Cursed Reincarnation - Capítulo 2
Parte 1
Depois da visita do Mago Conor, minhas esperanças foram destruídas e o ódio tomou controle de meus pensamentos. Em meu peito, há apenas um sentimento amargo e vicioso de raiva que me traz emoções negativas e intensas. As lembranças dos fracassos da minha vida passada voltaram a me assombrar.
Cada vez que fui rejeitado, cada vez que não soube agir, cada vez que passei vergonha se transformou em uma lembrança agonizante que alimenta minha fúria mais e mais.
Conforme os dias passam, eu vou ficando gradativamente mais paranoico com a ideia desse mundo ser um inferno. Pode ser que não seja o lugar de verdade, porém, a maldição sem dúvidas faz esse lugar parecer um inferno para mim. Uma maldição que vai me fazer viver mais uma vida sem poder ter a chance de saber como é ter, pelo menos, amizade com uma garota.
Não que eu precise de uma garota para ser feliz… Claro que não. Sou um homem autossuficiente que não precisa de ninguém para sobreviver, porém, o fato de nunca ter conseguido uma namorada me dá uma enorme sensação de derrota. Essa sensação é ainda maior pelo fato de eu ter sido um cara extremamente bonito e ter feito de tudo que achei que fosse certo para agradar as mulheres, mas mesmo assim ter fracassado.
Preciso me livrar desse ódio e desses pensamentos logo se não vou explodir.
Parte 2
Umas semanas se passaram e nada mudou, continuo com o ódio fervendo dentro de mim.
Essa noite não estou conseguindo dormir direito, pois fico me torturando imaginando cenários fictícios onde eu conseguiria de alguma forma ter sucesso no meu objetivo de conseguir uma namorada na minha vida passada se eu tivesse feito alguma coisa diferente. Sem aguentar mais fazer isso, saio de meu quarto e decido vagar pela casa para passar o tempo até o sono chegar.
Neste momento, a casa está toda escura e todos parecem estar dormindo.
Meu quarto fica no segundo andar perto das escadas, e é o mais distante do quarto dos meus país. Jereff me colocou aqui para evitar que minha mãe e eu nos encontremos e a proibiu de olhar para mim. Essa parece ter sido a única coisa que ele conseguiu imaginar para evitar que ela demonstre seu ódio contra mim.
Enquanto eu vagava sem rumo pelos corredores, vi que uma das portas estava um pouco aberta e uma luz fraca saía de dentro dela. Era o quarto das empregadas, elas e o mordomo também moram aqui. O mordomo tem seu próprio quarto e as empregadas têm dois, sendo que três delas dormem em um e duas dormem em outro.
Fiquei curioso do porquê estarem acordadas tão tarde da noite, dessa forma me aproximo silenciosamente da porta e olho para dentro pela fresta para saber o que está acontecendo. De modo que, surpreendentemente, uma imagem divina deleita meus olhos.
Duas belas mulheres se beijando fervorosamente à luz de velas. Uma visão esplêndida, estupenda e deliciosa de sexo lésbico está acontecendo diante de mim. Olhar para elas se esfregando enquanto seus seios estão transbordando para fora de suas roupas faz minha mente perturbada ficar anestesiada.
“Isso é muito bom… Mas tem alguma coisa errada.”
Minha mente ficou mais leve vendo uma cena tão aliciante como essa, no entanto está faltando alguma coisa. É uma sensação que não consigo descrever direito, porém a falta dela está me incomodando. Olho para baixo e não vejo nada fora do normal, porém, logo entendo o que está faltando.
“Droga… esse corpo ainda é muito novo.”
Era isso… São os hormônios explosivos da adolescência que estão fazendo falta. Esse corpinho de criança não vai me dar alegrias tão cedo, lembrar disso me irrita profundamente.
Mas então tive uma ideia.
E se eu contasse para alguém o que essas duas estão fazendo? Ainda não ouvi falar nada sobre, mas pode ser que esse mundo tenha uma religião muito forte que condene relacionamento lésbico. Talvez seja por isso que elas estão se esfregando tão tarde da noite, provavelmente para esconder das outras pessoas.
