A Criação do Caos - Capítulo 4
- Início
- A Criação do Caos
- Capítulo 4 - Poderes? Energia? O que diabos você esta falando?
Após algumas horas.
O céu está ficando alaranjado, revelando que a noite está bem próxima.
Sim. . . eu aceitei ficar com os humanos nesse acampamento. Não me pergunte o motivo.
Os aldeões foram bem receptivos comigo, prepararam uma espécie de quarto num armazém antigo que não utilizavam mais. É bem grande, e eu gosto disso, um lugar enorme só pra mim, o que não é diferente do meu verdadeiro quarto.
Eu estou a mais de uma hora com os braços cruzados, e escorado em uma parede do lado de fora do armazém. Como eu não tenho muito o que fazer por aqui, apenas fico observando as pessoas passando de um lado para o outro. Por falar nisso, algumas pessoas estão a algum tempo cavando covas, para enterrar os mortos do ataque.
Pelo o que me contaram, aqui tinha por volta de duzentas pessoas, mas o ataque foi tão brutal, que restaram cinquenta pessoas mais ou menos. Querendo ou não, no futuro, este acampamento acabará em breve.
Com esse tempo que observei os humanos, tanto nessa missão, quanto em outras, fico meio surpreso em pensar isso, mas. . . estou com um pouco de inveja deles. Eles realmente possuem um desafio na vida, todos os dias.
O que se faz quando você supera todos os obstáculos e desafios da vida? Resposta longa; Apenas vive entediado para sempre, até surgir algo legal para fazer, após isso, mais alguns anos de espera, até algo legal surgir novamente. Bem, está é minha vida.
Tenho saudades de quando eu era mais novo, e realmente tinha que tomar cuidado, pois com um passo em falso, a morte era certa.
Você vê esses humanos, e percebe que eles tem problemas reais na vida. Mas o que mais me deixa com inveja, é ver que eles possuem algo que eu talvez nunca possuirei. . . esse algo é-
Escuto uma voz vindo de longe, que chama minha atenção, interrompendo os meus pensamentos. — EI! TIO!
Olho em direção de onde a voz veio, e percebo que se trata de Emmanuel.
Espero ele aproximar, e quando me alcança, fica em minha frente.
— O que foi, Emmanuel?
— Estamos nos reunindo na fogueira parar contar histórias, quer participar?
— Eu não sei, o que terá de interessante para escutar?
— O ancião quer que você participe, lá nós contaremos histórias do acampamento e nos apresentaremos para você. Quem sabe você possa se apresentar para o resto do pessoal? Alguns querem muito te conhecer.
— Hm, sorte sua que não tenho nada para fazer. Eu irei. Quando começará essa reunião?
— Daqui a alguns minutinhos, todos já estão se reunindo, vamos! — Ele já me dá as costas e começa a correr até uma fogueira, com pessoas envolta.
Desencosto do armazém e sigo lentamente Emmanuel, onde ele chega primeiro que eu, e se senta em um banquinho, e me dá um sinal para me sentar em um banco ao lado dele.
Me sento no banco e começo a olhar para todos envolta. Antes eu não tive chance de contar quantos estavam se reunindo, mas aparentemente, aqui tem cerca de dez a vinte pessoas. Me pergunto onde estão os outros aldeões.
E perdido em meus pensamentos, logo sou trazido novamente para a realidade, ao perceber que todos estão olhando me olhando devolta. Eles estão sorrindo e acenando para mim, o que me deixa surpreso.
Olho para baixo e dou um pequeno sorriso para mim mesmo. Isso é algo raro, nem meus parentes sorriem pra mim. Vivendo e se surpreendendo.
A atenção rapidamente é desviada de mim, e é voltada para o ancião do acampamento, que fica em pé em um toco de árvore e começa a falar: — Bem, como todos aqui já sabem, nosso acampamento foi atacado recentemente, e apesar de ter sido algo terrível, e os inimigos terem conseguido fugir, nós conseguimos sobreviver graças a uma pessoa. . . este garoto. — Ele aponta o dedo para mim.
