Armageddon - A Guerra dos Cavaleiros - Capítulo 14
Armagedon
A Guerra dos Cavaleiros
Capítulo 14: Ataque X Defesa
Arena:
Barba Negra foi teletransportado até a arena e andou cambaleando até um dos portões. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e determinação.
“ Eu prometo que irei ganhar esse torneio. Lutarei por nós dois, meu amor”.
— Espero que ele melhore, Poseidon. — disse Fand.
— Também espero, não é fácil lutar contra a pessoa que ama.
Os olhos de Fand brilharam e então ela pulou na direção dos braços de Poseidon, o qual havia se virado de costas e foi na direção da saída. Então, ela caiu de cara de chão e seu nariz sangrou um pouco.
— Poseidonzinho, me espera. Temos assuntos para tratar juntos.
Fand se levantou e correu na direção do Poseidon.
— Que luta linda, meu povo. Ainda temos mais lutas pela frente, por isso eu peço alguns minutos de espera — disse Gabriel sorrindo.
Gabriel estalou os dedos e sumiu da arena.
Em um laboratório, estava um homem sentado e mexendo em uma máquina.
Ele possuí um jaleco de cientista com diversos borrões de sujeira e alguns buracos espalhados na roupa; Seus olhos possuem uma tonalidade alaranjada com leves traços da cor roxa; Seu cabelo é todo enroladinho igual lã de ovelha e em sua boca há um pirulito.
— Essa máquina vai ficar muito boa, com certeza vai bombar no mercado dos deuses — disse ele se levantando e erguendo seu produto.
— AZAZIEL — gritou Gabriel.
Azaziel assustou-se e derrubou sua máquina no chão.
— MINHA FUTURA FONTE DE RENDA. OLHA O QUE VOCÊ FEZ, GABRIEL!!!
— Não tente mudar de assunto, isso aí é só lixo.
— Escuta aqui, você pode até ser gracioso perto dos deuses e assim você se faz na vida, mas eu sou ENGENHEIRO E PRECISO CONSTRUIR PARA TER SUCESSO NA VIDA.
— Escuta aqui, seu projeto de mecânico
— Calem-se os dois, quero dormir — disse um homem saindo do meio de alguns destroços.
Ele possuí um terno preto com um blazer meio cinzento e com uma gravata vermelha; Em seus olhos estão um óculos escuro, mas é perceptível a cor roxa com traços de laranja sendo a tonalidade de seus olhos; Seu cabelo está todo penteado para trás e com excesso de gel; Em sua boca está um cigarro e no seu pulso é perceptível um relógio dourado.
— Azaquiel?! — disseram os dois
— O que foi? Um Arcanjo não pode mais tirar um simples cochilo?
— Claro que pode, irmão. Desculpa mesmo, Azaquiel — disse Azaziel
— Você continua tendo medo dele né, Azaziel — disse Gabriel zombando dele.
— Nem tanto, nossa relação de irmãos gêmeos é uma relação saudável.
— Azaziel, eu quero uma garrafa do vinho do Dionísio.
— Claro, irmão.
Azaziel foi atrás de um vinho, enquanto murmurava:
— Só por que ele nasceu alguns segundos antes, ele acha que pode mandar em mim.
— Você disse alguma coisa, Azaziel?
— Claro que não, irmão.
Gabriel se aproximou do Azaquiel e por um momento eles começaram a se encarar.
— Azaquiel!
— Gabriel!
Os dois se abraçaram e começaram a fazer um toque de mão único.
— O que você manda, Gabriel?
— Nada de mais, parceiro. Eu preciso que você me de assistência na próxima luta olhando de longe a luta.
— Claro, meu parceiro. Tudo pela família.
Azaziel chegou com o vinho e uma taça de prata. Ele chegou perto de Azaquiel e entregou na sua mão.
— Muito bem, irmãozinho — disse ele, segurando o seu irmão e fazendo um cafuné em sua cabeça.
Azaziel se soltou e voltou para sua mesa.
— Quando você vai parar de tratar ele dessa forma? — sussurrou Gabriel para Azaquiel.
— Até ele aprender a me confrontar e agir como um homem. Isso é para o bem dele, se eu não fizesse isso com ele, com certeza viria alguém pior — sussurrou ele de volta.
Os dois fecharam os punhos e fizeram um toque aqui.