“O que será que vai acontecer se eu contar para alguém? Será que elas vão ser enforcadas? Ou apedrejadas? Ou talvez até torturadas?”
Meu interesse agora mudou, como meu corpo ainda não vai dar respostas a estímulos sexuais pelos próximos dez anos, tenho que pensar em outras coisas para ocupar meu tempo. Agora, quero ver o que vai acontecer com essas duas depois de delatá-las. Espero que isso cause sofrimento a elas, pois ver o sofrimento de quem está feliz sempre me faz sentir melhor.
Dessa forma, saio dali e vou em direção ao quarto de Alfonsi. Jereff não está em casa hoje, então vou ter que mostrar essa cena para o mordomo.
Bato na porta e espero por uma resposta, então ela se abre.
— Jovem senhor, algum problema? — Disse o velho mordomo com o rosto amassado de dormir.
— Estou ouvindo um barulho perto do meu quarto que não me deixa dormir. — Digo isso a ele como parte do plano para ter certeza de que as duas vão se danar.
— Barulho? Onde? Irei verificar imediatamente.
— Por aqui.
Depois disso, levo o mordomo em direção ao quarto das empregadas e aponto para a porta com a luz saindo dela.
— Ali. Não consigo dormir com o barulho que sai dali.
— Entendo, irei repreendê-las e acabar com isso.
Então Alfonsi vai em direção a porta e a abre com força. As duas mulheres pulam da cama de susto quando veem que foram descobertas.
— Repugnante.
— Alfonsi. Por favor, não é o que você está pensando. — Disse a tia do balde enquanto tentava esconder suas partes nuas.
— Por favor, eu imploro que não conte a ninguém. — Disse a tia da cozinha 2 enquanto se enrolava em lençóis.
— Basta. Ter relações sexuais na casa de seu empregador é absolutamente inadmissível. E vocês ainda por cima acordaram o jovem mestre com seus barulhos lascivos.
— Por favor, Alfonsi.
— Não nos mande embora.
Ver as duas chorando e implorando por perdão em desespero me fez sentir melhor. O desespero no rosto delas abriu um sorriso largo em meu rosto agora que finalmente fiz uma maldade decente. Porém, elas aparentam estar com medo de serem demitidas e não de serem mortas. Será que o homossexualismo não é um tabu nesse mundo?
No dia seguinte as duas foram expulsas da nossa casa. Enquanto elas estavam indo embora, escutei seus murmúrios de raiva e aflição quando estavam arrumando as malas para ir embora e descobri umas coisas importantes que ainda não tinham passado pela minha cabeça saber.
Segundo elas, nossa casa está localizada na Vila Flamboyant que pertence ao país Garish. Parece que elas vão consultar um tal Lorde Éder Rampant, que governa essa vila, para arrumar um novo emprego.
Fiquei mais curioso sobre esse mundo ouvindo mais informações sobre ele, porém o fato de aqui poder ser o inferno e essa maldição ainda me deixam desconfortável.
De qualquer forma, Alfonsi teve que sair para arrumar substitutas enquanto minha mãe nem mesmo chegou a se envolver no assunto.
Admito que fiquei um pouco decepcionado com apenas a demissão das empregadas, esperava alguma coisa mais desumana, que elas fossem entregues para algum culto religioso para serem torturadas. No entanto, mesmo não tendo acontecido nada demais, comecei a me sentir com o peito mais leve. Agora não estou mais sentindo tanto ódio quanto antes. É incrível como apenas fazer uma maldade pode ser tão bom para mim.
Parte 3
Foi um ano improdutivo esse que passou, depois de terminar de aprender a língua deste mundo eu não estava com vontade de fazer nada. Não tinha nada de interessante para uma criança fazer também. Tentei ler outros livros que achei no quarto, mas todos eles eram anotações feitas por Jereff.
