Armageddon - A Guerra dos Cavaleiros - Capítulo 31
Armagedom
A Guerra dos Cavaleiros
Capítulo 31: Imperatriz
Arena:
As pessoas foram entrando na arena ansiosas para as próximas lutas que viriam. O Arcanjo Gabriel no chão da grande arena e começou a voar aos poucos para cima até que todos pudessem o ver.
— Senhoras e senhores, sejam bem vindos novamente aos torneio do Armagedom — disse Gabriel ao som dos gritos de empolgação da plateia — Vocês agora irão presenciar as próximas oito lutas que irão nos apresentar nossos próximos campeões e cavaleiros que passaram para a próxima rodada e estarão mais perto do prêmio.
Diversos holofotes começaram a sair dos portões da arena e das entradas dos deuses.
Gabriel respirou fundo e fazia força para manter o sorriso e a empolgação, ele ainda estava abalado e triste por seu irmão. Ele se culpava por não ter segurado o Azaziel e o impedido de participar do torneio.
— Bem, para começar devemos apresentar os deuses representantes desse nono confronto — disse Gabriel com os holofotes focando no lado esquerdo da entrada dos deuses.
— Do meu lado esquerdo, nós temos o temível e glorioso deus da guerra, aquele que é respeitado por seus aliados e temido pelos inimigos. Milhares de guerreiros oram para ele para que possam ganhar batalhas e derrotar seus inimigos — disse Gabriel com a entrada da esquerda se abrindo e dela saiu diversos gritos de desespero e o sons de espadas se colidindo — O deus da Guerra, dos doze deuses gregos, ARES.
Ares possuí uma armadura dourada que cobria todo o seu corpo com diversos detalhes em vermelho, em suas costas uma grande capa vermelha feita de sangue. Na sua cabeça um elmo com uma crista avermelhada com pequenas faíscas de fogo saindo dela, seus olhos totalmente avermelhados com uma grande faísca de fogo saindo deles. Seu semblante totalmente sério e em algumas parte de seu corpo, podia se ver sangue fresco, além de sua espada cravada na bainha.
Ares caminhou até a sua poltrona que era formada por diversos ossos, ele se sentou de forma majestosa com o mexer de sua capa.
— Não ficando para trás, do meu lado direito nós temos — os holofotes começaram a mexer na entrada da direita — O deus que possuí o mais alto posto dos deuses da China, aquele conhecido imperador de jade — a entrada da direita foi-se abrindo e dela diversas flores de pêssego começaram a cair na plateia, as crianças ficaram extremamente encantadas com aquelas belas flores — A autoridade máxima chinesa, YU-TI.
Yu-ti estava usando uma “Pien-fu” com sua túnica sendo azulado com diversos destaques as nuvens e ao mar, seu manto é totalmente branco com alguns detalhes em preto. Seu semblante é tranquilo e em seu rosto há um bigode fino e uma barbicha um pouco longa. Seus olhos são fechados em todo momento, mas nos poucos segundos que ele abre é perceptível uma cor semelhante ao universo estrelado.
Yu-ti andou até sua poltrona e sentou-se calmamente.
— Hoje é um belo dia, não é Ares? — perguntou Yu-ti com um sorriso simples.
Ares somente suspirou com força e se negou a responde-lo.
— Bruto como sempre, deus da guerra. Acho que alguém com somente músculo na cabeça, não deve ser capaz de raciocinar.
Ares segurou com força a espada que estava em sua bainha e tentou atacar Yu-ti com um golpe mortal, o deus percebeu e saltou da poltrona no momento do impacto.
— Por favor, se acalme e haja com um mínimo de classe — debochou Yu-ti.
Ares partiu para cima para continuar, até que Yu-ti invocou diversas flores de pêssego e as mandou em cima do deus da guerra, elas o pretenderam mais fogo saiu do corpo de Ares e as queimou.
