Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 56
Na mesma cama.
Visão Yuna
Izumi já tinha dormido, já eu enrolei um pouco mais para ir para cama. Queria comer alguma coisa antes, já que estava morrendo de fome.
Era o primeiro dia e já estava cansada, por isso só me virei com umas bolachas.
Depois escovei os dentes e tudo mais, antes de por fim ir para cama. Seria minha primeira vez dormindo com o Izumi, então…
Nada, pelo menos não de imediato. A cama era grande o suficiente, além do mais, Izumi tinha se deitado no canto direito, quase caindo da cama.
Inclusive, na hora que vi, até fiquei preocupada que ele pudesse cair, mas não achei que isso fosse acontecer e deixei pra lá.
Fui aos poucos pegando no sono, um tempo razoável passou, antes de eu descobrir que Izumi se mexe muito na cama.
Ele não ficava se debatendo, puxando o cobertor ou nada disso. Na verdade, ele era bem pacífico, mas ele foi se aproximando.
Mesmo sem nenhum movimento brusco, quase como uma lesma, ele ia chegando mais perto, até estar colado em mim.
Só a título de curiosidade, descobri depois que Izumi dormindo era algo muito engraçado. Ele sempre chega perto das pessoas que gosta e vai se afastando das que não gosta. Vale dizer, que ele mesmo não percebe, é inconsciente.
Não odiava ter ele por perto, mas tinha alguns problemas com isso.
Em primeiro lugar, estava quente no dia. Ter outra pessoa por perto, piorava tudo.
Em segundo lugar, eu gostava de ter meu espaço pessoal para dormir.
Por outro lado, também não ia empurrar Izumi, ou acordá-lo, principalmente quando ele já estava tão cansado, seria muita maldade.
Sem muitas opções fui recuando, até estar prestes a cair da cama. Naquele ponto decidi sair da cama rapidinho.
Só ia tomar um copo de água, sair debaixo do cobertor, abrir a janela e trocar meu pijama por uma camisa fina e longa, que gostava de usar em dias quentes.
O motivo de todas essas ações devem ser óbvios. Assim eu não ficaria com calor e estaria tudo bem Izumi ficar por perto.
Quando voltei, Izumi já estava no canto esquerdo quase caindo. Mesmo assim ele não caiu, nem ia cair, ele sempre para no canto, posso garantir.
Me deitei na direita, sem cobertor e acabei pegando no sono.
ooo
Acordei! Meu corpo estava um pouco suado, por causa do calor, mas nem me importei com isso direito, afinal…
— Eu e o Izumi… por que eu tive esse tipo de sonho? — Murmurei, com minha pele vermelha e um olhos envergonhado.
Me levantei rápido. Nem sabia o porquê, só que as memórias do sonho iam me compelido a fazer as coisas rápido.
Não esperava por aqui, foi de surpresa, de repente e boom! Meu coração estava muito acelerado, me deixando impaciente.
Nessa , nem me preocupei se acordaria Izumi ou não, só me levantei de qualquer jeito. Tanto que, acabei tropeçando na minha mala logo depois.
Tropeçar me deixou mais nervosa, já que cair sempre dá uma adrenalina extra.
Não pensei muito, apenas tentei acalmar meu coração e seguir a rotina de praxe.
Comecei a tirar minha blusa o mais rápido possível, para que a pressa? Nada.
Por que tirar a camisa? Bem, para me trocar, sempre fazia isso depois de acordar.
Não sei, a ordem normal seria escovar os dentes primeiro, né?
Não podemos dizer que eu estava pensando muito também, só fui fazendo.
O resultado foi o óbvio: tinha feito barulho, Izumi acordou, então abriu os olhos, bem quando tinha acabado de tirar a blusa.
A propósito, eu tinha dormido sem sutiã. Até porque, você já tentou dormir com aquela merda? Não tem como, é muito desconfortável.
— I-Izumi!! — gritei irritada.