Jereff é um nobre, seu nome inteiro é Jereff Kallavan, ele é o chefe da família Kallavan. Segundo Alfonsi, parece que nossa família tinha muitos membros e poder quase ilimitado, mas o rei do nosso país de origem começou a caçar todos os membros da nossa família por alguma razão, sobrando apenas Jereff e seu sobrinho. Ainda não fui apresentado ao meu primo, seu nome é Lorran Kallavan e ele está tentando reconstruir nossa família junto com meu pai.
Os livros de anotações no quarto parecem conter nomes de aliados e endereços de terras que possuímos. São muitos, e a cada dia que passa meu pai coloca um risco em um nome ou em um endereço. Provavelmente são aliados e posses perdidas.
Não tenho o que falar da minha mãe. Seu nome é Karen Kallavan e ela é filha de uma família nobre inimiga do rei do país que está caçando nossa família. Jereff provavelmente casou com ela apenas para conseguir aliança com a família dela.
Pois bem, como eu disse antes, não há nada que uma criança possa fazer aqui. Preciso de algo pra entreter meu cérebro. Então pedi a Jereff por um livro de história. Quero passar meu tempo lendo lentamente um livro. Um livro não será o suficiente pra me entreter pra sempre, mas pelo menos terei mais assuntos novos para pensar sobre.
Parte 4
Aniversário de 2 anos. Como não tive uma festa de aniversário quando fiz um ano, pensei que não se comemorava aniversários neste mundo. Jereff parece muito feliz hoje, foi ele que organizou tudo. Ultimamente tenho visto-o pouco, ele tem saído a trabalho muitas vezes e ficando até 2 semanas longe de casa, sempre voltando com uma cara de cansado.
Ele mandou fazer um banquete especial para três pessoas. Eu, Jereff e Alfonsi… Sem Karen. A maldição nunca a deixaria ficar perto de mim sem sentir ódio e me deixar extremamente desconfortável.
— Filho, eu tentei convencer sua mãe a vir. Mas você entende, não é? Por favor não a odeie. Ela não tem culpa pela maldição.
— Eu sei pai… Não há motivos para eu odiá-la.
— E me desculpe por não comemorar seu aniversário de 1 ano. Descobrir sobre a maldição e meu trabalho acabaram atrapalhando tudo…
— Tudo bem. Não me importo com isso.
Por causa dessa maldição não posso conviver com minha mãe. Sempre vivemos em lados opostos da casa. Karen não parece se importar de viver assim.
E, sinceramente, eu também não. Nunca tive uma mãe na minha vida passada, afinal eu nunca considerei aquela mulher uma mãe.
Porém essa maldição me deixa irritado… Ser odiado sem motivo por todas as mulheres. Essa maldição que aquela mulher me colocou me faz querer chorar de ódio todos os dias.
No entanto, eu renasci neste mundo de magia. Apesar de o Mago Conor ter dito que nunca ouviu relatos de pessoas que nasceram com maldições tenham conseguido quebrá-las. Eu posso tentar eu mesmo quebrar.
Estive por um bom tempo pensando no motivo de eu ter vindo a este mundo, com certeza há um motivo para eu renascer com essa maldição também.
Possivelmente é para conseguir achar uma maneira de quebrá-la e resolver alguma coisa neste mundo. Pelo menos, assim espero.
Enquanto eu pensava isso, Jereff me trouxe um livro. Era o livro que pedi, o livro da história desde mundo.
— Aqui está, é o que você me pediu. É um livro mitológico sobre a origem do nosso mundo. Porém não conta a origem e a organização das civilizações atuais, são apenas lendas de um passado distante.
— Muito obrigado Papai! Estou satisfeito com ele.
— Bom… então vamos comer para celebrar esse dia importante.
— A mesa está servida — disse o mordomo.
Assim, eu, Jereff e Alfonsi começamos a comer. A mesa estava repleta com vários tipos de carnes. É costume deste mundo comer muita carne no aniversário, carne ao invés de bolo. Porém, não consigo dizer de que animal é cada carne. Os gostos são todos diferentes do meu mundo anterior, mas não deixam de ser delicioso.
Quando o banquete acaba, penso em fazer mais um pedido a Jereff. Decidi me tornar um mago para poder estudar essa maldição. Ter um mago como Conor me ensinando seria bom. Como ele é amigo de Jereff, acho que não deve ser difícil isso acontecer.