Todos voltam seus olhares para mim novamente, enquanto batem palmas e assoviam.
O velho homem continua: — E nada melhor do que comemorarmos por ter ele aqui conosco, nosso salvador! mesmo que temporariamente. Deixe-me nos apresentar. — O homem se senta.
— Eu me chamo Ras. E sou o único ainda vivo, que estava presente quando o acampamento foi criado e sou o líder. Será uma imensa honra contar a história de nosso acampamento.
Ah, não. Odeio histórias longas, seria melhor ter ficado sozinho mesmo.
O velho homem começa a contar a história de como o acampamento surgiu: — Bem, se não me falha a memória, foi aos meus vinte cinco anos.
Não importa qual seja sua idade, se você começa a sua história de vida com “foi aos meus sei lá quantos anos de idade.”, isso já te transforma em um idoso instantaneamente.
Eu sinceramente me sinto na obrigação de fazer alguns comentários sobre essa história desse velho maconheiro.
— no começo dos anos dois mil, justamente na época que essas pessoas más, que se nomeiam “deuses”, chegaram ao mundo para causar dor e sofrimento. O Haiti ficou em completo caos, a anarquia tinha sido instaurada, todos com medo de morrer.
Pau no meu cu, não é mesmo, amiguinhos? Eu odeio história, principalmente a história da humanidade, a parte mais legal, foi aquelas guerras fudidamente insanas.
— Minha família, amigos e a família desses amigos. Todos fugimos daquele caos na cidade, e nos estabelecemos aqui.
Porra, se esse aqui foi o melhor lugar que você encontraram pra ficar, não quero nem saber qual foi o pior.
— Tivemos muitas dificuldades no começo, mas conseguimos nos reerguer. Infelizmente, aos poucos todos foram morrendo, seja de doenças, acidentes ou ataques de animais.
Resumindo, todos caíram na trolha do capeta. Teria sido melhor, terem ficado na cidade.
— Fui o único que sobrou, desde que tudo começou.
Foquei mais a minha atenção nos meus próprios comentários, que nem prestei atenção no que ele disse. . . Ah, que se foda, só fingir que eu to triste por ele.
— Eu. . . Não tenho nem o que dizer. . . — apenas abaixo a cabeça e olho para o chão. eu não entendo esse tipo de sentimento, de perder o que você ama. No Inferno, amor não está incluso no pacote.
— Por que não nos conta um pouco sobre você, garoto?
— Hum? Falar sobre mim?
— Sim, nos diga quem é você.
Eu não posso falar quem eu realmente sou, vou ter que mentir novamente.
— Eu sou apenas um guerreiro russo, que tem a missão de acabar com a Death To Life. Infelizmente não posso dizer muito sobre mim, afinal, tenho uma identidade secreta.
Uma pessoa aleatória ao fundo levanta sua mão. — Então como podemos te chamar?
— Como podem me chamar? . . Me chamem do que quiser.
— Por que não cria um nome falso, assim pode manter sua identidade? — A mesma pessoa aleatória fala novamente.
— Eu nunca pensei nisso, apenas podem me chamar de. . . Huh. . . Warui. — Eu nem sei se esse nome é Russo, só vi um personagem de uma história humana, com esse nome. Ainda bem que o autor trocou meu nome antes de postar a história.
Escuto o som de uma pessoa segurando a risada, e essa pessoa desprovida de graça, é Ângela. — Que nome ridículo! Ninguém vai ser intimidado com um nome RUIM desses. – Por que ela deu uma ênfase no “Ruim”?
O ancião da um tapa na cabeça de Ângela. — Ângela, tenha mais respeito, esse deve ser um nome comum lá na Rússia, nós temos que respeitar. Bem, continue, Warui.
