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Devore o Exorcista - Capítulo 6

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  3. Capítulo 6 - ANEX
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Índice

Segunda-feira, 02:23.

A Associação recebe uma denúncia de ataque demoníaco categoria “B” no Distrito das Luzes, região demarcada pelo mercado negro.

Avistada a presença de cinco Possuídos de nível inferior esparsos pela região. Alerta de perigo civil.

O Departamento de Contenção envia a Primeira Divisão ao local.

═───────◇───────═

 — Que merda aconteceu aqui?

Um homem jovem, na casa dos vinte anos, observava a situação um pouco assustado.

— É o mesmo de sempre — respondeu outro homem de forma convicta. — Algum idiota querendo ser Deus.

Este segundo homem não demonstrava qualquer sinal de medo. Em seu ombro, carregava um braço humano decepado de quase dois metros e meio, como se fosse uma espada.

Ambos possuíam aparências semelhantes: cabelos curtos, pele clara e olhos pretos. As únicas diferenças eram seus tipos corporais e idades, sendo o segundo homem muito mais alto, musculoso e velho. Além de claro, as armas que carregavam.

— Podem parar de conversa fiada e me ajudar aqui?! — Uma voz feminina ressoou.

Uma mulher adulta de cabelos claros e olhos azuis tratava de empilhar no meio da rua os resquícios humanos daquelas aberrações asquerosas.

O suor escorria por sua testa, depois de ter carregado dezenas de membros que deveriam pesar o dobro do seu peso.

— Ajuda com o quê? Você já terminou tudo — disse o homem de meia idade.

— Por que será, né?! Vocês acham que o nosso trabalho é só matá-los?

— Desculpa… — O rapaz mais novo abaixou a cabeça.

— Não sei, não! — O outro não pareceu concordar. — Eles não me pagam o suficiente pra isso. Por que não colocamos nossos subalternos para fazer essa merda?

— Pode ser que você não tenha percebido, dada a sua cabeça oca, mas eles já estão recolhendo os corpos dentro do Mercado de Escravos! Além de que vários morreram, também.

Irritado, o homem arremessou o membro que carregava sobre a pilha atrás da mulher, errando-a por pouco.

Ele bufou e saiu resmungando, enquanto a outra só suspirava.

— Senhorita Layla, sobre mais cedo, desculpa…

— Tudo bem — disse com uma voz compreensiva. — Você ainda é novo, vai pegar o jeito com o tempo.

Colocando a mão no ombro do rapaz, ela continuou:

— Aqueles eram metamórficos. São basicamente humanos que foram tocados por um devorador. Animais também podem ficar assim.

— E-Espera, então basta que um deles te toque para…

— Sim — interrompeu o nervosismo do rapaz. — Mas, pra isso, de duas, uma: ou você precisa estar morto, ou você faz parte de um acordo.

O rapaz se tremeu inteiro. Vendo a sua reação, Layla decidiu provocá-lo:

— O problema é que você nunca sabe quando está em um acordo ou não. Quando souber, já vai ser tarde demais.

Os olhos dele saltaram numa expressão de pavor. A mulher não conseguiu segurar a risada.

— Ei, por que você está rindo?! Isso é sério?! Você só está me provocando, ne?!

— Hahaha! Foi mal, a sua cara foi impagável. — Ela limpou as lágrimas nos cantos dos olhos. — Mas tudo que eu disse é verdade. É por esse motivo que usamos isso.

Ela ergueu a regata preta que vestia.

— Ca-calma aí, senhorita! Você não deveria se mostrar assim! — Ele tampa os olhos com as mãos, emvergonhado.

— Olha logo!

Mesmo receoso, o rapaz abaixou lentamente as suas mãos. Foi quando viu, sobre o lado esquerdo do peito da mulher, pouco acima do sutiã, uma enorme tatuagem de um lince.

Porém, não parecia ser uma tatuagem normal. A tinta emitia um leve brilho azulado e os contornos eram instáveis, fazendo a imagem se contorcer incessantemente.

Impressionado, o rapaz analisou aquilo, tentando entender do que se tratava.

— A tatuagem fica mais pra cima, seu tarado.

— E-Eu não…!