— Bem, tenho que voltar pra arena e apresentar a próxima luta. Sinto que vai ser épico.
Gabriel com um estalar de dedos, saiu do lugar e voltou pra arena.
Azaquiel colocou o vinho e a taça no chão e andou até o seu irmão, onde colocou a sua mão na cabeça dele.
— Então, Azaziel, eu soube que você não cumprir sua presença no torneio.
Azaziel suou frio e soltou o maior grito que podia naquele momento.
Quando Gabriel voltou pra arena, todos ouviram um grito de pavor agudo e fino.
— Eu sei que sou lindo, muito obrigado meu fã. Agora, iremos iniciar o quinto combate do torneio.
Duas grandes luzes iluminaram as entradas dos deuses.
— Do meu lado esquerdo, temos o deus protetor dos guerreiros, mas precisamente dos samurais.
Diversas bandeiras com o símbolo de “tomoe” foram erguidas no caminho até as poltronas.
— O grande deus guerreiro, HACHIMAN.
Ele possuí um “ō-yoroi”, armadura samurai, com tonalidade azulada e dourada; Em seu “Kabuto”, capacete samurai, há uma máscara de “oni” e os dois são dourados; Possuindo duas katanas, um arco e flecha.
O deus andou calmamente e com extrema presença. Diversos guerreiros na arena se ajoelharam diante de sua presença.
— Do meu lado direito, temos um deus extremamente agraciado e amado por todos.
Diversos sons de bigornas eram ouvidos por todos e cada passo do deus os barulhos aumentavam.
— O deus do aço e senhor da metalurgia, OGUM.
Ele possuí uma grande saia azulada com diversos símbolos de corrente a rodeando; Ao redor de seu pescoço há três colares com tamanhos diferentes, contudo todos são feitos de ferro e aço; Possuindo um capacete prateado com diversas penas encima e jóias espalhadas ao redor; Seus olhos estão totalmente embranquecidos e seu corpo é totalmente sarado.
O deus andou de cabeça erguida e com um grande sorriso.
Os dois deuses sentaram em suas poltronas. Hachiman olhou para frente e Ogum olhou para ele.
— A quanto tempo, Hachiman.
— Hurum.
— Estou bastante ansioso pro combate. Escolhi um guerreiro extremamente forte e ele ainda é comediante. Hahahahah.
— Hurum.
Ogum suspirou fundo e então deu um soco no Hachiman, o qual tirou uma de suas katanas e defendeu o golpe.
— Eu já disse que esse seu estilo de conversa é muito chato, Hachiman.
Ele ficou quieto e só continuou a colocar força na sua katana.
— Senhores deuses, podem se controlar, por favor — disse Gabriel.
Ogum voltou a se sentar e começou a murmurar.
— Muito Obrigado. Antes da apresentação dos guerreiros, iremos pra escolha do terreno. Qual será a escolha de vocês?
— Eu irei escolher a savana — disse Ogum com um brilho em seus olhos.
Hachiman somente fez um gesto de positivo para o Arcanjo.
— Excelente. O local da luta será a famosa savana africana.
A aparência do local da luta aparece em uma tela para todos.
— Com a escolha do terreno, iremos a apresentação dos guerreiros.
Duas luzes agora brilhavam nas entradas dos lutadores.
— Do meu lado esquerdo, temos o homem que por todos os espadachins é conhecido como o maior espadachim. Superando grandes guerreiros como Sasaki Kojiro, Honda Tadakatsu, Hozoin Inshun e outros. Sua fama continua até os dias de hoje e todos respeitam seu título, pois em mais de 60 duelos ele nunca perdeu.
Um homem andava lentamente até a entrada da arena com um sorriso em seu rosto e um olhar de determinação.
— Lhes apresento O CAVALEIRO DA ESPADA, MUSASHI MIYAMOTO.
Ele possuí um kimono com tonalidade azulada com pequenos traços de cinza e roxo; Em seus pés há “getas” de madeira; Seu cabelo está amarrado para trás e sua cor é castanho claro; Seus olhos são também castanhos, mas transmitem uma grande confiança, também há uma cicatriz de corte de espada no olho direito; Seu rosto possuí alguns pelos de barba e na sua boca há um palito de madeira; Na sua cintura do lado esquerdo, há duas katanas com o cabo tendo a tonalidade roxa com linhas pretas e um fio azul amarrada em uma e um fio vermelho em outra.