— Tio- quero dizer. . . Warui, um dia eu poderei ser tão forte quanto você? — Emmanuel parece determinado, em saber se ele será forte. Me pergunto o que um humano faria com tanto poder assim.
— Não. . . — Respondo num tom meio seco, mas dou um sorriso logo depois. — . . . Não sem antes você aprender a manipular energia.
— Mas nenhum de nós temos energia, como eu podería a aprende a usar?
— Todos temos energias, é impossível qualquer ser não ter pelo menos um pouco de energia. Sem ela, você morre.
— TO-TODOS?! — Todos no local gritam ao mesmo tempo, como se fosse a coisa mais importante que escutaram na vida.
— Normalmente, se existe uma medida de características básicas, que a grande maioria dos seres vivos tem. Todos aqui tem, vão ter ou já tiveram, pelo menos um ponto em cada característica que os mantem vivo, uma dessas características é a energia. — Levanto o meu dedo indicativo para representar.
Fico alguns segundos em silêncio, tentando achar uma forma melhor de explicar o que eu estou tentando dizer.
Continuo minha explicação após esses segundos: — É complicado, principalmente no início. Para se aprender, você deve ter em mente que a base, é a compreensão do que se entendem por energia, e a consciência.
— Tipo, uma filosofia? — Pergunta o ancião, adentrando na conversa, parecendo deveras interessado.
— Filosofia?. . . Pode ser, mas eu sempre olhei como um jogo de imaginação. Enxerguem como quiser. O que vocês entendem por energia?
Um silêncio cai sobre o local, onde todos estão hesitantes em darem uma possível resposta errada.
Aos poucos eles ganham coragem, e começam a dizer quase que as mesmas coisas, como por exemplo: “poder” ou “força”.
Essas pessoas não possuem o mínimo conhecimento de poderes. Como pode existir tantas pessoas com poder no mundo, mas ninguém sabe o básico?
Coloco a mão na testa, como forma de reprovação — Todos estão errados! — Faço um rosto caído.
— pode-se dizer que a energia é a matéria em sua mais pura forma.
— Isso quer dizer que. . . Tudo é energia? — Ângela pergunta, quase que imediatamente após minha fala.
— Exatamente, tá pegando o jeito! — Estalo o dedo para chamar a atenção pelo acerto.
Estico minha mão a deixando aberta, com a palma direcionada para cima, para que todos possam enxergar.
Uma chama se forma, pairando sobre minha mão. — Neste momento, estou usando minha consciência e energia ao mesmo tempo. A consciência é o que comanda todos os seres vivos, e consequentemente, também comanda a energia que nosso corpo utiliza para viver. Mas é claro, isso não se aprende de uma hora para outra, e não nascemos sabendo controlar.
— Isso quer dizer que você consegue controlar qualquer matéria e energia? — Ângela pergunta, com os olhos arregalados.
Apago as chamas de minha mão, e a fecho. — Não, isso dependerá de vários fatores, como por exemplo: Fatores hereditários, mutações no DNA quando ainda está em estágio embrionário e as reservas de energia, que podem ser aprendidas durante a vida.
— Reservas de energia? — Alguém aleatório pergunta.
— Que tal fazermos um jogo de imaginação. Fechem os olhos. — Olho para todos, e eles lentamente fecham os olhos.
— Pensem que estão em um lugar gelado, tipo, o Polo Norte ou algo assim. Tudo o que vocês veem ao redor de vocês, é um tipo de energia, que se materializou em forma de gelo e neve. Vocês estão absorvendo esse tipo de energia materializada do gelo e da neve, sem saberem. Aos poucos, isso afetará suas células, que serão obrigadas a se adaptar com o ambiente e com a energia exterior.
Monifa permanece de olhos fechados, mas com uma expressão de duvida. — Mas a evolução para se adaptar a um tipo de ambiente, é extremamente lenta, não é possível nos adaptarmos em alguns dias, semanas ou até mesmo anos.
