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Aether: O Mundo em um Sonho - Epílogo

  1. Início
  2. Aether: O Mundo em um Sonho
  3. Epílogo - Ilusão e Destino
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— E então, Morpheu, conseguistes recuperar os olhos de teu falecido pai?

— Sim. Eles agora estão selados na 13ª dimensão do Aether. Inacessíveis até para nós, divindades.

Mexo a colher de meu chá, e tomo um gole.

— Muito bem. E sobre a Phantana e o Nue, qual o estado de cada um?

— Nue já recobrou sua consciência, e está aqui ao meu lado. Phantana ainda dorme no corpo da filha de Arthur. É apenas questão de tempo até que ela desperte novamente. Suas memórias estarão bagunçadas, mas, assim como o Nue, ela não se lembrará do período em que esteve hipnotizada.

— Entendo. Já recuperastes o seu domínio sobre os demônios de Phobetor?

Levanto o bule, e coloco mais um pouco de chá na minha xícara.

— Estão todos sob o meu comando. Assim como planejado, assumirei o trabalho dele junto ao meu, e guiarei os humanos pelos bons e maus sonhos. Também governarei Aether e me certificarei de manter tudo em paz.

— Compreendo. Tu fizeste um bom trabalho cumprindo uma boa parte do meu plano, Morpheu, mas existe algo que não saiu como eu esperava.

— Hm? E o que seria Moros?

— Não se faça de tolo. Tu sabes muito bem o que é. Diga-me, por que entregaste o núcleo de Apolo ao escolhido?

“………”

— Tu sabes muito bem que este era um item simbólico do nosso acordo. Que jamais deveria cair nas mãos de um humano.

Mexo a xícara mais uma vez, e encaro o líquido em seu interior.

— Digamos que…, eu apenas não gostaria de ver minha querida irmãzinha morta.

— Usar o núcleo para replicar energia, evitando assim a morte de um deus. Isso não é algo que deveria ser feito, jamais. Cometendo tal ato, tu quebraste a última linha de meu plano, deixando assim o futuro incerto.

— E qual o problema disso? Será que o futuro não acabará sendo melhor do que aquilo que já esperava?

— É verdade que o que eu vejo é preto, e não vermelho, assim sendo, incerto, mas não ameaçador, como era antes. Mas deixar com que alguém como ela viva no corpo de um humano, que agora possui o núcleo de uma das famílias do olimpo, é o mesmo que fazer um novo deus ascender. Tu sabes que isso poderá gerar uma confusão entre as 11 famílias, e, portanto, uma possível guerra.

— Se você quer saber o que eu realmente acho, é que o garoto possui o potencial para dar paz plena até para nós, deuses. Logo, eu não acho que fiz qualquer coisa errada.

— Hmph, assim veremos, quando minha visão tomar uma nova cor. — A telecomunicação se encerra.

Bebo mais um gole do meu chá, e dou um humilde sorriso.

…Que deus teria sido eu, se não o desse bons sonhos?

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