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Amor é Mais Complicado do que Parece - Extra 10

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Os laços de uma família

Izumi se fudeu, no caso, pegou uma virose muito forte e acabou no hospital. Preocupações à parte, Yuna agora tinha que cuidar da filha  e assumiu essa responsabilidade.

No momento, está indo buscar Sara na escola, não é a mesma escolinha do capítulo anterior, pois a garota já está com 7 anos, mas não vem ao caso.

Yuna mal chegou e já encontrou a garota com um olhar para baixo, estava meio amedrontada, com medo de encarar a mãe.

O motivo?

Tinha ido “mal” na prova daquele dia. No caso, depois de pedir ajuda para a mãe para estudar, ela ainda não conseguiu ficar entre os melhores e se sentia frustrada e culpada por isso.

Claro, de qualquer forma, foi até o carro e entrou torcendo para Yuna ter esquecido da prova. 

— E como é que foi sua nota? — Mas, claro, a loira nunca se esqueceria.

— Bem… — A resposta demorou a vir. Só com isso, Yuna já tinha entendido que o resultado não era dos melhores, mas não se importou muito.

— Vamos, me conte, não vou ficar brava. — Com algum esforço, conseguiu convencer a garota a contar como tinha ido. Ao saber de todos os detalhes, apenas perguntou: — E você acha que deu o seu melhor?

Sara hesitou. — Si-sim, você até me ajudou, mas…

— Bobinha, se deu seu melhor, está bom, é irritante perder, mas é inevitável. Dito isso, se quiser, podemos estudar mais depois, da próxima vez com certeza vai conseguir!

— Sim. — E ela já estava toda animada de novo, até porque estudar com a mãe era igual a: passar mais tempo com a mãe. Yuna era um bocado ocupada e Sara adorava passar tempo com os pais, por isso sempre que ela conseguia um jeito de aumentar esse tempo, ela usaria.

E foram para o supermercado, até porque Yuna queria comprar coisas para fazer um bolo para quando Izumi melhorasse.

— Mãe, compra isso… — A pergunta de sempre veio, ela estava apontando para uns pirulitos.

— Não, já vou fazer bolo, sem mais doce. — Sara aceitou a resposta sem se contrapor, sua mãe era assustadora demais para enfrentar. — Falando em comprar, quer alguma coisa em especial? Vou te dar um prêmio por se esforçar.

Coincidentemente, quando ouviu a pergunta, Sara estava passando pela fruta estranha de dois anos atrás. Teve uma ideia! Por coincidência, ela tinha achado um jeito de conseguir aquela fruta estranha.

— Mãe, pode comprar isso? — Apontou para o que desejava. Yuna olhou e teve certeza: ela não vai comer essa porra. Respondeu:

— Você nem vai gostar disso, escolhe outra coisa.

— Não! — Teve coragem de enfrentar aquela mulher assustadora. — É minha recompensa, né? Então posso escolher.

Yuna até pensou em negar, mas suspirou e aceitou, não era como se fosse ser grande coisa e, qualquer coisa, era só ela comer. — Só não chore quando experimentar e descobrir que é horrível, ok? — Esse foi seu único comentário.

Assim o supermercado acaba.

Voltaram para casa, Yuna cortou a fruta e deu para filha experimentar e já foi fazer o bolo, queria acabar logo para gastar o resto do tempo brincando com Sara.

A propósito, como esperado, a garotinha odiou aquela merda, era muito azeda, mesmo assim comeu até o fim sem chorar ou reclamar, não queria admitir o erro. Pelo menos, depois de comer tudo, se sentiu muito realizada, depois de tanto tempo tinha conseguido o que queria.

Com isso uma ideia surgiu: “Também vou estudar bastante e, daqui vários anos, quase ninguém vai conseguir ser melhor que eu!”. Era uma determinação parecida com a mãe, só tinha uma diferença, Sara queria estar entre os melhores, não ser a melhor.

De qualquer forma, o bolo estava pronto e era hora de brincar, Yuna tinha tirado o dia inteiro de folga e resolveu gastar a energia com a filhinha.

E como gastaram energia.

Brincar de cavalinho, corrida, futebol dentro de casa, brincar d lutinha com as bonecas, depois estudaram juntos, ai Yuna ensinou alguns exercícios para Sara e, por fim, ainda: jogaram videogame, assistiram tv, brincaram de lutinha, de pular corda, de tudo. 

7 horas depois de chegar em casa, a pequena menina caiu em cima da mãe enquanto falava, ela já estava exausta e precisava dormir um pouco. 

Assim, Sara tem um delicioso e calmo sono no colo da mãe que ainda tinha energia para mais algumas horas.

Duas horas depois, Izumi chegou.

— Nossa, ela está dormindo? Que tipo de mágica você fez? 

— Só brincamos um pouco, acho que ela cansou. — Izumi só podia pensar: “realmente, a bateria da minha esposa é infinita”. — Como está se sentindo?

— Bem, me deram alta, só tive que fazer um procedimentos chatos, mas nem foi tão ruim assim. — Yuna não se convenceu muito com aquelas palavras, mas deixou por isso mesmo. — Enfim, já é tarde, melhor deixar ela dormindo no quarto, depois podemos nos sentar e beber um pouco, 

Yuna concordou e, delicadamente, pegou a garota para levá-la até o quarto, já eram quase 11:30 da noite, bem mais tarde do que ela costumava dormir, sem contar todo o cansaço do dia, ela provavelmente teria uma boa noite de sono, mas…

— Mãe, você não ia me acordar quando o papai chegasse? — Surpreendente, a garota acordou ao ser levantada.

— Sim, mas já é tarde, não quer dormir?

— Não! — Sara foi enfática e se debateu até ser colocada no chão. — Pai, pai, fiquei acordada te esperando, vamos assistir alguma coisa juntos?! — Abriu um sorriso lindo misturando orgulho e felicidade.

Izumi passou a mão na cabeça dela e concordou. Assim, foram os três ficar sentados no sofá juntos. O sofá era meio pequeno, por isso ficavam bem próximos, Izumi reclinando sobre Yuna e Sara no colo da mãe, todos sentindo o calor um do outro.

Os três estavam em sintonia, sentiu Yuna. Ela gostava muito daquilo, ter uma família, era tão aconchegante o elo que tinham formado.

Então, harmonicamente, ficaram ali assistindo um desenho qualquer, o que passava nem importa muito, só precisavam ficar juntos conversando sobre o dia e coisas assim.

— A propósito, entre nós dois, de qual você sentiria mais falta? — Aí o Izumi perguntou isso de forma completamente aleatória e despretensiosa.

Yuna queria o socar por ter perguntado algo como isso, mas antes que pudesse reagir, Sara já tinha respondido:

— A mamãe… bem, você é mais bonzinho, mas… a mãe é mais legal, mais boom! — Ela gesticulou exageradamente com os braços. — Entende?

Izumi concordou fortemente. — Sim, sim, Yuna é muito foda.

Enquanto isso, a própria Yuna ficou, orgulhosa de si mesma, ouvindo o que os dois diziam.

Sim, era uma família em muita sintonia.

 

Visão Hiore.

Agora acabou de vez.

É isso e espero te alcançado 20k antes de postar esse cap, porque seria muito foda.

Só isso, comentem e até algum dia.

 

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