Armageddon - A Guerra dos Cavaleiros - Capítulo 17
Armagedon
A Guerra dos Cavaleiros
Capítulo 17: Os irmãos
Arena:
Musashi foi teleportado de volta à arena e diversos espadachins estavam saudando o seu nome.
— Parece que você ganhou, não é mesmo, Hachiman?!
Ogum olhou pro lado e percebeu que Hachiman havia saltado de seu trono na direção do centro da arena.
Hachiman caiu na frente de Musashi e olhou sério para ele.
— Eu ganhei a disputa, Hachiman-Sama.
Hachiman deu um soco na barriga de Musashi e o Cavaleiro perdeu sua consciência em instantes.
A plateia se assustou e o deus pegou o corpo de Musashi, o colocou nas suas costas e correu para fora da arena.
— Parece que você gostou desse humano, Hachiman — disse Ogum com um olhar triste.
Ogum andou lentamente para fora da arena e foi na direção de um canto escuro. Lá ele começou a socar o chão, enquanto diversas lágrimas escorriam de seus olhos.
— Me perdoe, Ricardo. Prometi a você que lhe daria a defesa mais forte de todas, mas fomos derrotados na primeira rodada. Espero que possa me perdoar.
De repente uma mão tocou no ombro direito e ele olhou para trás.
— Não chore aqui, Ogum. Teve sorte que fui eu que vi você nessa situação — disse o homem.
Ogum logo abraçou esse homem com força, enquanto suas lágrimas continuavam escorrendo. Logo após alguns segundos, ele saiu dos braços do homem e deu uns tapas em seu peito.
— Obrigado por me confortar, Ixquimilli.
— Sempre irei, meu amigo.
Os dois começaram a andar na direção oposta da arena.
Gabriel estava bastante eufórico com a luta e Azaquiel percebendo isso, voou na direção do Arcanjo.
— Você viu essa luta, Azaquiel! Isso é a verdadeira essência do Armagedon.
— Com certeza, Gabriel. Chegou em um momento que eu não sabia quem iria ganhar, fiquei totalmente eufórico a cada segundo.
— Nós Arcanjos com certeza fomos abençoados com esse torneio após todo o trabalho desnecessário que já tivemos.
— Bem, Gabriel. Eu devo voltar para perto do Azaziel e garantir que as criações dele não o matem.
— Tudo bem, Azaziel. Depois nos vemos de novo, essa não será a única luta que você irá ter que testemunhar.
Enfermaria:
Leônidas e Charlotte continuavam a jogar cartas, mas agora junto do Barba Negra.
Diversas fichas de poker estavam na mesa e todos os envolvidos estavam com olhares sérios pras suas mãos.
— Eu já ganhei esse jogo, tolos. TRINCA — disse Leônidas jogando suas cartas na mesa.
Charlotte e Barba Negra somente riram.
— Pobre, Leônidas. Como você consegue ser tão ruim em jogos tão simples? — zombou Charlotte.
— Como é?!
— FULL HOUSE — disse jogando as cartas na mesa.
Leônidas olhou assustado.
— Mas como?! Isso deveria ser impossível.
— Uma assassina nunca revela os seus segredos.
Barba Negra começou a gargalhar e de repente olhou sério para os dois, então jogou suas cartas na mesa.
— Royal Flush — disse Barba Negra com uma cara de convencido.
Os dois Cavaleiros olharam assustados, enquanto Barba Negra pegava todas as fichas da mesa.
— Como você conseguiu três Royal Flush seguidos, pirata de merda?! — disse Charlotte.
— Se não sabe jogar, a porta é logo ali.
Uma faca apareceu na mão direita da Charlotte e ela colocou na garganta do Barba Negra.
— Por que você não termina o serviço? — perguntou Barba Negra.
— E por que você não atirou em mim? — disse Charlotte apontando pra pistola que estava em sua barriga.
Os dois afastaram suas armas e as guardaram. Leônidas olhou sem entender a situação e somente se levantou.
— Acho que irei treinar um pouco agora, não posso ficar enferrujado pra próxima luta.
— Exato, espartano. Não teria a menor graça te enfrentar e te derrotar nos primeiros segundos do confronto — disse Charlotte sorrindo.
Os dois trocaram um olhar desafiador um para o outro. Barba Negra começou a embaralhar as cartas.
— Vamos jogar um pouco de truco, assassina patética?
— Vamos sim, seu pirata de merda. Agora você não irá ganhar um centavo de mim.
