Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 57

O cérebro recebe 20% da energia do corpo.

Visão Izumi

— Ai! —  Acabei sendo atingido por uma lata de SBP. Ainda estava acordando, por isso mal tive tempo de reagir e, para piorar, aquela desgraça quase acertou meu olho.

Respirei aliviado, pois só tinha acertado a sobrancelha. Por outro lado, Yuna, que estava até a pouco escondendo seu corpo com as mãos, deixou isso de lado e veio na minha direção com uma cara preocupada.

— Desculpa, eu… —  Demorei para entender, mas estava sangrando na hora. Sabe como é a cabeça, qualquer machucado pequeno nela, resulta em muito sangue.

Yuna ficou um pouco desesperada. Em instantes ela já tinha pegado papel higiênico no banheiro, para secar o machucadinho.

Logo depois ela foi até mim, para passar o papel. Apesar de estar desesperada, ela foi bem delicada fazendo aquilo.

Só tinha um pequeno probleminha em tudo isso: vocês me viram em algum momento dizer que ela parou para vestir roupas? Então, podemos dizer que tive vários problemas tentando encontrar um lugar para olhar.

Por que não avisei ela? Simples, não sabia como. Em primeiro lugar, não é como se Yuna tivesse me dado muitas oportunidades para falar, no meio de todo aquele desespero. Em segundo lugar, tinha vergonha de apontar o fato.

Enfim, como esperado, depois de secar o sangue gentilmente, Yuna descobriu que eu só tinha um minúsculo corte. Apenas para não ficar sangrando mais, coloquei um band-aid, uma ideia da qual me arrependeria no futuro.

Tudo se acalmou, então aconteceu o óbvio, um certo alguém notou sua nudez. Ela ficou vermelha, quase me atacou de novo, mas se segurou dessa vez. Por fim, ela apenas se agachou de costas para mim e choramingou:

— Droga! Você viu, né? —  Não respondi, nem teria o que responder, era óbvio tinha visto quase tudo. A propósito, Yuna tinha dormido de calcinha, por isso não foi tudo. Enfim, de qualquer forma, fiquei quieto.

Yuna com o rosto pelando de vergonha, apenas pegou algumas roupas e foi se vestir no banheiro. Eu, por outro lado, não sabia como agir, porque o clima estava muito desconfortável.

Vale dizer, contra a minha vontade, naquele momento um modelo 3D foi montado. Juro que não tive intenção! Só apareceu na minha mente. Enfim, nele todos os detalhes da Yuna podiam ser vistos, com uma excelente resolução e…

— Droga! Pare de pensar nessas coisas! —  reclamei comigo mesmo. Enquanto isso, minha pele ficava vermelha de vergonha. 

Tentei desesperadamente buscar outra coisa para virar minha atenção. Animes, dor, ler, ou até doces, nada funcionou. Não conseguia me concentrar em nada, a única coisa vivida na minha mente eram as imagens que nela não deviam estar.

— Desculpa Yuna-sama, aparentemente sou um grande pervertido, sinf! —  murmurei de brincadeira, enquanto me curvava para o nada. E adivinhem quem entrou bem naquela hora? Sim, é óbvio que seria bem naquela hora.

É aquele tipo de coincidência que só seria possível em uma novel. E, frente aquele acontecimento impossível, travei sem muita reação. Para começo de conversa, como alguém deveria reagir?  A propósito, Yuna só riu de canto de boca.

— Puft! Deixa eu adivinhar: você não conseguiu parar de pensar em mim, então resolveu se desculpar com meu eu imaginário, né? Agora está morrendo de vergonha, porque eu vi. —  Concordei com a cabeça. —  Às vezes você é um idota, hein?

Sim, não tinha nem um motivo para eu ter dito em voz alta, simplesmente nenhum!

Em minha defesa, Yuna que antes parecia tensa, ficou com um olhar e postura muito relaxados. Sim, “definitivamente” foi tudo proposital. Um plano perfeitamente arquitetado, pelo cérebro privilegiado, do qual eu dispunha.

Agora, partindo para a parte que lhes interessa, Yuna estava vestindo uma regata e um shorts curto. Por que isso importa? Além de ser por si só sexy, o problema é que de repente ela decidiu tirar aquela regata.

Não entendi de primeira. Para começo de conversa, até a Yuna tinha um olhar surpreso, ela parecia pensar: putz! Eu fiz isso mesmo. O que aconteceu em seguida, foi ela ficar só de sutiã envergonhada na minha frente por um tempo.

Meu coração acelerou bastante, sabe quando chega seu aniversário e seus pais falam que tem uma surpresa para você? A sensação era a mesma, você sabe que algo vai acontecer, mas não sabe bem o que, isso causa ansiedade. É aquela mistura agoniante de querer que aconteça logo e desejar que não aconteça nunca.

— Ei! Não é justo só eu ficar assim, tire a roupa também! —  Yua mandou.

— Mas.. por que? —  Nada mais fazia sentido! 

Até a Yuna notou que não fazia sentido me mandar fazer aquilo, por isso demorou para responder, olhou para o lado. No fim, porém, ela se manteve impassível: —  Só tira!

Não sei se já notaram, mas eu era uma pessoa bastante obediente, por isso devem imaginar o que aconteceu depois. Enfim, isso só nos deixou ainda mais envergonhados.

Não sabia se a Yuna queria uma vingança, se ela queria nos deixar quites, ou algo a mais. Pelo seu olhar, só podia dizer, que ela mesma também não sabia.

Nota do autor:

57, vai ser top

Sim, acreditem, a forma certa de escrever bandeide é band-aid.

Ok, não sei o quão surpreendente isso vai ser para vocês.

No meu caso, foi uma revelação. Até me pergunto:

Oh! Deus, por que fez tal nome estranho?

Sinto a base da minha compreensão da realidade desestabilizando-se.

Cansei, acabou a criatividade, chega.

A propósito, estou só enrolando

Porém tá aí a curiosidade.

E, outra coisa, gostaram do cap? Quero os ver vocês comentando. 

PS: monte a pirâmide.