Então, enquanto o mordomo limpava a mesa, fiz meu movimento.
— Papai, quero estudar magia o quanto antes, preciso aprender rapidamente para poder pesquisar sobre minha maldição. Eu quero fazer de tudo para quebrá-la.
— Ho… Isso parece uma boa ideia. — disse ele enquanto segurava o lado direto do bigode.
— E então?
— Vou contratar alguém para te ensinar, mas…
— Mas?
— Quero que você comece a ter aulas de etiqueta também. Um nobre deve saber se comportar adequadamente.
— Ok, isso parece justo. Farei como o senhor pediu.
Depois disso, me despedi de Jereff e do mordomo e fui para o meu quarto. Estudar magia e virar um mago é realmente muito legal, mas agora tudo em que estou interessado é esse livro que ganhei. Ler sempre é bom, me faz esquecer dos meus problemas. Enquanto leio não penso na desgraça que é ser odiado pelas mulheres.
Sobre o livro, vou resumi-lo.
Parte 5
Título: Coletânea das mitologias do mundo mágico.
Autor: Aventureiro invisível, Lucas Colombio.
No começo, existia nada.
Tudo era vazio.
E nada pode viver no vazio, com exceção do Deus do vazio.
O Deus do vazio decidiu então inventar o tempo.
E conforme o tempo passava, um sentimento de solidão começou a nascer dentro do Deus do vazio.
Ele então planejou criar outros seres para fazer companhia a ele para conseguir acabar com sua solidão, porém, apenas o Deus do vazio pode viver no vazio.
Não importava o quanto ele tentasse, tudo o que ele dava vida morria, pois o vazio é um lugar mortal, ninguém pode viver lá além dele.
Então o Deus do vazio tomou uma decisão, ele decidiu destruir o vazio. Porém, destruir o vazio significava destruir a si mesmo. No entanto, ele preferia desaparecer a continuar sentindo aquele sentimento de solidão.
Dessa forma, usando todas as suas forças, o Deus do vazio se destruiu, levando com ele todo o vazio. E deixando 6 pedaços de sua existência para trás.
Esses 6 pedaços tinham o papel de criar um mundo e dar vida a todas as coisas existentes atualmente.
Deus da luz.
Deus da escuridão.
Deus das montanhas.
Deus das florestas.
Deus dos oceanos.
Deus do abismo.
Os 6 pedaços do Deus do vazio se tornaram os criadores do nosso mundo.
O Deus da luz criou o Sol e a raça élfica.
O Deus da escuridão criou a noite e a raça demoníaca.
O Deus das montanhas criou as montanhas e a raça dos anões.
O Deus das florestas criou as florestas e a raça das bestas.
O Deus dos oceanos criou os oceanos e a raça dos homens peixe.
O Deus do abismo criou o limbo e as criaturas do abismo.
A raça humana misteriosamente apareceu de lugar nenhum. Uma raça sem um Deus criador, fruto apenas do acaso.
A raça élfica vive em seus castelos de luz. A raça dos anões vive dentro das montanhas. A raça das bestas vive dentro das árvores. A raça dos
homens peixe vive no fundo do oceano. A raça demoníaca vive em buracos no fundo da terra. E as criaturas do abismo viviam no limbo.
Os humanos, apesar de não terem um Deus, foram a raça que mais prosperou nesse mundo.
As criaturas do abismo são as únicas que não prosperaram. Elas eram seres irracionais que apenas sabiam matar e destruir. Sua existência era um incomodo para as outras raças. Já que, todos os dias, do abismo de uma floresta, de uma caverna ou de um grande buraco as criaturas do abismo saem do limbo para destruir e matar tudo o que veem pela frente.
O Deus do abismo, criador das criaturas do abismo, herdou um sentimento do Deus do vazio.
O sentimento de saudade de flutuar livremente no vazio sem fim.
O motivo do Deus do abismo ter criado o limbo foi para tentar recriar o vazio. Mas a sensação de estar no limbo não era a mesma de estar no vazio.