Os olhares dos dois começaram a se chocar e Leônidas sentiu uma tensão no ar e logo ele se retirou da sala. Quando ele estava se retirando, foi na direção de uma das mesas do local e pegou os dois machados deixados por Ragnar no final da luta.
Logo na sala, Hachiman chegou com o corpo de Musashi totalmente destruído e as enfermeiras foram ao seu encontro e logo começaram o tratamento. O deus sentou em uma poltrona, soltou um longo suspiro e percebeu que Musashi não havia largado as katanas.
O deus andou na direção do corpo em tratamento do Musashi e tentou tirar as katanas das mãos do samurai, mas ele não as largava de jeito nenhum. Hachiman tentou por um tempo as tirar, mas logo desistiu e voltou a se sentar.
Leônidas andou para fora da enfermaria e após alguns segundos de caminhada, ele foi abordado por um homem.
Arena:
Gabriel havia se recuperado de sua euforia e estava com os braços esticados.
— Seres de todos os mundos presentes aqui na arena do Armagedon, após uma sequência de cinco incríveis lutas, iremos à sexta desse magnífico torneio.
Dois grandes holofotes aparecerem nas entradas dos deuses e nas poltronas deles.
— A sexta rodada será uma batalha entre irmãos, os filhos do lorde Odin.
“Aquele babaca”, pensou o Arcanjo.
— Do meu lado esquerdo, temos aquele conhecido por ser o deus do trovão. O maior inimigos dos gigantes, a força bruta de Asgard e o encantador de Valquírias.
As nuvens no céu começaram a escurecer e sons de trovões podiam ser ouvidos por todos na arena.
— O grandioso, THOR.
Um raio caiu no trono do deus e após a fumaça se dissipar, todos puderam ver o deus do trovão.
Seu cabelo é curto e ruivo junto de uma longa barba. Seus olhos são avermelhados como o de seu pai e possui uma cicatriz de garras que cortam o seu rosto. Nas suas mãos há grandes manoplas douradas junto de sua grande armadura dourada com traços pretos e runas nórdicas e em suas costas há uma longa pele de lobo preto.
Diversos homens olharam assustados e logo se ajoelharam. As mulheres gritavam de euforia e alguns desmaiaram.
— Agora do meu lado direito, temos aquele conhecido por ser o deus da trapaça. A representação da malícia e da feiticeira dos deuses
Diversas cobras e corvos começaram a sair das portas e ir na direção do trono.
— O perverso, LOKI.
Os animais começaram a se juntar e a se transformar no deus da trapaça.
Seu cabelo é longo e preto com traços esverdeados e azulados junto de seus olhos escuros e mortos com pequenos traços azulados. Sua armadura cobre todo o seu corpo e sua tonalidade é verde-musgo com uma longa capa roxa em suas costas, em sua cabeça há um elmo verde-musgo com longos chifres roxos.
Todos olharam assustados para ele e poucos ousaram olhar pros seus olhos impiedosos.
— Você continua sendo impopular, irmão — disse Thor.
— Não lembro de ter pedido sua opinião, irmão — disse Loki.
Thor acenava para todos e Loki permanecia meio emburrado.
— Loki, eu lhe darei uma chance agora de desistir.
— O que você disse, irmão?
— Você não tem a menor chance contra o meu guerreiro e o papai precisa se sentir um pouco melhor, por isso o seu filho preferido tem que ganhar.
— Eu não ligo para o que aquele velho está passando ou pensa sobre mim. Essa é uma chance única de eu me transformar no ser Supremo, algo que eu desejei desde sempre.
Thor soltou uma leve risada e Loki olhou furioso para ele.
— Essa foi uma ótima piada, irmão. Agora levante-se e saia daqui, antes que se arrependa.
Os deuses levantaram-se e começaram a encarar-se.
— A única forma de eu sair daqui é vendo o meu Cavaleiro morto no campo de batalha.
Gabriel rapidamente separou os irmãos.
— Por favor, senhores deuses. Controlem-se para que possamos prosseguir com o torneio.
Os irmãos somente bufaram e voltaram para seus assentos.
— Com a apresentação dos deuses, iremos aos Cavaleiros da sexta batalha.
Diversas luzes começaram a iluminar o ambiente.
— Do meu lado esquerdo temos ele, aquele conhecido por ser um dos maiores vikings da história e ser um dos líderes do maior exército viking já feito que foi capaz de causar terror em todos os saxões. Ele é aquele que nunca caiu em batalha e trouxe ruína para todos os locais aos quais saqueou. Primogênito do maior viking da história, Ragnar Lothbrok.
Uma alcateia de lobos e diversos ursos começaram a entrar na arena e a se ajoelharem na direção do portão.
