Crônicas de Sylrah - Capítulo 9

     ‘’ A tradição da Sétima Lua. Dizem que quando o sétimo guardião, badalar o terceiro sino, no último dia do festival, os Yebas, abençoaram com glória e riqueza aquele que vencer o desafio do dragão’’ – Andarilho desconhecido.

     A caminhada não foi muito longa, eles já estavam perto de Kindalua. A cidade estava até bem animada e os seis integrantes daquele grupo, estavam a conversar e andar quando param em uma pequena loja de amuletos para ver alguns de seus itens.

     — Soge, olha que bonito — Diz Jarina chamando a atenção de seu irmão para um amuleto em forma de lua.

     — Muito bonito Ja.

     Logo eles veem uma velha senhora chegar perto deles com um sorriso, ela já tinha cabelos brancos e andava de muleta, mas parecia ser forte, bem forte para sua idade. Vestia um casaco rosa com uma blusa preta por dentro e usava uma saia.

     — Bem vindos meus jovens — Diz a velha mulher — Vejo que se interessaram pelos amuletos.

     —Sim minha senhora — Falou Pherb sorrindo — Eles são muito bonitos, é a senhora que faz?

     — Sim meu pequeno garoto, sou eu faço eles.

     Soge que até então estava desinteressado nos amuletos, viu um daqueles itens, em forma de árvore branca e sentiu algo estranho, parecia que algo o chamava para aquela pequena peça.

     O amuleto tinha um cordão que o ligava a peça, ele parecia ser entalhado numa casca de árvore ou pedaço de madeira, Soge não conseguiu reconhecer do que ele era feito, mas ele era bem bonito, na visão do garoto.

     — Moça, quanto tá esse aqui — Aponta Soge para a peça que o chamou atenção.

     — Cinco polos, meu filho — Disse a senhora.

     — Eu vou querer levar ele por favor — Falou Soge que logo pegou cinco polos de sua carteira.

     A moça, logo pega o dinheiro e pega com cuidado o amuleto que Soge escolheu.

     — Aqui meu filho — Diz a moça dando o objeto para Soge — Saiba que esse amuleto é especial.

     Diz a senhora sorrindo para o garoto que logo retribui o sorriso.

     — Sério? Por que ele é especial? — Pergunta Soge curioso.

     — Ele é um amuleto da sorte, foi abençoado pelo meu esposo.

     — Seu esposo é um religioso? — Perguntou Soge pegando o amuleto e colocando o mesmo no pescoço.

     — Podemos dizer que sim — Diz a velha e logo Jarina pega o amuleto de lua e também compra com ela.

     — Esse amuleto é especial senhora? — Pergunta Jarina.

     — Sim, ele foi feito de Pacta Branca e foi abençoado pelo meu esposo também — Jarina logo olha a velha com um olhar de dúvida e curiosidade.

     — O que seria Pacta Branca? — Pergunta a garota.

     Enquanto isso, os outros quatro, viam os amuletos e Swobe e Pherb, escolhem dois amuletos parecidos. Swobe escolheu um amuleto de raposa e Pherb de lobo.

     — Pacta Branca é uma árvore rara em Sylrah, ela é um grande represeiro branco abençoado por Ur e Kar, vocês não veem ele muito, mas no Sétimo Bastião tem um pequeno bosque dessa árvore — Diz a velha.

     — O meu também é? — Pergunta Soge.

     — Sim, meu jovem, o seu, o da lua, o que a coruja branca e o escudo, são dessa árvore — Diz a senhora.

     — O meu seria a Pacta Branca? — Pergunta Soge.

     — Sim — Diz a velha senhora — Bom, espero que goste do amuleto, fiz com carinho e todos eles são abençoados pelos Yebas — Falou a senhora que logo é interrompida quando chega outro cliente.

     Soge olha pro homem e depois se distrai olhando para seu amuleto e quando olha para o lugar onde estava a senhora, ela não estava mais ali, quem estava ali agora era uma garota de cabelos claros e olhos azuis.

     — Com licença, mas aonde foi a senhora que tava aqui agora? —Falou Soge confuso.

     — Minha avó teve que entrar, chamaram ela — Diz a garota.

     — A ok.

     Soge e seus amigos, seguem em direção a Kindalua, mas Soge não conseguia esquecer uma coisa que a senhora disse.

     ”Todos são abençoados pelos Yebas, mas como isso é possível? Seria essa senhora uma servidora da igreja? ” — Pensou Soge enquanto andava com seus amigos.