Izumi estava errado? Não, definitivamente não, mas estava com o corpo e mente quentes, por isso reagi de forma mais violenta.
Não sei onde encontrei ou o que era, só joguei a primeira coisa que encontrei no Izumi.
Em seguida escondi os peitos com a mão, então olhei na direção do Izumi…
Visão Izumi
Acordei, sem mais nem menos, simplesmente despertei no meio da noite. Não teve qualquer motivo ou quase, meu corpo só ligou.
Então foi quando notei algo, estava muito perto, o rosto da Yuna estava sonolento muito perto.
Como me movi muito durante a noite, acabei na frente da Yuna. Estávamos tão perto que podia sentir sua respiração e o calor da sua pele.
As janelas estavam abertas e a luz da luz se fazia presente. Claro, o local ainda estava um breu, mas já era o suficiente, para que eu pudesse observar a garota na minha frente.
Iluminada pela lua, Yuna parecia ter um charme especial. Seus lábios delicados, sua respiração calma e seu rosto que parecia brilhar sobre o luar.
Senti uma vontade de tocá-la. Recuei na hora, entendi que era necessária uma distância segura. Ao mesmo tempo, queria chegar mais perto.
Enfim, mais afastado, podia ver mais que apenas seu rosto. — Ela está sem nenhum cobertor…? — Fiquei surpreso, vendo como ela parecia não sentir frio.
Claro, não vou mentir, ela estar sem cobertor não foi a coisa que mais pensei, nem de longe. Afinal, Yuna estava usando só uma fina camiseta
Não podia ver claramente pela falta de luz, mas pelo menos a silhueta sem dúvidas ficou gravada na minha mente.
Aquela era uma visão perigosa, por isso eu virei de costas para Yuna. Se eu fechasse os olhos e virasse de costas, não teria como continuar vendo a cena, né?
Então, já ouviram falar em memória fotográfica? Se sim, saibam que não existe, foi uma mentira criada em um artigo científico, cuja pessoa que teria a tal memória fotográfica, era também a esposa do pesquisador.
Dito tudo isso, assim que fechei os olhos, a imagem da silhueta da Yuna apareceu claramente na minha mente.
Em seguida, por mais que eu quisesse evitar pensar sobre isso, minha imaginação começou a trabalhar. Ps: juro que foi contra minha vontade!
Enfim, como se estivesse em um editor de imagens, eu podia alterar a cena na minha mente. Aumentar a luminosidade, mudar as cores, ou até fazer outras coisas.
Logo a edição de imagem, se tornou em imaginar cenas que se movem e… Não consegui dormir, pelo menos não por um longo tempo e até tive que ir para o banheiro.
Fato curioso, aquela foi a primeira vez que tentei conter minha imaginação. O resultado? Descobri que não conseguia de forma alguma.
Como estava acordado, também notei algumas coisas. Primeiro, Yuna odeia cobertores, ela sempre chutava eles para longe. Segundo, ela às vezes se mexa muito, então volto a ficar completamente parada por um longo tempo. Terceiro, ela não acorda por nada, mesmo eu fazendo muito barulho sem querer.
Por fim eu consegui dormir pacificamente. Inclusive, foi uma noite de sono muito agradável, até eu acordar e abrir meus olhos lentamente.
Enquanto me acostumava com a luminosidade e ia acordando, ouvi um grito estridente chamando pelo meu nome, naturalmente olhei para a fonte do com.
— Ai! — Acabei sendo atingido por uma lata de SBP. Ainda estava acordando, por isso mal tive tempo de reagir e aquela desgraça quase acertou meu olho.
Respirei aliviado, pois só tinha acertado a sobrancelha. Por outro lado, Yuna, que estava até a pouco escondendo seu corpo com as mãos, deixou isso de lado e veio na minha direção, com uma cara preocupada.
— Desculpa, eu… — Demorei para entender, mas estava sangrando na hora. Sabe como é a cabeça, qualquer machucado pequeno nela, resulta em muito sangue.