Gabriel ficou entre os dois e esticou seus braços para os parar.
— Por favor, senhores Ares e Yu-ti, se controlem para que possamos iniciar a apresentação de seus cavaleiros.
Os deuses se olharam por um tempo e saíram da posição de combate, Yu-ti ajeitou seu traje e Ares guardou sua espada.
— Por favor, se sentem eu sei lugares para que eu possa trazer os guerreiros.
Ares sentou-se em seu trono de ossos e Yu-ti invocou as flores e nelas fez um trono de pétalas.
— Com a apresentação dos deuses, iremos trazer os cavaleiros da nona luta.
Os holofotes se focaram no portão da esquerda.
— Do meu lado esquerdo, nós temos aquele que um dia conseguiu o título de “O Grande”, um imperador que levou seu império da Grécia à Índia, ninguém conseguia impedir seus avanços militares, aos 20 anos de idade havia assumido o império de seu pai e ninguém achava que ele seria capaz de fazer o que fez tão jovem — o portão esquerdo foi-se abrindo e dele diversos soldados bem armadurados saíram para fazer um caminho digno de sua majestade — Conhecido hoje como Cavaleiro Conquistador, ALEXANDRE O GRANDE.
Um homem caminhou entre seus soldados com seu peito estufado e confiante, quando passou por todos eles, ele tirou seu elmo e todos puderam ver o seu rosto.
Alexandre possuí um rosto muito bonito com seu cabelo curto cor de caramelo, seus olhos castanhos cintilantes simbolizavam o tamanho de sua beleza, as mulheres da arena gritavam de euforia, além de um pinta preta abaixo de seu olho esquerdo. Ele usava uma armadura dourada com detalhes de bronze prata, em sua saia havia o símbolo de seu império e nas suas costas havia sua lança de ferro e na sua cintura uma espada na bainha de couro com o símbolo do império.
Alexandre ergueu os braços esperando aplausos e pessoas gritando seu nome.
— Eu amo isso, essa sensação de ser o centro das atenções, não existe nada melhor que a sensação de ser um imperador.
Os soldados saíram aos poucos da arena, ao sinal dos holofotes virando ao portão direito.
“Tenho pena do oponente que irei enfrentar, tentarei dar um espetáculo à plateia”, pensou Alexandre.
— Do meu lado direito, temos a cavaleira que é a significação do orgulho, sempre esteve no topo em sua vida, sendo a perfeição em qualquer coisa em que fazia. Sendo da casa Hansburgo e mais tarde da Bourbon, esteve na realeza francesa e germânica. O seu lema é, “não existe nada no céu e na terra que não me pertença” , trazendo o verdadeiro significado do que é ser imperador.
O portão esquerdo se abriu e dele puderam ser ouvidos passos calmos mas que possuíam uma extrema pressão sobre os que o ouviam.
— Hoje será conhecida como Cavaleira do Orgulho, Maria Antonieta.
Uma mulher ficou diante de todos com a sua entrada na arena e com um simples levantar de sua cabeça, todos na plateia se ajoelharam com a cabeça cravada no chão e suando frio. Os deuses permaneceram em suas poltronas, mas pareciam fazer um pouco de esforço para se manterem de cabeça erguida. Gabriel estava com a mão tremendo, como se tivesse a obrigação de se ajoelhar diante da presença da cavaleira.
Maria possuía um cabelo longo tão dourado quanto ouro, mas suas pontas eram embranquecidas. Seus olhos azuis como um céu límpido e sua pele branca e tão bem cuidada, seu semblante sério e trazendo a sensação de superioridade como se tudo o que havia no mundo lhe pertencesse. Sua roupa totalmente de característica austríaca e francesa, sendo o vestido colado em seu corpo e havendo uma divisão quando chega em suas pernas como se estivesse cirando asas, com um tonalidade azul escuro com a sua saia sendo de um azul claro, além de diversos detalhes em dourados junto de flores douradas em volta de sua roupa. Ela possuí ombreiras, manoplas e botas com a mesma tonalidade de azul escuro, mas possuem diversos detalhes dourados com joias azuladas. Em sua cabeça há uma tiara dourada junto de seus brincos com diamantes fazendo o símbolo da bandeira do Sacro Império Romano Germânico.
