A Classe Única - Capítulo 89
— Rebeca conseguiu ser promissora a tempo. Uniu a igreja com a ciência e encontrou vestígios da invasão a mansão — proferiu o rei cheio de orgulho.
— Temo que ela fará muito mais por te, vossa majestade.
— Born?! O que sabe que eu não?!
— O senhor pensou em condecora-la em praça pública, não foi? Acredito que que não é isso que ela realmente queira.
— O que ela quer? Joias, ouro, fama. Pode dizer que eu o farei.
— Um coração ardente.
— Born, seja mais claro onde comprarei um coração de dragão?
— Não de dragão, de wingedlion.
— Rebeca?! Ela me deseja?
— Também te quer por inteiro, Gregório também precisa de…
— Como farei para… recompensa-la? Sou casado com a rainha.
— A princesa de Igrisa, eu sei, casamento arranjado com acordo de paz. Não se preocupe com nada. Rebeca pode ser sua concubina.
Laionel não disfarçou o interesse, ter o corpo da bela mulher no seu, o excitava por inteiro só de pensar.
Born saiu dos aposentos do rei, ele precisava se resolver com Gregório. Nos corredores ecoados cercados por janelas deu de cara com a bela morena sensual.
— Born!? S-sábio Born.
— Não precisa disso senhorita Rebeca. — abanava sem graça. — Somos uma só alma a serviço do rei. De qualquer forma eu queria te ver.
“Me ver?” — Eis me aqui.
Born elogiou sua colega de trabalho com palavras escolhidas.
Rebeca se sentiu útil depois de um longo tempo.
— Vasculhamos cada canto da cidade e fora dela e foi aí que encontramos indícios de livros queimados na floresta. Só tivemos certeza com o símbolo da mansão de Lucas nas folhas, foi um golpe de sorte.
— Não é sorte Rebeca é competência admiro seus esforços. Pena que Le’banc foi quem interrogou os guardas e um deles é irmão de seu subordinado.
— Scrug, é sim.
— Diminui a pena deles, não achei algo tão grave. Mas enfim. Não se contente com condecoração porque o que te esperar te surpreenderá muito. Aguarde — encerrou Born plantando curiosidades na moça.
— Sr. Born? — se virou para falar com ele, só que o sábio já não estava mais ali. “Meu rei e eu…” Rebeca se abraçava corada.
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Os anões receberam Freedom em sua oficina nos fundos, cerrando as portas logo cedo para ninguém interromper.
— Já está pronto?
— Faça um teste — orientou Jonas entregando o item. — Lembre-se que é só um protótipo.
Freedom tirou sua velha armadura apertada, seus músculos aumentaram muito ultimamente, e equipou-se por completo.
Aquele menino magro e fraco aos poucos ia sumindo, mesmo com a morte de Meizon, ele não deixou de treinar.
Azigen refletia um brilho de seus olhos que poderia cegar alguém e Jonas começou pelo seu braço e logo se abraçaram de lado contemplando a nova armadura.
— Botas até o joelho, proteção para a coxa, cintura e quadril, mais acima peitoral e ventre, ombreiras e proteção para o bíceps e por último outra manopla — explicava Azigen.
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[Registre um comando]
“Lança chamas”
[Negado]
“Voo”
[Negado]
“auto multiplicação”
[Negado]
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— Quais comando posso registrar?
[…]
— É apenas uma armadura comum, senhor…
— Não, Azigen, ele não está perguntando a nós, é para o metal.
Azigen coçou a cabeça confuso.
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[Auto limpeza: a armadura se auto limpará. [Fatores recomendado: gema de água]
[Auto ajustável: a armadura se adaptará ao corpo do usuário. [Fatores necessário: nível, rank, tamanho, peso, magias, ferramentas, armas e habilidades]
[Auto adaptabilidade: a armadura se adaptará a vários tipos de ambiente.
[Adaptação aquática: respirar abaixo d’água, nado melhorado, resistência a pressão e temperaturas extrema da água].
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— Nada para ataque ou defesa. — comentou desanimado seguindo de um suspiro — Adicionar todos os comandos.
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[Devido a suas escolhas mais uma função foi ativada
[Auto vestimenta: veste-se ao corpo]
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A armadura se ajustou automaticamente ao corpo se encaixando em cada músculo e os desenhando por fora.
Além de confortável, era muito leve, resistente e flexível e tão negra quanta a noite.
Freedom deus alguns pulos, socou o nada algumas vezes e cortou o ar com chutes rápidos.
— Excelente. As partes lisas parecem látex — enamorava o trabalho dos pequeninos.
— Lá o que? — perguntou Azigen
— Não sei — respondeu Joana.
— Muito bom — comentou Freedom fitado no status.
Os anões se entre olharam. — Mas o que será ele tá fazendo? — perguntou Azigen.
— Deslizando o dedo no ar para cima e para baixo com tanta atenção — respondeu seu irmão dando de ombros também confuso.
— É isso — Freedom aplicou mana em dragon-ironhand, na palma abriu um orifício espiral, liberando um mini globo iluminado, logo projetando uma tela de status.
Cinco translúcidas telas flutuantes lado a lado, negra, de bordas e caracteres brancos entregava as seguintes informações:
Os anões saltaram para trás assustados, sem um cristal da revelação seria impossível projetar o próprio status.
Algumas informações foram ocultadas mostrando apenas o status geral.
— Entenderam? Dragon-ironhand pode absorver cristais e sei magia de luz e como cristal da revelação faz isso. Formulei como mostrar.
— Garoto, falando assim parece simples, mas só magos habilidosos tem um bom controle dessa natureza.
— Esse negócio de magia é confuso, mas não vi um círculo mágico.
Freedom evitou falar muito, ele não queria explicar sua manipulação elemental, que não precisava de um círculo mágico ou entoação para executar a magia, magos assim eram raros de se encontrar.
— Não só luminus, mas também sei shadow — voejou um crowdart saindo de sua sombra na parede.
Azigen protegeu o rosto temendo o ataque, a sombra dissipou surgindo do outro lado.
— São inofensivos como dizem.
— Poucos magos sabem manipular a verdadeira magia destrutiva das sombras.
“Era o que os livros diziam”. — Há mestres em terras distantes?
— Hum… bem, ouvir falar de alguns em Igrisa, logo após Peirote.
“Peirote? Não é a cidade da missão?” — Bom saber.
— Aquela cidade? Ouvi mau rumores de ser mau assombrada.
“É a mesma que o mestre perguntou nas minas”. Azigen guardou a lembrança para se.
— Mudando de assunto, aquilo que te pedi você fez?
— Ainda não, estávamos ocupado com sua armadura. “Esse garoto, o mundo que ele veio havia tantas coisas assim?”.
— Avise quando estiver pronto.
— Pode deixar — assentiu Jonas.
— Volte sempre, mestre — Azigen balançou a mão.
— Ufa! Ainda bem que ele já foi.
— Vamos beber e iniciar o outro projeto.
— Ouvi falar bebida? — passou a mão nos ouvidos brincalhão.