— Esse é o ponto! Não absorvam de forma natural, mas sim de forma energética. Caso utilizem suas energias interiores para captar essa energias exteriores, o processo de adaptação e evolução são acelerados em incontáveis vezes. O que demoraria dezenas, centenas ou até milhares de gerações, demorará apenas alguns poucos anos.
— O que acontece após essa energia exterior ser sugada? — O ancião também parece confuso com o que fazer.
— Ao passar os primeiros meses, seu corpo se tornará mais resistente ao frio, e conseguirá até mesmo nadar em águas congeladas. Em um ano, sua energia já terá se modificado completamente, e você conseguirá criar pequenas coisas envolvendo o gelo, por exemplo: um floco de neve.
Ângela abre os olhos e cruza os braços. — Tudo isso para cria um pequeno floco de neve?!
— Temos que começar por algum lugar. Aprender a melhorar a forma de usar uma nova energia aprendida, pelo corpo, é demorado.
— Ainda sim, parece que é muito trabalho jogado no lixo. Quanto tempo levará para aprendermos a usar poderes que nem os heróis? Dez, vinte, trinta ou quarenta anos?
— Isso dependerá do potencial do seu corpo, caso ele possua um potencial alto, é provável que você evolua mais rápido que os demais usuários.
— E como se consegue esse potencial, ô sabichão?
— É que nem pinto, ou você nasce com um grande ou tenta aprender um jeito de aumenta-lo, seja de forma natural ou artificial.
— Isso parece complicado demais.
— Isso não parece complicado, isso É complicado! Todos começarão com um floco de neve se transforma para uma bola, de uma bola vai para uma pilha, de uma pilha vai para uma área congelada, e de uma área congelada vai até a mudança completa de um bioma ou até mesmo de um planeta.
— Mais isso demoraria demais. — Como sempre, Ângela continua reclamando. Essa garota já está me dando nos nervos!
— Ninguém disse que seria fácil. Talvez em vinte ou trinta anos de aprendizado, você conseguem.
Todos abrem os olhos, e olham a discussão entre mim e Ângela.
— Você tinha dito que tem dezesseis anos, o quão bem sabe manipular o fogo? — Ela forma um sorriso de merda, como se duvidasse de mim.
— Bem o suficiente para fazer a noite virar dia. — Digo isso com uma voz debochada e fazendo pose de fodão.
Ela levanta uma sobrancelha e abaixa a outra. — Duvido!
Com uma batida do cajado no chão, o Ancião chama a atenção de todos. — Ângela, não é educado desafiar as pessoas, inclusive, quando essa pessoa está tentando nos ajudar.
— Des-Descul- — Antes de Ângela sequer terminar de falar, eu a interrompo.
— Na real, eu acho que apenas palavras não vão conseguir passar a ideia que eu quero, nada melhor do que ver na prática, caso alguns duvidem de minhas palavras. — Falo isso, enquanto me levanto e aponto minha mão para o céu. — Melhor não olharem diretamente, a luz pode cega-los caso olharem fixamente.
Carrego lentamente uma esfera de fogo em minha mão. A esfera é brilhante, emite muito calor, e cresce com o tempo que acúmulo energia.
Todos usam seus braços para se protegerem da luz emitida, que chega a deixa-los com seus olhos lacrimejando.
A esfera cresce e cresce, até se tornar quase que do tamanho de uma árvore.
Com um pequeno impulso, lanço a densa bola de calor e luz, para o alto, ultrapassando as nuvens.
— BURN!!! — Uma explosão acontece, e deixa o céu completamente azul. A bola de fogo chega a brilhar mais do que sol em seu auge.
— Na-não consigo enxergar nada! — Ângela quase grita, enquanto olha para baixo e tapa seu rosto com suas mãos.
Todos os aldeões fazem o mesmo que ela.
