantada, enquanto a sua face transmitia o seu estado típico de alegria.
Com a exceção de Kaiserin — que simplesmente acenou para ela — todos fizeram uma mesura para a Entidade. E após cumprimentar cada um deles, a mulher de olhos-prateados e presença sacra, se moveu para o lado de Lycoris.
— O que está fazendo aqui, Edea? — perguntou a garota, surpresa. — Você não estava ocupada com a reunião dos Chefes de Estado?!
— Uma boa mãe sempre arruma tempo para ver suas crianças, por mais atarefadas que elas estejam, rs! — respondeu a mulher, exibindo um sorriso gentil.
E após abraçar carinhosamente o corpo da primeira, a Entidade acrescentou:
— Parabéns pela vitória, Lycoris! Você realmente se esforçou, Filha do Criador Einzige! — disse, enquanto fazia carinho na cabeça da garota. — A Virtuosa certamente ficaria feliz vendo isso!
Com os seus olhos cheios de lágrimas — e o seu coração palpitando de alegria — Lycoris respondeu, sorrindo:
— Sim… Sim!