Amor é Mais Complicado do que Parece - Extra 1
Perrengues de ano novo
“Uns três meses antes da Yuna e Izumi se conhecerem”
Narração em terceira pessoa.
6:33 da manhã do dia 31 dezembro, Izumi acorda cedo, como de costume. Toda a casa está em silêncio absoluto, a manhã sem ninguém, era o momento preferido dele. Principalmente quando fica na casa do campo do seu tio Bert, onde toda a família se reúne, o deixando sem espaço ou lugares para ficar sozinho.
Por outro lado, Yuna, que tinha ficado, com os amigos, acordada até de madrugada na última noite, agora dormia como uma pedra, na sua cama, e no seu sempre organizado quarto. A janela do quarto estava aberta, vale dizer, ou seja, a luz entrava diretamente na cara da Yuna, mas isso não seria o suficiente para acordá-la nesse momento.
Continuando o dia de ano novo, algumas horas se passaram, até chegarmos a hora que a Yuna finalmente acorda, por volta das 9… Ok, arredondar assim não combina com alguém onisciente como eu, por isso darei o horário exato, ela acorda 9:23, relativamente tarde para os padrões dela.
Por outro lado, por volta do mesmo horário, Izumi nota algo, devido ao uso intenso, seu celular, que estava com 100% quando ele acordou, está agora com apenas metade de sua carga total. Não acho que precise ser qualquer gênio, para entender que esse montante de bateria seria insuficiente para todo o dia de réveillon, principalmente para alguém como Izumi, que usa o celular muito quando a família se reúne.
Apenas para uma pequena comparação, quando acordou de verdade, Yuna abriu seu celular, respondeu algumas mensagens, por que isso importa? Bem, a porcentagem marcada no seu celular, era curiosamente igual aos 50% vistos pelo Izumi, destino, quem sabe? Não, na verdade, é só eu enchendo linguiça(enrolando).
By the way(“a propósito” em inglês = mais chique), já devem ter lido o título, né? Nele a palavra: “perrengues”, está indubitavelmente escrita, portanto, devemos começar a mostrar tais problemas, que se interporem, entre um ano novo perfeito e nossos protagonistas.
— Não carrega! — Izumi murmura para si mesmo, depois de tentar várias vezes colocar seu celular para carregar. Após mais testes, em outras tomadas e com outros fios, ele, às 10 da manhã do dia 31, teve certeza de que seu celular tinha parado de carregar.
Izumi logo se acalmou e começou a fazer testes, primeiro reiniciar o celular, assoprar, fazer reza braba, testar se outros celulares estavam carregando, estavam, ou seja, o problema não era a casa.
Enquanto tentava pensar sobre as possibilidades, logo o almoço em família chegou. Uma situação, na qual o garoto se sentia obrigado a usar o celular, afinal achava um saco ficar na mesa, mas é falta de educação só sair da mesa sem esperar os outros acabarem de comer, não que mexer no celular não seja também, mas enfim.
Como resultado dessa situação, ele gastou ainda mais bateria, chegando aos 15%. Yuna, por outro lado, nesse momento, estava com 40% e começando a preparar a comida com a mãe, já que elas, como sempre, passariam o ano novo juntas em casa, diferente do natal, quando elas passam a noite fora com amigos próprios.
Dada a situação, Izumi teve uma ideia, a bateria do seu celular já estava fraca mesmo, por isso ele decidiu deixar acabar de vez, então testar se depois disso volta a funcionar. Para atingir seu objetivo, Izumi apenas ficou mexendo no celular por um tempo, algumas horas se passaram, então a bateria acabou e tudo certo.
Enquanto isso, Yuna e sua mãe, Lila, estavam conversando amigavelmente, Lila depois de receber uma mensagem pergunta:
— O que acha do Goji vir aqui?
— Por que? Você quer chamar ele por acaso? Interessante, será que minha mãe está entrando em um novo romance.
A propósito, Goji era um amigo da família de muito tempo atrás. Lila, levemente dá um golpe de karatê na cabeça da Yuna, então diz:
— Nem a pau!
— Ai! Abra seu coração para sua filha querida.
— Claro, claro, a propósito, ele estava na Espanha e comprou um monte de vinho lá.
— Isso…
Yuna fica levemente tentada, além do mais, só uma informação que não precisam, Goji viaja muito a trabalho.
— Espera! Mas eu nem posso beber, sou menor, irresponsável. — Yuna diz.
— Vamos, é ano novo, além do mais não é como se já não tivesse feito isso.
Voltando para o Izumi, que estava desesperado, ele já tinha tentado tudo o que sabia, usar um carregador mais forte para ver se vai, colocar e tirar de carregar várias vezes, entre outras coisas, mas nada funcionava.
Claro, haviam outras coisas a serem testadas, foi aí que Izumi notou seu erro, o teste de deixar a bateria acabar, é o último que deve ser feito, pois, a partir desse momento, você fica sem celular, ou seja, sem nenhum meio de pesquisar formas de resolver o problema por si mesmo.
Enfim, dado que temos um “s” indicando plural no perrengue do título, naturalmente Yuna notou ter o mesmo problema, nesse caso já era por volta das oito da noite, quando ela percebeu. A título de curiosidade, nesse mesmo horário, Izumi já estava entrando em abstinência.
— Ué, acho que meu celular não está carregando. — Yuna acaba comentando, logo Goji, que acabou indo para casa no fim das contas e Lila, deram uma olhadinha, mas Yuna só jogou o celular no sofá e deixou para olhar depois.
Em contrapartida, Izumi aproveitou que sua mãe não estava usando o celular, então pediu a ela, ele emprestado. Depois de pesquisar por alguns métodos, ele descobriu um bem óbvio: limpar o conector do celular com uma agulha ou algo do tipo.
Ele já não tinha opção, por isso testou, então…
— Funcionou! — Izumi comemora silenciosamente para si mesmo, ao fundo as pessoas estavam bebendo e começando a entrar no clima de festa.
Izumi logo pegou sua power bank, sentou em um sofá que estava lá por perto, então aproveitou para ler algumas coisas, além de responder uma mensagem, que tinham mandado nesse tempo sem bateria.
Agora tratando do problema da Yuna, depois que a bateria acabou, e sem conseguir fazer o celular carregar ela ficou um pouco preocupada. Faltava uma hora para o ano novo, por isso os três na casa resolveram se focar um pouco nisso, até porque o celular era novo.
No fim tentem adivinhar o que solucionou o problema? Obviamente limpar o celular, afinal se a solução dos dois não fosse a mesma, perderia toda a ideia desse capítulo, de provar que eles estão predestinados a ficar juntos.
Afinal, se duas pessoas têm o mesmo problema no celular, no mesmo dia, isso só pode significar que a alma delas está conectada, dado que o celular e a internet são basicamente nossa alma.
— Boa, finalmente! — Yuna comemorou.
— Eu disse que ia dar certo. — Goji diz.
Depois Yuna deu uma olhada nas várias notificações que recebeu, já que tinha ficado um tempo razoável sem olhar o celular, então simplesmente o jogou no sofá e depois teve o ano novo.