Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 71
Andar de muleta é um saco!
Visão Izumi
Suspirei cansado e murmurei: — Finalmente… — Então caí na cama cansado. Tinha me livrado do gesso um dia e estava exausto por vários motivos.
Porém, antes de falar sobre minha canseira, voltaremos um pouco no tempo.
No fim Yuna me deu uma bronca por ser idiota, não há muito o que falar sobre aquilo, ela estava certa mesmo. Claro, nem por isso minha personalidade iria mudar do nada.
Foi então que a terra girou e o sol sumiu no horizonte e mágicamente reapareceu do outro lado depois de 12 horas e finalmente estava livre!
Livre da cama, mas amarrado ao gesso.
Ter o pé imobilizado é horrível. Eu sentia como se estivesse dentro do Mario Bros e uma daquelas plantas carnívoras tivesse agarrado minha perna com tanta força que não soltava de jeito nenhum.
Principalmente quando eu tentava ir de um lado para o outro, aquele troço me continha e segurava!
Ok, a analogia é bastante particular, mas de fato usar gesso era um saco.
Por exemplo, eu não tinha mais como andar de um lado para o outro, enquanto me imaginava no meio de uma luta épica em um coliseu gigante, dançando e cantando enquanto era atingido por flechas.
Claro, também não conseguia correr nem me locomover tão fácil quanto antes, mas isso é secundário, né?
Agora, deve estar imaginando que o machucado me levou a ficar as férias inteiras em casa, contudo devo lhe informar que se enganou.
Em condições normais de temperatura e pressão eu não sairia da minha toca, no entanto havia um elemento novo dessa vez, Yuna.
Não tinha chance dela não fazer nada com as duas semanas que ainda tínhamos. E, como de costume, ela preferia fazer tudo em grupo, ou seja, inevitavelmente ela me convidou para ir para vários lugares e eu acabei aceitando em todas elas.
Não é como se eu estivesse incapaz, só precisava usar muleta, ou às vezes cadeira de rodas. Minha mãe tinha uma velha, então acabei usando, a parte mais divertida era descer ladeira, sem dúvidas.
Inclusive, nesta cadeira de rodas achei um negócio muito legal. Basicamente, era só um troço para colocar a perna, com o qual eu conseguia andar que nem patinete.
Quando me machuquei achei que a locomoção seria a parte mais chata de tudo, mas acabou sendo de boa. Ousaria até dizer que foi divertido testar várias coisas, principalmente na descida.
Até me bateu uma nostalgia de andar de patinete, por isso comprei um novo, mas isso é outra história.
Ou seja, eu vivi minha vida de forma quase normal, melhor, teria se não fosse por um pequeno detalhe, pessoas.
Primeiro que quando se machuca as pessoas ficam preocupadas, por conseguinte mais pessoas acabavam vindo falar comigo. Segundo, e mais importante, depois que conheci as amigas da Yuna, ela passou a me levar mais e mais para as coisas que ela fazia com seus amigos.
Pessoas falando, ir de um lado para o outro e muitas pessoas novas, isso acontecia quase todo dia… na real, 2 vezes na semana,
Sim, estava sendo levado por uma forte correnteza e por mais que tentasse me segurar na raiz de uma árvore, a porra da árvore era muito velha e o bagulho soltou me deixando sem nada apara segurar.
Claro, deixando a analogia sem sentido de lado, era um bocado cansativo.
Não só isso, era um pouquinho frustrante também. Não falar com ninguém é uma coisa, mas tentar fazer amigos e sentir que está falhando miseravelmente é outra completamente diferente.
Ah! Se quiser saber o motivo da falha, simples, minha voz nem saia direito, quando eu falava eram poucas coisas e, para piorar, ficava cansado rápido, então não conseguia manter uma conversa muito longa, principalmente quando tinham mais de 0 pessoas envolvidas.
Frustração e exaustão foram adicionados a minha lista de sentimentos, apesar de que ainda não os entendia bem naquele ponto.
Posso dizer que meu casulo estava começando a ser destruído, não esperava que isso fosse acontecer quando conheci Yuna, mas era cada vez mais inevitável.
Agora, chega de falar de coisas ruins e problemas, ninguém liga para essas coisas, vamos falar de coisas boas, não, melhor ainda, vamos falar sobre a Yuna. No caso, sobre nosso segundo encontro no parque, para comemorar minha liberdade do gesso.
Vale dizer, dessa vez seria num parque aquático divertido, não morrer pedalando, até porque praticar exercício intenso não parece a maneira mais saudável de comemorar uma recuperação de lesão.
Assim, teoricamente você pode, mas… para que arriscar?
Enfim, me deitei na cama e tirei uma longa soneca para descansar das últimas semanas. E, principalmente, do churrasco que minha família tinha feito para comemorar minha reabilitação.
No dia seguinte acordei com mais disposição, escovei os dentes rápido, tomei banho e fui até a casa da Yuna, ela morava perto afinal.
De lá peguei carona com a mãe dela e logo chegamos ao nosso destino, o parque.
Era um lugar lindo! Todos aqueles brinquedos gigantes, tipo o privadão, ou os piscinões.
Aquele era o cenário perfeito para uma gigante guerra com armas de água, imagina! Você poderia chutar os inimigos capturados no privadão, poderia transformar as piscinas em campos de batalhas, as boias serviriam de escudo e de barcos, além do mais… Ahan! Já chega de loucura por hoje.
Estava definitivamente empolgado, isso que importa.
Continuando, fomos para os vestiários, colocamos roupa de banho e tudo mais, sim, tecnicamente teremos mais fanservice… só que não.
Já dentro do parque, me encontrei com a Yuna, fomos esperar em uma fila e foi quando um grupo de pessoas veio falar conosco.
Nem preciso dizer que eram amigos da Yuna, né? Afinal, a chance de eu sair de casa e encontrar um amigo, ou sequer alguém que eu conheça, é quase nula, se não for negativa.
Enfim, um grupo se juntou ao nosso encontro.
Nota:
Pelo menos é só 3 da tarde, nem conta como atraso.
A proposito, semana que vem não vai ter capítulo, porque eu fiquei muito empolgado escrevendo o capítulo 74, 75, 76 e mais, ao mesmo tempo que comecei umas outras coisas ai, mas esqueci de escrever a porra do cap 72.