     Alguns minutos se passam e enfim eles chegam em seu destino. Kindalua era um distrito bem famoso de Reiger, esse lugar era conhecido por vender dos mais diversos itens e ficava bem perto do feirão.

     Por ser perto do feirão, Kindalua, era bem movimentado por conta da sua praça de alimentação, mesmo tendo lanchonetes e restaurantes no feirão, as redes de restaurantes que se localizavam no distrito eram conhecidas por servirem os pratos mais deliciosos da cidade por um preço acessível a todos.

     O distrito estava decorado com faixas e bandeiras da cor da lua, enquanto sua entrada era um arco escrito com o nome do distrito, ele não era muito grande, eram apenas três ruas dentro de um quadrado. O distrito foi construído dessa forma por conta de que as lojas que ficam ali serem pequenas, mas nada se compara ao grande shopping do distrito, um dos maiores de Reiger.

     O shopping ficava no norte do distrito, entre as duas ruas que levam para a zona industrial, é uma imponente construção que tem cerca de quarenta e oito mil metros quadrados.

     — Vamos aonde primeiro? — Pergunta Pherb para seus companheiros.

     — Eu queria ir para alguma biblioteca, quero ver os livros que tem aqui, dizem que aqui em Kina, os melhores escritores moram aqui na região do lago — Diz Maruna.

     — Eu quero ir ao shopping, sempre quis conhecer grandes shoppings, em Zoam não tem quase nenhuma igual às das outras regiões — Disse Jarina.

     — Que tal nos dividirmos? — Pergunta Soge — Quem quer ir pro shopping vai e quem quer conhecer melhor o distrito vai com aqueles que não querem ir, o que acham?

     — Uma boa Soge — Diz Marn — Eu quero ir com a Jarina, sempre quis ver como era os grandes shoppings, fora de Gartorino.

     —  Eu vou com a sua irmã Soge — Disse Swobe — Também quero conhecer o shopping.

     — Bom e você Pherb? Quer ir com quem? — Pergunta Soge olhando pro melhor amigo.

     — Vou com você — Falou o garoto sorrindo.

     — Okay, nos encontramos aonde então? — Diz Soge.

     — Que tal na praça de alimentação? Lá é um ponto importante aqui do distrito ou no shopping, o que acham? — Perguntou Jarina.

      — É bom, então, vamos nos encontrar na praça de alimentação do shopping, okay? — Fala Soge.

      A maioria responde com um okay e logo se separam. Soge, Pherb e Maruna, vão em uma direção diferente de Swobe, Marn e Jarina.

      — Bom aonde querem ir primeiro? — Fala Pherb.

      — Vamos para a biblioteca, acho que vai ser uma boa experiência — Disse Soge.

      Maruna responde com um sim e eles seguem em direção a biblioteca.

      Soge e seu grupo, vão caminhando em busca de uma biblioteca, o distrito não era muito grande, então daria para achar ela caso procurassem direto.

      As ruas estavam movimentadas, várias pessoas passando de um lado pro outro e indo em cada uma das lojas de Kindalua. Muitas pessoas conversavam e outros apenas andavam, poucas se esbarravam.

      Depois de alguns minutos andando, Pherb e seus companheiros, chegam numa livraria, ela era simples, tinha uma fachada pequena, pintada de branca, mas era moderna e então o grupo decidiu entrar.

      Assim que entram, eles vêem um homem de meia idade, sentado no balcão onde fica a caixa registradora. Tinha algumas pessoas dentro, mas eram bem poucas. O local era até aconchegante, tinha três divisórias, cada uma com três estantes com alguns metros de diferença, nas laterais tinham um mostruário de livros que circulava a lateral inteira, da esquerda, atrás e direita.

     As estantes eram pequenas, deviam caber uns cinqüenta livros cada e todos tinham eram novos, alguns com alguns meses a mais, outros com menos, nada de muita diferença.

     Soge, vai em direção a uma das estantes que fica no meio e começou a procurar algo que lhe chamava atenção.

     Pherb, foi em direção a um dos mostruários que ficavam no fundo e começou a olhar o que tinha ali.

     Maruna, foi até a sessão de livros de aventura, procurar um livro que ela estava a muito tempo tentando achar.

     Soge que olhava os livros, sem querer, olha para Maruna, que estava distraída atrás de seu livro. Soge cora violentamente assim que vê Maruna de abaixando para olhar as prateleiras de baixo.

      Naquele momento, Soge sentiu algo estranho em seu peito e acaba por ignorar esse sentimento e volta a procurar algo de interessante.