Diversos guerreiros abaixaram suas cabeças em forma de respeito pro Cavaleiro na frente deles.
Musashi entrou na arena com sua mão esquerda tocando em um dos cabos de uma das katanas, então ele olhou pro céu.
— Que belo dia, queria aproveitar mais essa paisagem.
— Com a apresentação desse Cavaleiro, iremos pro próximo.
Todos sentiram a arena tremendo aos poucos e aumento aos poucos.
— Do lado direito, temos ele. Um cavaleiro templário que colocou medo e terror nas tropas do famoso sultão Saladino. Os soldados o seguiam sem medo pra luta, pois seu espírito era tão forte quanto o de um leão. Em combate não usava nenhuma arma, somente seus punhos e dois escudos atrelados para proteger seus homens.
Com o falar do Arcanjo, o tremor estava aumentando a ponto algumas partes da arena.
— O monstruoso CAVALEIRO DO AÇO, RICARDO CORAÇÃO DE LEÃO.
Ele possuí uma altura muito elevada, chegando aos 2,40 metros; Em seu corpo há uma grande armadura de ferro com o símbolo de sua casa nobre estampada em seu peito, um leão dourado com as cores azul e vermelho em volta; Seu cabelo é grande com a cor preta junto de um cavanhaque e bigode; Seus olhos com a tonalidade preta transmitem a sensação de foco; Em seus braços há dois escudos médios com o símbolo de sua casa.
Diversas pessoas se assustaram com sua presença. Era perceptível que ele tinha quase o dobro do tamanho de Musashi.
Ricardo olhou para baixo e soltou um grande sorriso.
— Então será você que eu irei esmagar, pequeno inseto.
Musashi assobiou de admiração.
— Você é bem alto e forte, não é, grandão?
Ricardo estava se preparando para dar um soco em Musashi e o mesmo já estava tirando sua katana da bainha. Quando Gabriel, se colocou no meio deles.
— Calma rapidinho, rapazes. Eu sei que todos queremos esse combate, mas façam isso no local de combate. Se vocês lutarem aqui, não sei se a arena irá aguentar.
Os dois pararam seus ataques e andaram até os seus círculos. Gabriel suspirou.
— Agora que percebemos a vontade de luta dos lutadores, iremos os mandar pro local da luta.
Os Cavaleiros começaram a desaparecer aos poucos.
— Irá iniciar a quinta luta do Armagedon, boa sorte aos dois guerreiros. IT’S A SHOW TIME BABY.
Savana:
Formação vegetal constituída por arbustos, gramíneas e árvores de pequeno porte. O por do sol é lindo e único no local. Representa diversas regiões do mundo.
Azaquiel estava voando no local esperando os guerreiros, enquanto tomava seu vinho em paz.
— Nada melhor que tomar vinho, enquanto vejo um combate até a morte. Sou muito sortudo de ser um Arcanjo.
Os dois Cavaleiros apareceram na arena e olharam diretamente um para o outro.
— Bem, grandão, precisamos realmente lutar para decidir o vencedor? Acho que podemos decidir de uma forma bem melhor.
— Por que você não quer lutar, inseto?
— Eu olhei os outros combates e eles acabaram de ferindo bastante. Sabe, eu queria evitar isso por ser o primeiro combate. Que tal resolvermos no cara ou coroa? — disse ele tirando uma moeda de seu bolso.
Ricardo somente continuou olhando atentamente pro seu adversário.
— Eu vou de cara e você coroa, o que acha?
Ele não respondeu. Musashi jogou a moeda bem alto e o Ricardo acompanhou o movimento dela.
Em um instante, Musashi estava do lado direito do Ricardo, empunhando sua katana e realizando um golpe na horizontal para cortar a cabeça dele.
Ricardo posicionou seu escudo direito para se defender do golpe. Então, ouve uma colisão das armas e Musashi caiu no chão e tentou cortar as pernas do outro.
Ricardo somente ficou parado e Musashi atingiu as pernas dele, contudo não conseguiu corta-lo.
“ Muito duro”
Musashi olhou pra cima e viu o punho esquerdo de Ricardo indo na sua cabeça. Rapidamente, se esquivou do golpe e se afastou um pouco.