Ela abaixa a regata e dá uma risadinha. Em seguida, caminha em direção à casa de escravos.

— Mais para a frente, você vai entender o que eu quis dizer.

Com o rosto vermelho, o rapaz apenas acompanhou-a em passos rápidos.

Ao entrar no local, ambos se deparam com mais uma pilha de carne humana. Porém, dessa vez, não eram de monstros.

Alguns sujeitos franzinos de aparência mal-acabada estavam do lado da pilha, ajoelhados. A expressão deles exibia um medo profundo.

Um deles, porém, estava caído no chão. Ao lado, jazia o que parecia ser um medalhão.

Ele estava sendo espancado.

— Ei, Dex, o que é que você tá fazendo?! — A mulher correu até o homem musculoso mais velho.

— Esse merdinha tá roubando da Associação! — Mais um par de chutes atingiram a barriga do rapaz no chão, que já devia ter vomitado tudo em seu estômago.

— Tá bom, já chega!

Layla empurrou Dex e se colocou à frente do garoto. O exorcista mais novo apenas observou tudo, nervoso.

Ela se agachou e pegou o medalhão do chão. Ele tinha algumas inscrições nele e continha um espaço para senha no centro. Era claramente um cadeado.

— Aqui, levanta — disse com uma voz doce, ajudando o subalterno a se sentar. — Você não pode pegar nada de uma cena de ataque demoníaco, ok? É contra a lei.

Com o rosto completamente inchado e o corpo repleto de sangue, ele permaneceu estático.

Layla se perguntou se ele não estava a escutando, mas foi quando percebeu que, na verdade, ele nem sequer estava olhando para ela.

Ele olhava para algo atrás dela.

— Onde você achou isso? — Uma voz profunda ressoou pelo ambiente.

Quando Layla virou a cabeça, tanto Dex quanto o outro novato estavam prostrando-se.

Quando ela enxergou quem era, imediatamente fez o mesmo.

Um homem alto de terno, cabelos negros e olhos amarelos encarava-a de cima com um olhar penetrante. Sua simples presença era capaz de amedrontar a mais valente criatura.

— Senhor! — exclamou como um sinal de respeito. — Foi o subalterno quem o encontrou!

O homem olhou para o rapaz acabado sentado no chão. Seu rosto permaneceu inexpressivo.

— Ele não o encontrou, senhor! Ele estava roubando! — exclamou Dex.

O olhar sanguinário de Layla chegou até Dez, que franziu as sobrancelhas.

— Onde você achou isso? — O homem perguntou novamente, dessa vez olhando para o subalterno.

O ambiente foi tomado por um silêncio excruciante. Até que, de repente, uma voz rompeu a quietude.

— Não te interessa, seu fudido de merda!

Três facas cortaram o ar. O garoto no chão se levantou. Seus braços ensanguentados flutuando ao ar depois do arremesso. O alvo?

A cabeça de Isaiah.

— Senhor! — Três vozes espantadas ecoaram quase ao mesmo tempo.

No entanto, antes que qualquer um dos exorcistas fosse capaz de reagir, Isaiah, o homem de terno, já estava com as três lâminas dentre seus dedos.

Ele abaixou seu olhar até o subalterno desacreditado no chão. Seus lábios se moveram lentamente, pronunciando um nome.

Todos observaram, paralisados. Cada um deles já sabia o que lhes esperava.

— Culpa, engula.

Do pleno ar, o que parecia ser um crânio humano descarnado surge com sua imensa boca aberta.

Num piscar de olhos, a cabeça do garoto é consumida pela figura esquelética.

As expressões de terror acompanham tudo. A criatura some com o vento, deixando somente um cadáver decapitado para trás.

Em sua frente, o carrasco apenas encarava em silêncio.

Isaiah arrumou sua gravata e saiu rumo à cidade, passando pelos seus subordinados em choque.

— Deixem tudo limpo. Nós temos que encontrar algo.

Nos olhos dourados, o medalhão com a senha reluzia. O cadeado de um item de Contenção Demoníaca.

Para estar destruído dessa forma, só podia significar uma coisa. E Isaiah tinha plena ciência disso.

Alguém estava portando um Talismã.

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