      Os garotos ficaram naquela livraria por algum tempo, até que decidem sair. Maruna tinha encontrada seu livro, Pedras de Rum e Sangue, um livro de aventura pirata, Pherb, não havia achado nada de interessante e apenas comprou um chaveiro para se lembrar que esteve ali e Soge, comprou um pequeno manual que se chamava, O Manual da Guerra, Estratégia e conhecimento.

     Os três, quando iam saindo da livraria escutam o atendente falar sobre uma tradição no festival.

      A tradição da sétima lua, quando os jovens tentam vencer o Desafio do Dragão. Soge não sabia dessa tradição, pois em sua terra isso não rolava, mas ele sabia que existia uma tradição, mas ela não acontecia em todos os territórios do reino.

     Após ouvir isso, eles saem e vão andando em direção ao shopping para encontrar o restante do grupo.

     — Tradição da sétima lua? Alguém já ouvir falar isso? — Pergunta Soge olhando para seus amigos.

      — Eu já tinha lido em alguns livros, mas nunca participei — Disse Pherb.

      — Eu já participei, em Kinter , rola essa tradição — Falou Maruna.

      — Como é e o que é o Desafio do Dragão? — Pergunta Pherb e logo Soge olha para Maruna também querendo saber.

     — Bom é que antes do fechamento do festival, os jovens são desafiados a achar uma coisa diante o local que está ocorrendo a principal atração, aquele que é acha é agraciado com o olho de Ur, uma benção de um dos alto sacerdotes do reino que o irá trazer para ele, glória e riqueza aquele que venceu o desafio — Disse a garota.

      — Isso não parece um desafio — Falou Soge.

      — Meio que é, pois tem algumas coisas para te atrapalhar, essas coisas mudam de acordo com as províncias, não é algo uniforme — Falou a garota.

      —Bom acho que isso vai ser interessante, espero que eu consiga participar — Diz Pherb e logo Soge acena com a cabeça também.

      Logo eles seguem em direção ao shopping para encontrar seus amigos. Assim que chegam no shopping, eles encontram o resto do grupo e vão andando pelo local.

      O shopping era bem construído, tinha escadas rolantes que levam para o primeiro andar e bastante vaga de estacionamento para os carros que tinham na cidade. As lojas não tinham tamanhos iguais, mas havia bastante coisa no primeiro andar.

      No primeiro andar, havia cerca de três salões de beleza, lojas de móveis, eletrônicos e mais algumas lojas de menor importância. O segundo, havia bastante lojas de roupas, área de lazer, zona cultural e outras coisas.

      No último andar, o terceiro, era a praça de alimentação e o cinema, havia dois cinemas nesse andar, cada um em uma ponta oposta do andar.

      Os alunos ficaram bastante tempo no shopping, cerca de três horas, eles haviam gastado menos de uma hora para chegar em Kindalua.

      Quando estavam saindo, os garotos estavam um pouco cansados de andar, pois haviam andado muito no shopping, assistido filmes, comeram lanches e se divertiram bastante e então decidiram ir para o parque de diversões.

      Havia duas formas de ir pro parque de diversões, eles podiam ir de transporte publico ou andando, já que não conheciam como funcionava o transporte por aplicativos na cidade.

      — Bom alguém sabe que ônibus passa perto do parque ou deixa a gente no parque? — Perguntou Soge.

      — Eu nunca vim para cá, então não sei — Disse Pherb.

     — Acho que podemos perguntar para alguém — Disse Jarina.

     Então foi assim que fizeram, começaram  a perguntar às pessoas que saiam do distrito que ônibus passava no parque, já que quando eles estavam indo para Kindalua, eles passaram pelo parque.

      O único ônibus que levava para o parque, era o vinte e sete e ele demorava de duas em duas horas para passar e pelo que os meninos perguntaram, ele tinha acabado de passar.

      — Droga, agora temos que ir a pé — Disse Pherb.

      — Bom, vamos que é uma longa caminhada daqui para o parque — Disse Soge.

      Logo eles começaram a andar em direção ao parque e isso seria uma longa viagem.

      Eles demoraram cerca de duas horas para chegar ao parque. Chegaram cansados, mas chegaram.

      O parque era enorme, tinha bastante brinquedo e a maioria dos alunos da academia estavam ali.

      Quando eles entram no parque, logo vão para as bancas de comida para comprarem água, já que andaram quase a cidade toda para chegar àquele destino.

——————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————————

      Oi pessoal, esse foi o capítulo de hoje, espero que tenham gostado e foi dia de capítulo duplo em. Bom se gostaram, não se esqueçam de comentar, pois isso me auxilia a ver se vocês estão gostando da história, mas bom, foi isso, até domingo que vem :3.