— O que aconteceu, inseto? Achei que iríamos decidir na moeda.
— Foi mal, achei que um golpe surpreso seria bastante eficaz.
— Talvez teria funcionado contra outro guerreiro, mas isso não irá funcionar comigo. Minha defesa é a maior desse torneio todo, então se você não a ultrapassar eu ganharei muito fácil.
Musashi respirou fundo e começou a se posicionar para atacar.
— Que azar o seu. Se você possuí a maior defesa, eu possuo o maior ataque.
O Ricardo soltou um leve sorriso de deboche e começou a se preparar para receber os ataques.
Musashi começou a correr e realizou uma estocada com sua katana, Ricardo defendeu com o escudo da direita e realizou um ataque com o punho esquerdo.
Musashi esquivou do ataque e começou uma sequência de ataques, os quais Ricardo defendeu facilmente.
Com alguns passos para trás, segurou com firmeza sua katana e realizou um golpe de cima para baixo, onde Ricardo utilizou seus dois escudos para defender.
Ricardo sentia que estava tudo bem, contudo sentiu que a força do golpe estava aumentando e então foi para trás e katana atingiu o chão.
— Acho que você sentiu a força de minha katana, “Odenta”. Ela fica mais forte cada vez que eu acerto um inimigo.
A “Odenta” possuí em seu cabo uma palavra japonesa “Shi”. Sua lâmina é negra com traços de um vermelho de sangue. Essa katana é mais longa que uma comum.
Musashi continuou a sequência de golpes e Ricardo os defendia, mas sentia um aumento de uma força espontânea.
Então, em um dos golpes o Musashi acertou a ombreira de Ricardo e cortou um pedaço do aço.
Percebendo que era possível o cortar, ele realizou uma estocada e Ricardo tentou defender, contudo seus escudos foram atravessados e sua barriga foi atingida.
Musashi sorriu mas a felicidade durou por pouco tempo, quando levou um soco de direita em sua costela. Ele sentiu uma tremenda dor e tirou a katana do corpo do adversário e cambaleou um pouco para trás.
— Então você consegue passar pela armadura.
— E você sabe atacar.
Os dois começaram a ficar animados e começaram a liberar intensamente a intenção assassina.
— Libere sua força, Odenta.
Musashi realizou um golpe de baixo para cima e Ricardo esquivou por pouco, vendo a katana passando perto de seu olho direito. Então, Musashi atacou na diagonal e acertou o ombro do escudeiro. Contudo, novamente recebeu um soco na costela e cambaleou para trás.
“ Os socos dele são muito fortes, se eu continuar os recebendo, vou acabar caindo primeiro”.
Musashi posicionou sua katana para trás e respirou fundo.
— Hakai no katto.
Ele realizou o golpe e um corte de ar foi na direção de Ricardo que não conseguiu se esquivar ou defender. Então, o ombro que antes Musashi havia atingido, agora estava sangrando e a ombreira estava destruída.
— Que magia você usou aqui, seu maldito?
— Magia?! Por favor não me compare aos outros Cavaleiros que dependem de seus poderes. Tudo o que eu preciso é de boas Katanas e minhas próprias habilidades.
Ele realizou o mesmo golpes, mas na barriga do Ricardo que começou a sangrar e a região da armadura a deteriorar.
— Verdadeiros guerreiros só precisam de suas armas e sua próprio esforço. Por isso, os samurais são os melhores guerreiros do mundo e dentre todos eles, eu sou o melhor.
Então ele posicionou sua katana na posição horizontal com a parte afiada virada para cima.
— Então, prepare-se para morrer diante do maior espadachim.
Ricardo começou a contrair os seus músculos e então na descontraída deles, os fragmentos de sua armadura foram jogados para longe e no chão.
— Muito bem falado, samurai. Mas, tem algo que você está muito enganado.
O corpo de Ricardo começou a ficar com uma corpo prateada.
— Os verdadeiros guerreiros não são os que precisam somente de suas armas e esforço. O verdadeiro guerreiro é aquele que diante da morte, não a teme ou foge dela, e sim a enfrenta de frente. É aquele que nunca terá seu espírito abalado.
Então o corpo dele estava totalmente reforçado por aço.
— Steel.
Novamente, Musashi posicionou sua katana acima da cabeça para realizar o mesmo golpe.