— Ainda duvida do quanto eu sei sobre o que estou falando, ou precisa olhar mais de perto, Ângela?
— Ok! Ok! Eu não duvido de você!
Com um estalar de dedos, esfera de fogo se dispersa no céu, deixando a escuridão da noite retomar seu lugar.
Emmanuel lentamente abre os olhos e tira a mão do rosto. — Nem precisava disso tudo, foi um exagero. Nem olhei e já sinto meus olhos ardendo, e to todo suado.
— Não precisam se impressionar, mocinhas. Eu usei pouquíssimo de meu poder. — bravejo de queixo erguido e com minha postura ereta, me sentindo o “pica grossa”.
— Agora você tá só se exibindo. — Emmanuel responde com um tom de voz seco, sem muita credibilidade em minhas palavras.
— Quer ver a exibição? É só manter os olhos bem abertos.
— Eu passo! — Ele recua com suas palavras.
Durante meus momentos de esnobação, sinto algo e paro repentinamente.
Todos ao fundo falam, mas não consigo prestar atenção.
Alguém está tentando entrar em contato comigo!
— Warui? O que foi? Parece meio pálido. — O ancião questiona meu mutismo repentino.
— Huh? . . Ah! Não é nada. Eu já volto, é que eu preciso ir mijar. Já volto!
Saio velozmente dali, deixando todos confusos, que miram seus olhos em mim.
Ao chegar em um lugar afastado, e perto de uma floresta, me escoro em uma árvore e fecho meus olhos, entrando no plano astral.
— Ora. . . Ora. . . Ora. . . Então é isso que você vem fazendo durante sua missão, Kokabiel? Ou eu deveria te chamar de Warui? — Essa voz é facilmente reconhecível, mostra-se que se trata de meu pai.
Tenho uma hesitação em minha voz, antes de conseguir falar algo. — Pa-pai. . . o-o que quer dizer com isso? E-eu não entendi. — Minha voz trêmula entrega completamente meu estado atual.
— Você mente muito mal, sábia? Você sabe exatamente do que estou me referindo! . . Me diga. . . Existe algo mais patético do que ver o pecado do orgulho se rebaixando ao nível humano? Deixe-me adivinhar, daqui a pouco vai trabalhar para eles? Vai se relacionar com eles? Vai ser a putinha deles? Diga-me quais são seus futuros planos na Terra, Kokabiel!
Fico em silêncio sem saber o que dizer. Ele está com um tom de voz que até eu raramente vejo, ele parece bem irritado.
— Que foi? O gato comeu sua língua por acaso?!
— Na-não.
— Então me responda, e não fique ai de bico calado, pensando na morte da bezerra! O Coliseu próximo, e decido ver o progresso em sua missão, e vejo você contando historinhas e ensinando coisas para humanos, ao redor de uma fogueira. Você entende tamanho erro que está cometendo, em interagir com os humanos de forma tão descuidada?
— Sim. . . Eu reconheço.
— Quero que procure e execute Mercury, isso é uma ordem! Seu título está em jogo, e a visão que os outros reinos terão do Inferno também.
— Eu estou esperando por ele, apenas me juntei aos humanos por falta do que.
— “Falta do que fazer”? Por acaso esqueceu que você está em uma missão importantíssima, e que não existe tempo para descansar, ou será que eu preciso lembra-lo?
— Não precisa. . . sairei a procura dele amanhã de manhã.
— Amanhã? Acha que tem todo o tempo do mundo a sua disposição? Quero que vá agora!
— Está muito escuro, não poderei ver nada, nem sei se ele está por aqui.
— Isso não é problema meu! Se vira! dá teu jeito, antes que eu me aborreça!
— Certo. . . estou partindo imediatamente.
— Acho bom, e acho melhor ainda, que não entre em contato com esses humanos novamente, se eu sequer souber que você fez isso, farei você se arrepender!
Voltou ao meu corpo, e caio de joelhos no chão.
Continua. . .