Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 69
Se teve o presente, tem que ter a festa.
Visão Izumi
Tudo começou quando encontrei Yuna por coincidência no shopping, então, depois de ser interrogado e “muito” pressionado, acabei contando meus planos para Yuna.
E foi assim que minha surpresa foi arruinada, eu acabei andando por horas e no fim não comprei nada, isso mesmo! Não consegui decidir nada, desculpa.
Bem, no fim a Yuna disse que o chaveiro estava bom e me mandou parar de pensar muito sobre isso, resumindo, ela já tinha andado por aí o suficiente e tinha se cansado disso.
No fim, ela não ligava muito para o que o presente era, apesar de que ela definitivamente gostava e apreciava meu esforço em escolher algo.
De qualquer jeito, não tocamos mais no assunto presente até ano que vem, ok? Meu cérebro já fritou o suficiente naquele dia tentando escolher presente.
Enfim, algum tempo se passou e Yuna chamou todo mundo para o boliche no aniversário dela.
Diga-se de passagem, todo mundo se resumia a mãe dela, as amigas e outras pessoas que não conhecia.
Então lá estava eu, levemente perdido e meio a um mar imenso de pessoas… Na verdade, eram só 10 ou 15 no máximo. Ahan! Para mim 10 pessoas já era uma multidão, ok?
Voltando, lá estava eu no meio daquela multidão, sentindo-me cercado por absolutamente todos os lados, foi quando o primeiro desafio apareceu: entregar o presente para a Yuna.
Eu estava com o negócio na mão, pronto para entregar ao destinatário, contudo a corrente marítima que me separava da garota eram muito poderosas.
Resumindo, tinha sempre gente querendo falar com ela, por isso não conseguia chegar perto.
Ok, ok, falando desse jeito nem parece muito desafiador, mas era de fato uma barreira intransponível, pois… pois eu era muito tímido.
A propósito, não se esqueçam que estávamos no boliche, por isso eu também tinha que jogar.
Por que isso importa? Bem…
— Ai! — Um certo idiota, tímido, distraído e esquisito derrubou a bola de boliche no proprio pé.
Como! Só como, ele conseguiu tamanho feito? Eis a questão.
Infelizmente resposta para essa pergunta nunca havrá, pois nem mesmo eu, o idiota da história, lembra ou entende como caralhos fez aquela merda.
Dito isso, tenho minha próprias teorias, provavelmente a bola escorregou da minha mão só para cair certinho no meu mindinho.
Inclusive, maldito dedo inútil!
Não que minhas reclamações fossem mudar alguma coisa, afinal naquele momento senti uma serpente enrolar meu corpo e esmagar minha alma pouco a pouco, até eu ouvir o “crack” dos meus ossos trincando, sem mais força para resistir.
Uma dica, não derrube uma bola de boliche no seu pé, dói, dói realmente muito.
— Izumi, você está bem? — Uma voz muito familiar e preocupada veio aos meus ouvidos.
— Sim, por sorte não pegou no meu pé, mais um centímetro e meu mindinho teria sido esmagado. — Dica número dois, não finja que a bola de boliche não acertou seu pé, essa também não é uma boa ideia.
Só para acabar, uma terceira dica: não tente andar normalmente, só para fingir que está bem, isso não funciona e dói muito.
Infelizmente ninguém tinha me dado esses conselhos antes, por isso, em nome de não atrapalhar a festa, acabei me fodendo.
Olhando pelo lado bom, a verdade é que eu dei sorte de só quebrar o mindinho e na hora até que consegui ficar de boa apenas sentado.
Obviamente a partir daquele ponto a missão: entregar o presente, ou entrar no meio da roda de pessoas tinha se tornado impossível.
A pior parte, ficar sentado com pé inchado e sentindo a dor apenas piorar, imagina aguentar isso por 5 ou 6 horas?
Por sorte, só tive que imaginar esse cenário, afinal logo depois que andei todo torto fingindo estar bem, Yuna já sentou do meu lado e perguntou: — Fala a verdade, como está?
E foi assim que estraguei a festa tendo que ir pro hospital, aí eles deram uma imobilizaram meu pé e colocaram todas aquelas porras de quando quebra alguma coisa.
Sim, exatamente, agora entramos na saga Izumi de muleta! Que vai durar apenas um mês, ou se preferir, posso dizer que vai durar 2 capítulos.