Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 96
Revanche contra a Hina
Visão Izumi
O tempo passou em um segundo e já estávamos na minha casa, nem pisquei e chegamos, a papo sempre fluía muito bem com a Yuna.
Enfim, lá estavam todos os meus parentes, pareciam interessados, um certo alguém tinha, finalmente, voltado a visitar sua casa e todos queriam saber sobre isso.
Vendo aquilo, claro, me escondi atrás da Yuna.
Foi inevitável, tive que conversar pelo menos um pouco com todo mundo, o que, por si só, já me deixou cansado.
Sem contar que, naquele dia e próximos, passei a tentar conversar um pouco mais, o que aumentou o cansaço.
Devem ter sido duas ou uma hora e estava liberado para voltar para sala e sentar no meu cantinho.
A louça que eu deveria lavar foi para a casa do caralho e a Yuna ficou lá o tempo todo, até porque ela gostava da minha família. Ela deve ter ficado conversando ou jogando alguma coisa com a Hina.
Me vendo no canto, ela veio na hora falar comigo. No fim ela apenas sentou do meu lado, me reclinei sobre o corpo dela por uns 30 minutinhos e pronto, já estava descansado.
Dormir às 4 da tarde é triste, mas me forçar a ser mais sociável tinha sido bastante desgastante, apesar de um pouco divertido.
Notícia boa, as energias voltaram rapidinho, tipo um celular, só conectar no carregador que rapidinho já dá para usar de novo. Claro, isso se o seu celular não for uma merda que demora 10 horas para carregar completamente e ainda para de carregar do nada de vez em quando! Ok, específico demais.
Hina, vendo nós dois juntos ali, quis ir se meter, assim que ela sempre foi.
— Finalmente um tempo a sós, e aí, não vão me contar como foi passar a noite sozinhos em uma casa? — Óbvio, ela queria provocar, mas misturada na pergunta estava uma preocupação de como foi tudo.
A pergunta foi direcionada principalmente para mim, assim, a minha tia estava literalmente me encarando; mas Yuna, que sentia uma rivalidade com a Hina, acho, foi quem respondeu dizendo:
— Foi tudo bem, eu estava lá, afinal; visitamos o antigo quarto do Izumi e tudo mais.
Hina claramente se surpreendeu, até eu me surpreendi comigo mesmo quando decidi entrar, tinha pavor só de pensar naquilo e, no fim, foi super fácil porque tinha a Yuna comigo.
— Entendi… — Provavelmente diferente do que Yuna esperava, Hina apenas se mostra muito feliz em ouvir aquilo, no fim, a única que sentia qualquer rivalidade era minha namorada super competitiva sobre tudo. — Quer jogar alguma coisa?
— Claro que sim. — Naturalmente, Yuna concordou imediatamente.
Visão Yuna
Acabei indo para casa do Izumi sem motivo, devia ter sido só algo rápido e quando percebi que duas horas tinham se passado, foi um instante.
No fim, o resultado natural de ter eu e Hina por perto, foi jogar uno de novo, só nós três porque os outros estavam no churrasco, ou fazendo outras coisas.
As cartas foram distribuídas e o jogo começou, o azar me pegou de jeito e na primeira partida não tinha uma carta especial sequer!
— E o que achou, seu quarto continua como deveria? — Hina lança a porra de um compre quatro para mim, essa foi literalmente sua primeira carta!
Não joguei, foi a vez do Izumi que jogou um 3 verde. — Sim, nada mudou, você nem entraram nele desde então, né?
— Claro que não, nem no quarto do seu avô nem no seu, a casa ficou para você no fim, ninguém faria isso. — Hina joga um 3 vermelho.
Ganhei quatro cartas a mais, tinha 11 na mão e nenhuma vermelha! Pior, não tinha uma porrinha especial sequer, comprei do monte, pelo menos consegui uma carta especial, um pule a vez verde.
— Entendo, obrigado por isso e descul… — Izumi parou no meio de se desculpar e jogou um 2 vermelho.
Hina coloca um pula a vez vermelho e sorri amavelmente. — Relaxa, não foi nenhum problema para mim, só tive que usar outros quartos, a casa é gigante e o mais importante é o apego emocional que ela tem para você.
— Uhum… — Meu namorado usa um pula a vez vermelho. — Acho que vou querer redecorar meu quarto aos poucos, me livrar do antigo, já sobre o do meus avós, bem… posso contar com sua ajuda para isso.
Usei minha única carta especial. — Vou lá com você quando quiser, mas o que vai querer fazer, limpar o quarto? Pegar as coisas e guardar em outro lugar?
Izumi estava falando com a Hina? Sim, mas respondi de qualquer jeito e ainda usei minha única carta especial para pular a Hina.
— Não se preocupe, tenho certeza de que ele vai contar mais com você do que comigo, bobinha. — Não é porque não ia jogar uma carta, que Hina não ia poder falar e ela aproveitou muito bem para me irritar um pouco.
Foi quando um peteleco do Izumi veio. — Não precisa ficar tão irritada por causa de um joguinho, relaxa.
Levei a mão à testa para reclamar da “grande” dor. — Ok, foi mal.
— Não precisa ser competitivo sobretudo o tempo todo. — Razão ele tinha, mas não era tão fácil assim, o meu coração pedia por vitória.
Hina apenas observou essa pequena conversa entre nós dois com um grande sorriso e até fez cafuné na minha cabeça depois. Para ela, nos ver crescendo era algo ótimo.
Enfim, depois o jogo seguiu mais de boa, me dava muito bem com a Hina e continuamos monopolizando as vitórias, com Izumi ganhando uma ou outra.
Também não jogamos muito, só umas 6 partidas rápidas e já estava ficando tarde, precisava voltar para casa e assim o dia acabou.