— Hakai no katto.
O golpe atingiu o peito de Ricardo, mas ele não foi afetado. Musashi se surpreendeu.
— Eu já te disse, samurai. A minha defesa é a maior desse torneio.
Musashi correu na direção dele e saltou. O golpe iria atingir o peito do Ricardo, o qual defendeu o golpe com seu punho esquerdo.
Ricardo com seu punho direito atacou Musashi, o qual desviou do golpe no ar girando o seu corpo em sentido anti-horário. Assim, após a esquiva, o seu ataque mudou de direção pro pescoço do Cavaleiro rival e atingiu.
Com toda sua força, tentou corta-lo e viu sangue escorrendo em sua katana. Contudo, Ricardo acertou o peito e a barriga do Cavaleiro da Espada com seus punhos ao mesmo tempo.
Musashi foi jogado para longe, junto de sua katana. Ele sentiu bastante dificuldade para respirar e levantar.
— Não se preocupe, samurai. Eu acabarei com isso logo, pois meu senhor Deus ensinou-me a dar uma morte lenta para aqueles que não conhecem o seu amor.
Musashi se levantou e entrou em posição de combate. Então, ele impulsionou-se para frente e entrou em combate direto com ele.
Ricardo rebateu os golpes com seus punhos e tentou acertar seus golpes com precisão em pontos vitais do Musashi.
Então, o Cavaleiro da Espada parou de atacar e começou somente a desviar. O deslizar dos seus pés no terreno era como se ele estivesse em uma dança. No meio do caminho, foi posicionando sua katana na vertical com a lâmina para baixo.
Então, der repente a soltou e quando a lâmina atingiu o chão, ele deu um chute no cabo e a fez subir na horizontal. Quando ela atingiu a altura ideal, ele atingiu o cabo dela com sua mão direita e com grande força e precisão realizou um ataque que teria o mesmo impacto que um tiro de canhão.
Ricardo colocou seus dois punhos na frente, para defender. Contudo, a lâmina atravessou as mãos e atingiu o coração.
Ricardo colocou sua cabeça para trás e então deu uma cabeçada na cabeça de Musashi, o qual perdeu a consciência por um segundo e caiu para trás. Nesse tempo, o Cavaleiro do Aço tirou seus punhos da lâmina e acertou o queixo do Musashi com sua mão direita.
Musashi caiu no chão, então Ricardo o pegou pelas pernas, começou a girar e o jogou para longe. Então, após ele atingir o chão, Ricardo apareceu em um instante e pisou na barriga de Musashi diversas vezes.
Quando parou, jogou a katana do lado do corpo destruído de Musashi.
— Não levante, samurai. Você não tem como ganhar e isso já tinha sido decidido no momento do nosso nascimento. Eu fui abençoado com a graça de Deus e você que nunca conheceu esse amor, assim é impossível a vitória. Fique feliz por ter sido chamado de maior espadachim, mesmo que por um povo pagão e totalmente bárbaro.
Musashi abriu seus olhos, segurou sua katana e se levantou, tudo acontecendo em instantes. Ele realizou uma estocada na direção do peito de Ricardo, o qual defendeu o golpe com seus punhos.
Contudo, a força usada naquele golpe foi intenso, a ponto do Musashi conseguir empurrar para trás o Ricardo.
Então, ele ergueu sua katana e enquanto realizava o golpe, quatro lâminas ao redor dele foram sendo criadas.
Ricardo levantou seus braços para se defender, mas era tarde de mais.
— Shiki.
Então, Ricardo atingiu o golpe de cima, mas ele era falso. Quando ele pensou em defender outro ataque, não percebeu que o verdadeiro golpe estava vindo na direita lateral.
Assim, Musashi o atingiu em cheio e Ricardo caiu de joelhos no chão.
— Você pode falar mal de mim ou dos meus golpes, mas jamais zombe do meu título e do meu povo. Eu o uso não por orgulho, mas por respeito a todos os espadachins que caíram antes de mim e aos guerreiros que vieram depois de mim.
Ricardo colocou sua mão direita no ferimento e viu sangue.
— Eu não luto por prazer ou religião. Eu luto por todos os espadachins que não puderam estar aqui e honrarei suas memórias e seus nomes. Esse é o fardo do maior espadachim.
CONTINUA…