— BJORN IRONSIDE, O CAVALEIRO DAS VALQUÍRIAS.
Ele possuí diversas cicatrizes por todo o seu corpo alto e bem definido. Seu cabelo é ruivo e raspado nas laterais, assim sobrando somente cabelo no meio e lambido para trás, junto de sua longa e bagunçada barba. Possuí uma vestimenta de couro bem revestida com diversos detalhes de lobo e runas nórdicas e em suas costas há uma grande pele de lobo branco que pode ser usada também como capuz. Na cintura há um coldre para um martelo de uma mão. Ele possuí heterocromia em que o olho direito é avermelhado e o esquerdo é azul-escuro.
Bjorn andou na direção de um lobo branco e começou a fazer carinho nele.
— Bom garoto.
— Do meu lado direito temos ele, aquele que causou medo e terror nos becos de Londres no século XIX, conhecido como Assassino de Whitechapel. Um homem que nem mesmo a Scotland Yard e o grande detetive Sherlock Holmes foram capazes de pegá-lo. Um dos maiores Serial Killers da história, estará diante de vocês nessa arena.
Quando o portão da direita foi aberto, uma grande neblina começou a sair na direção da arena e cheiro de morte e sangue pode ser sentido por todos.
— JACK ESTRIPADOR, O CAVALEIRO ASSASSINO.
Seu cabelo é preto com as pontas tendo a tonalidade acinzentada e em seu rosto há um bigode pequeno e fino. Ele possuí heterocromia em que o olho direito é azul-claro com pequenos traços esverdeados e seu olho esquerdo é verde como uma esmeralda com pequenos traços azulados. Ele possuí uma sobrecasaca preta com diversos detalhes de um vermelho vinho com roxo junto de um colete acizentado, em sua cabeça há uma cartola preta com diversas listras finas e brancas. Em suas mãos há luvas brancas de algodão junto de sua calça longa e preta.
Jack andou até o meio da arena direção de Bjorn. Os animais ao redor do viking começaram a rosnar e a se afastar do assassino.
Quando Jack chegou bem próximo, ele puxou uma faca de seu colete e posicionou na garganta de Bjorn, o qual somente permanecia com um olhar sério.
— Será que você tem a capacidade de se tornar aquilo que eu desejo?
Bjorn ficou em silêncio.
— Será que você poderá ser o meu herói?
Jack guardou a faca e andou na direção do círculo da arena.
— Com a apresentação dos deuses, do terreno e dos cavaleiros, nós iremos iniciar a sexta rodada — disse Gabriel empolgado.
— PERA AÍ! — disse Loki.
— O que houve, deus Loki?
— Não escolhemos o terreno. Não vai ter aquele negócio da moeda?
— Infelizmente não haverá mais escolha do terreno. O ser Supremo disse que isso não é necessário, que verdadeiros guerreiros estão prontos para qualquer luta em qualquer lugar.
Loki apertou os seus beiços com força a ponto de eles sangrarem.
— Você por acaso tinha planejado alguma trapaça, não é, irmão? — disse Thor com um grande sorriso.
Loki somente resmungou.
— Vejam o quão patético é o meu irmão, meu povo. Ele pretendia trapacear na luta e seus planos falharam. Hahahahaha.
A plateia começou a rir e a zombar de Loki, o qual apertava seus joelhos e estava com uma cara triste.
De repente, uma faca atingiu o trono a qual Thor estava sentado e bem perto de cabeça, a ponto de fazer a sua bochecha direita sangrar.
— Poderia parar de importunar o meu senhor? — disse Jack.
— Seu humano de merda, prepare-se para sumir desse mundo em alguns instantes.
Thor estava pronto para soltar sua fúria no humano, ate que ele sentiu a presença de que alguém estava olhando fixamente para ele. Quando olhou para trás, percebeu que era Odin fazendo um sinal de negação com a cabeça.
Thor suspirou e voltou a se sentar com a cara emburrada em sua poltrona. Loki olhou para Jack e soltou um sorriso sincero.
Jack somente fez um sinal de positivo com sua cartola e voltou seus olhos para Bjorn, o qual andou até o seu círculo na arena.
— Após essa confusão, os Cavaleiros serão teletransportados para o campo de batalha, que será os Campos da Normandia.
Os corpos dos dois guerreiros começaram a sumir. Bjorn manteve seu rosto sério e firme, Jack mostrou um sorriso sádico com um olhar sedento por sangue.
— Iremos iniciar a sexta luta do Armagedon. Boa sorte aos dois guerreiros. IT’S A SHOW TIME BABY.
Continua…..