Além disso, o único que pode viver no vazio é o Deus do vazio, nem mesmo o Deus do abismo pode viver lá.
Esse sentimento de saudade era tão forte que Deus do abismo parou de se importar em viver e apenas pensava no vazio.
Então, ele se decidiu, ele preferia morrer a continuar carregando aquele sentimento herdado. Dessa maneira começou a desejar destruir tudo para
trazer o vazio de volta. Com isso em mente, ele começou uma guerra contra os outros Deuses.
Para destruir tudo, primeiro, ele precisava obter o poder de seus irmãos. Depois de multiplicar o número de criaturas do abismo que viviam no limbo, ele partiu para guerrear contra o mundo.
Um a um, os Deuses foram caindo. Os Deuses tinham a mesma força, mas o Deus do abismo tinha uma motivação forte o suficiente para desiquilibrar a guerra a seu favor, a motivação de se livrar da saudade do vazio.
Os corpos dos Deuses derrotados foram deixados para trás após sua essência divina ser tomada.
Depois de matar todos os Deuses, Deus do abismo reuniu poder o suficiente para destruir o mundo. Foi então que apareceu um homem da raça humana em seu caminho.
Esse homem empunhava em sua mão direita uma espada feita pelos anões usando os ossos do Deus das montanhas.
Em sua mão esquerda ele segurava um escudo feito pela raça demoníaca usando a pele dura do Deus da escuridão.
Ele vestia um colar brilhante feito pelos elfos usando o coração do Deus da luz.
Ele vestia uma armadura feita pelos homens peixe usando escamas do Deus dos oceanos.
Em sua cabeça estava um elmo feito pelas bestas a partir do crânio do Deus das florestas.
O nome daquele homem era Abaval.
As raças que perderam a guerra confiaram o que restou de seus deuses ao guerreiro humano que possuía coragem suficiente para desafiar o Deus do abismo que tinha a essência divina e o poder dos seis deuses juntos.
Os dois começaram a duelar epicamente fazendo o mundo estremecer. A batalha foi tão feroz que cada ataque deles remodelava as planícies do planeta.
Não se sabe quanto tempo durou a luta entre o Deus do abismo e o humano. Porém, mesmo com os poderes de seus irmãos, o Deus do abismo não conseguia derrotar o humano. A espada conseguia cortar sua pele, o escudo e a armadura refletiam todos os seus golpes e o colar o cegava.
Então O Deus do abismo não teve escolha a não ser tentar recuar, mas o humano atravessou seu peito com a espada antes que ele conseguisse fugir.
Porém, isso não era o suficiente para matá-lo. Então, o humano, usando toda a magia que conseguiu reunir com a ajuda do elmo, selou o Deus do abismo no limbo.
A partir deste dia, o calendário do triunfo foi criado e Abaval foi reconhecido como o herói do mundo.
Desde então, a cada mil anos o selo se enfraquece e o Deus do abismo consegue enviar um representante ao mundo para tentar quebrar o selo e se libertar do limbo. Assim cinco heróis são escolhidos para enfrentá-lo, cada um empunhando um dos itens divinos usados pelo primeiro herói.
Parte 6
Uma história realmente inacreditável. É fantasioso demais até mesmo para um mundo de magia.
“Deuses? Vazio? O que tudo isso deveria significar? Os humanos simplesmente apareceram neste mundo sem razão nenhuma? Foi Abaval, o herói do mundo, que inventou a magia? “
Muitas perguntas e nenhuma resposta. Esse livro provavelmente foi criado para dar uma resposta à pergunta “de onde viemos?” de maneira fantasiosa e inventada.
Não há muita complexidade na história, nem parece ter significados profundos igual ao antigo testamento da Bíblia.
Porém, fiquei triste pelo Deus do abismo. Ele herdou uma maldita saudade do vazio do Deus do vazio. Uma maldição assim como a minha. Então quis destruir tudo para se livrar dessa maldição.
Será que um dia também tentarei destruir tudo só para me livrar da minha? Não sei se um dia terei o poder para isso, mas pelo menos tenho vontade.