Alexandre tremia-se de medo, ele estava usando todas as suas forças para se manter de pé diante dela.
“Isso não está certo, como pode haver uma pessoa tão forte?! Eu vi todas as lutas e ninguém era tão monstruoso quanto ela”, pensou Alexandre enquanto não parava de suar.
— O que você é? Por acaso você é um monstro? — disse Alexandre puxando sua espada com a mão esquerda e a lança com a mão direita.
Maria que antes estava olhando para o público, agora direcionou seu olhar na direção de Alexandre que largou suas armas no chão e instantes se ajoelhou com a cabeça bem fundo no chão.
— Por acaso falou comigo, verme? Me diga agora o seu nome — disse Maria com raiva em sua fala.
— Alexandre III da Macedônia ou Alexandre, o Grande — disse ele com um peso sem limites em seus ombros.
— Já vi seu nome nos livros em que eu lia, onde você foi um grande imperador no passado, mas foi morto por uma doença — Maria aos poucos foi caminhando na direção de Alexandre — Mas quem diria, que o Grande seria tão ridiculamente fraco e sua presença seria tão insignificante quanto o de um inseto.
Alexandre sentia cada passo dela como se fosse um monstro de aproximando, a cada passo Alexandre sentia que se encolhia até ficar menor que uma bactéria.
— Você não é digno de utilizar o título de imperador, somente os mais fortes e aptos são dignos de serem chamados de imperadores, como Júlio César ou Genghis Khan, poderia até no passado ter usado você de referencia, mas você não passa de um mero rei, se dependesse de mim você não seria menos do que um simples barão que jamais iria aparecer nos livros de história — Alexandre sentia o peso de cada palavra em seu peito e sentia que a cada letra da fala dela ia diminuindo suas forças e vitalidade — Como ousas utilizar esse título como se fosse nada? Você zomba de imperadores como eu, que são seres superiores que merecem e possuem tudo o que o mundo pode prover.
— Me… Perdoe… Minha… Rainha — disse Alexandre com seu peito sendo sufocado por tamanha presença.
— Do que você ousou me chamar, verme? — disse Maria, na frente de Alexandre, com um semblante de irritação.
— Minha… Rainha.
Maria por um instante elevou seu poder e presença e Alexandre não aguentou tamanho poder a ponto de seu coração parar por medo. Algumas pessoas da plateia morreram com tamanha presença, além dos deuses e arcanjos suarem frio. Até mesmo outros cavaleiros que estavam distantes, sentiram tamanha presença e sentiram um calafrio.
— Que isso fique de recado para todos que estejam me ouvindo. Nunca ousem me chamar de rainha, esse é um título que líderes mais fracos e inferiores usam para se chamar, que o mundo inteiro saiba que eu sou uma Imperatriz.
Ares olhou pela primeira vez com desespero e Yu-ti soltou o maior sorriso que podia de empolgação pelo tamanho poder de sua cavaleira. Gabriel tremeu, até que percebeu que deveria anunciar o vencedor.
— Com tamanho poder avassalador, nós já possuímos uma vencedora da nona luta, a vencedora é Maria Antonieta, a Cavaleira do Orgulho.
Em uma sala de preparação:
— Você sentiu essa pressão, Shiva? — disse um homem.
— Com certeza, deve haver um monstro aí fora. Acho que essas próximas lutas devem haver vários guerreiros únicos.
— Realmente eu espero isso, afinal esse é o único motivo de eu estar aqui. Espero encontrar guerreiros que possam satisfazer meu desejo de guerra.
Continua…