Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 52
Caminhando sem rumo
Visão Yuna
Depois que provoquei Izumi um pouco, acabamos em uma situação levemente desconfortável, mas não importa muito.
Logo depois, convidei ele para entrar no mar comigo, ele aceitou e entramos na água, que estava deliciosa.
Só a título de curiosidade, Izumi estava só de shorts para nadar, por isso podia ver seu peitoral e, pode ser inesperado, mas ele tinha um quase tanquinho, apesar de ser muito magro, muito magro mesmo.
Voltando para a história, depois de entrar na água mergulhei, adorava sentir o oceano. Água por toda parte, que envolve todo seu corpo, é um sentimento único.
Depois de aproveitar o mergulho, levantei a cabeça e vi que Izumi estava demorando para entrar, por isso o chamei.
Então ele veio nadando rápido. Inclusive, ele nadava bem. Assim obtive mais uma informação sobre ele, para guardar na minha mente com muitas outras.
Agora resumindo o tempo no mar: Izumi foi de um lado para o outro comigo, tive cãibra e fizemos corridas de natação, as quais ganhei.
Estava me divertindo bastante, mas logo notei que Izumi não aprecia ter muito interesse. Assim, os olhos dele literalmente brilham quando ele gosta de algo, por isso não é preciso ser nem um metaforando para descobrir isso.
Como percebi aquilo, resolvi perguntar: — Izumi, sua vez de escolher o que faremos.
Izumi foi pego de surpresa e começou a pensar em uma resposta. Achei isso engraçado e resolvi aumentar a pressão para cima dele.
— Vai, responde em 10 segundos. — Mostrei meus dedos, os abaixando um por um.
— Não consigo pensar em uma resposta tão rápido, isso é maldade.
Enfim, Izumi olha para o horizonte, pensa e responde? — Por mim tanto faz…ai!
Não ia aceitar aquela resposta, por isso o belisquei com força. Depois acrescentei uma explicação ao dizer: — Não vou deixar responder tanto faz.
— Bem… Que tal andar por ali. — Olhei para a direção apontada. Lá estavam algumas pedras que levavam para outra praia e uma entrada de trilha.
Saímos da água, ficamos um tempo secando o corpo no sol, conversamos um pouco e estávamos prontos para caminhada.
A propósito, decidimos dar uma olhada em onde aquela entrada de trilha ia dar e depois voltar. No fim, descobrimos que ela apenas dava na outra praia, assim como se fossemos pelas pedras.
Entramos na mata e tivemos um passeio bem fácil, tanto que nem vou detalhar sobre.
Depois de 10 minutos de caminhada lá estava o fim da trilha. Inclusive, aquele era um lugar bem bonito, tanto que até parei de tirar uma foto.
Lembro bem, a saída dava em duas grandes pedras e, entre elas, era possível ver parte da praia, o mar, a areia e o céu limpo.
Como a trilha era bem fechada, ela era meio escura, por conseguinte chegando ao fim dela, os lindos raios de luz vindos de fora se destacavam.
Me aproximando, enfim pude ver o lugar. A areia em si não tinha nada demais, apenas como em qualquer praia.
Por outro lado, o mar refletia em um lindo azul a luz do sol, junto com as várias pedras, que cercavam a borda da pequena praia. Era muito lindo.
— Ei! Se olhar de cima é mais bonito. — Me surpreendi por uns instantes, ouvindo a voz do meu namorado que vinha do alto.
Depois da surpresa, ele me explicou como subir lá e eu subi. De fato, Izumi estava certo, olhar a praia daquele lugar era bem melhor.
Também é bom acrescentar, o fato de estarmos em cima de umas pedras, podendo cair a qualquer momento, pode atrapalhar um pouco a experiência.
Agora sobre a vista em si, ao ver o lugar daquele ponto, ele parecia um pouco menor. Vale acrescentar, não estávamos tão alto assim.
Voltando, era como se a pequena praia se tornasse mais fofa, podia ver tudo em um conjunto a natureza, os banhistas, as rochas e o mar.
Sem dúvidas era um lugar lindo, mas Izumi não ligava muito para aquela beleza natural, na verdade, ele pretendia continuar andando pela praia.
— Ok, vamos! — Concordei sem nem pensar muito. Me arrependi um pouco depois, notando que o que ele queria não era andar na praia, mas sim pelas pedras.
E qual era o problema disso? Bem… Já sem fôlego disse: — Espera um pouco, não consigo subir isso não?
Izumi era surpreendentemente bom naquilo, ele tinha um excelente equilíbrio, era leve e conseguia ir pulando que nem uma cabra.
Resumindo, tive muitas dificuldades. Também não vamos ser tão dramáticos, era atlética, então lidei com tudo de boa.
Na verdade, o problema foi que tentei acompanhar o ritmo do Izumi, ao invés de pedir para ele ir no meu. Por que fiz isso? Competitividade, óbvio.
Inclusive, nessa história de andar por aí por lugares difíceis, teve um momento “revoltante”, que narrarei.
— Aqui eu te levanto. — Izumi ofereceu ajuda vendo que estava tendo problemas.
— Não sou pesada? — Perguntei, esperando: “não, você é leve” como resposta, nada mais nada menos.
— Tanto faz, esse não é o tipo de pergunta que posso responder honestamente de qualquer jeito.
— Seu!
Só deixando claro, eu pesava apenas 65, ok? Muito bom para minha altura, não tinha culpa se ainda era 15kg a mais que o Izumi, que tinha quase a minha altura.
Enfim, Izumi me puxa, consegui escalar, mas quando cheguei lá em cima disse: — Ufa! Vamos parar um pouco. — Então me sentei para descansar.
Izumi me olhou por alguns segundos ainda de pé, então fiz um sinal para ele sentar e assim ele o fez.
Então nós sentamos, já tínhamos andado bastante, aquele lugar tinha uma boa vista, por isso era uma excelente parada.