Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 64
Izumi izumando em um museu
Visão Yuna
Se há algo que sempre me deixou curiosa é a mente do Izumi, principalmente quando começamos a namorar, naquele tempo eu me perguntava bastante sobre isso.
Entre as coisas que eu me perguntava sem dúvidas estava a pergunta: o que acontece se você jogar o Izumi em um museu?
Agora adivinhem o que tinha na cidade onde estávamos? Não só um museu, melhor que isso, um museu de armas antigas.
Ok, aqui vai uma pequena curiosidade, nem sabia sobre isso na época, mas Izumi adora armas, principalmente armas brancas, ele até tinha uma coleção de facas.
Como podem esperar, esse foi o tipo de situação onde foi possível ver a mente do Izumi na sua potência máxima.
Ok, agora para a história, vamos começar pelo meu arrependimento, quando…
— Vamos — Puxei Izumi.
O garoto, em um ato incomum, resistiu. Lembro bem que estava irritada, coloquei força na minha mão e puxei meu namorado contra sua vontade.
Que fique claro, eu não sou a vilã da história, minha raiva era perfeitamente justificável e qualquer um também ficaria sem paciência.
Vamos para o contexto, estávamos na entrada do lugar, nem sequer tínhamos pagado para entrar ainda e Izumi já tinha enroscado em algo!
Sério, na entrada tinham algumas estátuas vagabundas de soldados, as quais todos ignoravam, mesmo um certo alguém que quis ficar olhando aquilo por 10 minutos?
No começo tomei um susto, porque a tal pessoa nem me avisou ou comunicou nada, ele simplesmente parou do nada e entrou no seu próprio mundo enquanto eu segui andando.
Passado o susto inicial e depois de ter encontrado meu acompanhante, resolvi ficar olhando, estava um pouco curiosa.
Vocês já me conhecem e devem imaginar que a curiosidade passou rápido, até porque não era nem um pouco interessante, Izumi só ficou parado lá sem fazer nada.
“olha, eles colocaram uma estátua na entrada!” Ouvi uma criança dizer, esse era o quão parado Izumi estava.
Só deixando claro, nenhuma criança disse aquilo mesmo, eu só inventei, mas não seria impossível que alguma dissesse.
Entendem meu arrependimento? Aquilo foi só a entrada, mas já tenho tanto para falar!
Se eu tivesse que definir como foi aquele dia eu diria: Izumi é como lã e o museu foi um velcro com milhares de ganchos prontos para capturar Izumi. Resumindo, lá tinham várias coisas que prendiam a atenção do Izumi repentinamente.
Olha que nem entrei na pior parte, achar o Izumi depois. Sim, não foi só uma vez, todas as vezes que ele enroscava em algo, não havia um aviso sequer, por isso precisava procurar onde ele parou, quando notou sua ausência.
Nem preciso dizer que acabei essa história arrastando ele por aí, porque se dependêssemos do ritmo dele precisamos das férias inteiras só para olhar aquele lugar.
Visão Izumi
Em minha frente eu vi um batalhão, eram 4 guerreiros dedicados. Em seus olhos imóveis podia ver sua alma forte ardendo em paixão!
O primeiro deles era o… Não vou mentir, não lembro do nome que dei no dia, mas vamos de Guerreiro 1.
Com sua espada lendária, forjada no inferno pelo anão ancião usando o lendário metal fodão sem nome, guerreiro 1 bradava aos céus mostrando sua bravura.
Apenas uma pequena curiosidade de world burning, a espada teve de ser forjada no inferno porque só lá havia fogo quente o suficiente para derreter o metal fodão.
Claro, não é como se três dragões anciãos lançando seus bafos de fogo não conseguissem o mesmo efeito, mas seria muito trabalhoso, imagina toda a logística de achar os dragões, prender eles e os obrigar a atacar ao mesmo tempo.
Seguindo para o próximo tinha o Soldadinho 2, o menor e mais inteligente dos 4, aquele cuja inteligência deveria ser admirada por todos.
Seu cabelo era preto, apesar de que a tinta já estava saindo. Seus olhos eram azuis…provavelmente, a tinta era um azul cagado. Suas roupas eram… meio genéricas? Sim, era uma roupa genérica de soldado francês napoleônico, inclusive, porque a estátua era do Napoleão, que na vida real nem baixinho era, mas foda-se.
Enfim, continuando acho que já chega de Soldadinho 2, então vamos para o próximo.
Ele era o beberrão, o poderoso Lutador 3, que estaria sempre bebendo, enquanto lutava, era nítido o seu olhar de quem não precisava levar os combates a sério.
Sua espada estava enferrujada após muitos embates contra a água, era claro seu desleixo, ele não se importava com sua espada.
Tão poderoso que não precisava de uma espada, esse era o tipo de pessoa que o Lutador 3 era.
Sim, sem dúvidas bastava olhar para seu corpo parado que entenderia sua personalidade, alguém tão preguiçoso e forte que nem precisava sair do lugar, ele provavelmente conseguia derrotar os inimigos com uma simples palavra.
Ninguém 4, esse era o último dos soldados, porém não tive tempo de inventar uma história de fundo para ele, pois Yuna estava me chamando.
— Vamos logo! — ela reclamou.
Ainda tentei argumentar que as estátuas eram legais, porém ela disse que não fazia sentido ficar tanto tempo olhando para umas estátuas velhas de metal, não sei o porquê.
Enfim, foi assim que começou meu dia no museu. Era inevitável, bastou olhar para aquelas estátuas e quis criar uma história de fundo para elas.
Entendem, quando você vê algo e simplesmente sente que tem que criar uma história com isso?
Por exemplo, para entrar no museu tínhamos que comprar o ticket, então passar por uma catraca toda estilizada que era muito legal. Basicamente tinham feito ela dourada e com alguns símbolos antigos, ou algo do tipo.
Vendo aquilo qualquer pessoa normal criaria uma história na cabeça, né? Não tem como evitar pensar que aquela era a catraca do céu, por onde você só pode passar se tiver crédito o suficiente no seu cartão para comprar um ticket.
Imaginem todas as possibilidades disso? A dor das pessoas sem crédito o suficiente, as formas de conseguir esse crédito, o mistério de quem criou a catraca, além do mais os malandros que tentam burlar.
Dito tudo isso, preciso dizer que infelizmente a história da catraca do céu acaba por aqui, por algum motivo a Yuna não quis me deixar ficar muito tempo olhando para a catraca.
Nota
Em tese pretendia acabar a visita ao museu por aqui, mas se quiserem podem mandar nos comentários imagens de facas, espadas ou mais para o Izumi analisar da sua forma, sei lá, só se acharem que vai ser divertido.